sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Esperança de reviver tratado climático de Kyoto é reduzida

Há 15 anos, o medo da mudança climática produzida pelo homem foi o suficiente para convencer a maior parte do mundo industrializado a fazer parte de um tratado que continha falhas, mas ao menos pareceu consolidar o princípio de que os gases de efeito estufa precisam ser cortados. Agora, no entanto, com os níveis desses gases muito mais elevados e a mudança climática mais evidente com os climas extremos, a desaceleração econômica e os desentendimentos sobre quem deve pagar a conta praticamente mataram qualquer chance de uma ampliação significativa do Protocolo de Kyoto, que está expirando. Quase 200 países vão se reunir em Doha, no Catar, entre 26 de novembro e 7 de dezembro para ao menos tentar. Mas Rússia, Japão e Canadá, grandes economias que assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997, já disseram que não vão se comprometer com cortes nas emissões para depois de 31 de dezembro. As economias em desenvolvimento da Índia e da China, atualmente a maior emissora mundial de gases como dióxido de carbono a partir de combustíveis fósseis que retêm o calor do sol, não foram obrigadas a cortar as emissões sob o processo de Kyoto. Os ativistas, porém, afirmam que a não prorrogação do Protocolo de Kyoto também dará a Doha um desafio muito maior: trabalhar em um tratado totalmente novo para limitar as emissões de todos os países, incluindo aqueles em desenvolvimento, a ser aprovado até 2015 e entrar em vigor em 2020. Enquanto isso, a mudança climática provocada pelo homem está mais visível do que nunca. O gelo do Mar Ártico reduziu em setembro a seu menor nível registrado, e ondas de extremo calor e secas atingem Estados Unidos e Rússia com mais frequência do que seria esperado pelos registros históricos, informou um relatório do Banco Mundial na semana passada. Os níveis de gases-estufa atingiram um novo recorde no ano passado, apesar da crise econômica mundial. Mesmo que todos os países cumpram os compromissos existentes, o mundo esquentará mais de 3°C até 2100, mais do que os 2°C que os países do mundo dizem ser o limite, superando o aumento de 0,8°C registrado desde 1900. (Fonte: Portal Terra)

Fórum pela sustentabilidade

Durante o 7º Fórum da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), realizado nesta quinta-feira (22), um auditório cheio de participantes vindos de todo o Brasil acompanhou e debateu com os palestrantes o tema “Consumo sustentável e a gestão de resíduos na administração pública”. A A3P é um programa que busca incorporar os princípios de responsabilidade socioambiental no setor público, por meio do estímulo a ações que envolvam mudanças de atitudes, investimentos, compras, contratações e serviços prestados. Surgiu em 1999 como ação voluntária dos servidores do Ministério do Meio Ambiente (MMA). A secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Samyra Crespo, abriu o evento apresentando o Plano de Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS) e a integração deste com outros programas do governo: o Plano de Mudanças Climáticas, o Plano Nacional de Recursos Sólidos (PNRS) e os Produtos da Sociobiodiversidade. Samyra destacou eixos do PPCS, como educação ambiental, varejo sustentável e a própria A3P. “Todos os programas são articulados e fundamentais para alcançarmos a meta da sustentabilidade”, afirmou a secretária. “O poder público está dando o exemplo”. Novos parceiros - O objetivo do Fórum é promover o debate sobre a formulação e a viabilização de políticas públicas de gestão ambiental para a administração pública, além da troca de experiências e o engajamento de novos parceiros que se comprometam com a implementação da A3P. O primeiro painel apresentou exemplos de estímulo ao consumo sustentável na administração pública e contou com a presença de representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Luisa Muller, do Grupo Pão de Açúcar, Paulo Pompílio, e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Leilane Mendes. Na parte da tarde, os palestrantes abordaram os desafios socioambientais para a implementação da PNRS. Estavam presentes integrantes da Associação de Reciclagem de Papel, do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis e do departamento de diálogos sociais da Secretaria-Geral da Presidência da República. (Fonte: Letícia Verdi/ MMA)

domingo, 18 de novembro de 2012

Plenário pode votar marco civil da internet e fim do fator previdenciário

O marco civil da internet e o fim do fator previdenciário são os destaques do Plenário para a próxima semana. Outras oito propostas também poderão ser votadas entre os dias 20 e 22 de novembro, em sessões extraordinárias. Já as sessões ordinárias do Plenário estão trancadas por duas medidas provisórias: a 575/12, que autoriza o aporte de recursos públicos às parcerias público-privadas (PPPs) durante as obras; e a 580/12, que permite preferência a produtos e serviços nacionais em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Marco civil Apesar das negociações que ocorreram nesta semana, continua o impasse em torno do marco civil da internet (PL 2126/11, apensado ao PL 5403/01). O relator do projeto, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), defende em seu texto a permanência do conceito de neutralidade da rede, que pretende garantir a inexistência de privilégios na transmissão dos dados, independentemente de conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicativo. Segundo o relator, pressões dos provedores de conexão têm impedido o consenso em torno do texto. Os provedores são contra o princípio da neutralidade. Além disso, estariam insatisfeitos com a proibição de guardar os registros da navegação dos usuários de internet. A neutralidade de rede, de acordo com o relator, vai impedir que os provedores façam distinção de velocidade entre um ou outro site ou aplicativo. Alguns deputados, no entanto, manifestaram-se contra a neutralidade e defenderam a possibilidade de o provedor dar preferência, na transmissão de dados, para o consumidor que pagar mais. Fator previdenciário Outro projeto que pode ser votado em sessões extraordinárias é o PL 3299/08, do Senado, que acaba com o fator previdenciário, incidente nas aposentadorias do setor privado. O fator foi criado em 1999 com o objetivo de desestimular a aposentadoria precoce por meio de um cálculo que diminui o valor dos proventos para aqueles que se aposentam mais cedo. Entretanto, até mesmo o governo admite que o mecanismo não surtiu o efeito esperado porque a média de idade dos recém-aposentados não aumentou. A matéria conta com substitutivo de autoria do atual ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. Ele propôs a fórmula 95/85, segundo a qual a aposentadoria sem cortes ocorreria quando a soma da idade e dos anos de contribuição do segurado atingisse 95. No caso das mulheres, 85. A mudança ainda provoca controvérsia dentro do governo, que teme consequências de possíveis processos na Justiça pedindo equiparação com a nova regra para as aposentadorias já concedidas. O presidente da Câmara, Marco Maia, afirmou na quarta-feira (14) que ainda "costura um acordo” para a análise da proposta. “O acordo não é simples. Há resistência dentro do governo em função do impacto que poderá haver na Previdência”, disse Maia. Saúde e investimentos Nas sessões ordinárias, os deputados devem analisar os pareceres aprovados pelas comissões mistas que analisaram as MPs 575/12 e 580/12. A primeira delas permite aos governos realizarem pagamentos às empresas com as quais mantêm parcerias público-privadas (PPPs) antes do término das obras, situação que não existe atualmente. Essas parcerias foram criadas em 2004 para estimular a participação da iniciativa privada em projetos com grande necessidade de investimento. O texto da comissão mista acrescenta diversos outros assuntos à MP original, como isenções de PIS/Pasep e Cofins, redução de multas da Receita por descumprimento de obrigações acessórias e mudanças no Seguro-Safra. No caso da MP 580/12, que permite a exigência de produtos e serviços nacionais na contratação de obras do PAC, a novidade do parecer é a extensão do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) às obras do sistema público de saúde. Esse regime é aplicado atualmente às obras do PAC, das Olimpíadas de 2016, das copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014), e do setor educacional. O RDC reduz prazos de recursos nas licitações e permite a contratação integrada, quando uma única empresa fica responsável pela realização de uma obra, desde os projetos básico e executivo até a entrega do objeto em pleno funcionamento. Telecomunicações Também poderá ser votado o uso de recursos do Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações (Fust) no financiamento de serviços como a internet de banda larga. A medida consta do Projeto de Lei 1481/07, do Senado. De acordo com o substitutivo aprovado pela Comissão Especial de Redes Digitais de Informação, a meta é conectar todas as escolas públicas a esse serviço até o final de 2013, com prioridade para as situadas na zona rural. Ainda sobre telecomunicações, pode ser votado um requerimento de urgência para o projeto de lei que acaba com a tarifa básica de telefonia (PL 5476/01). Esse projeto lidera o ranking de participação popular entre as propostas que os cidadãos esperam ser votadas. Capital na aviação Os deputados podem votar ainda o Projeto de Lei 6716/09, do Senado, que aumenta de 20% para 49% o limite de capital estrangeiro com direito a voto nas empresas aéreas nacionais. Esse limite poderá ser maior, se houver reciprocidade em acordo assinado pelo Brasil com outro país. Em qualquer caso, a transferência de ações com direito a voto para estrangeiros dependerá de aprovação da autoridade de aviação civil. A matéria conta com um substitutivo da comissão especial que acrescenta regras no Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/86) para beneficiar os usuários do transporte aéreo, aplicáveis se não houver disposição em contrário no contrato do serviço. Outros projetos Confira outras propostas que podem ir a voto: - Projeto de Lei Complementar 200/12, do Senado, que extingue, a partir de 1º de junho de 2013, a contribuição social de 10% sobre todo o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), devida pelos empregadores no caso de demissão sem justa causa; - Proposta de Emenda à Constituição 544/02, do Senado, que cria quatro tribunais regionais federais por meio do desmembramento dos cinco já existentes; - Projeto de Decreto Legislativo 512/11, que incorpora à legislação brasileira a Decisão do Mercosul sobre a criação da Secretaria do Tribunal Permanente de Revisão (TPR), permitindo o pagamento da contribuição anual do Brasil a esse órgão; - Projeto de Lei 4148/08, do deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que disciplina as informações que devem constar nas embalagens para informar sobre a presença de ingredientes transgênicos nos alimentos. Na prática, o projeto revoga o Decreto 4.680/03, que já regulamenta o assunto; - requerimentos de prorrogação das comissões parlamentares de inquérito (CPIs) do Tráfico de Pessoas e da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes pelos prazos de 120 e 60 dias, respectivamente. Íntegra da proposta: PL-5476/2001 PEC-544/2002 PL-1481/2007 PL-3299/2008 PL-4148/2008 PL-6716/2009 PL-2126/2011 PDC-512/2011 MPV-575/2012 PLP-200/2012 MPV-580/2012 Reportagem – Eduardo Piovesan Edição – Pierre Triboli 'Agência Câmara de Notícias'

Se aprovado, projeto de lei de SP garantirá vagas para bicicletas em estacionamentos

Com o grande crescimento do ciclismo urbano, as cidades precisam se readaptar a esse novo meio de transporte. Na cidade de São Paulo, a ciclofaixa foi ampliada, e agora possui 89km. O novo circuito vai da Avenida Paulista até o Centro histórico da capital, passando por pontos como a Praça da República, Estação da Luz e Mosteiro de São Bento. Para complementar essa medida, o projeto de lei do vereador Marco Aurélio Cunha- que prevê espaços reservados para bicicletas em estacionamentos da capital paulista e já foi aprovado pela Câmara Municipal – seria muito bem vindo. Só falta a aprovação do prefeito Gilberto Kassab. Se receber o aval da prefeitura para entrar em vigor, estabelecimentos comerciais, shoppings, edifícios, condomínios e estacionamentos em geral terão que reservar entre 5 a 10% de vagas exclusivamente para bicicletas. Em 2005, foi aprovada uma lei municipal que visa a criação de bicicletários em locais públicos, como parques, museus e centros de ensino. Porém, devido a falta de fiscalização, muitos lugares acabam burlando essa lei. Para não deixar que mais um projeto caia no esquecimento legislativo, alguns ciclo ativistas se reuniram e criaram um abaixo assinado on-line, que visa mostrar às autoridades o interesse da população em apoiar esse projeto de lei e fazer com que o documento seja aprovado rapidamente. A petição já conta com mais de 2225 assinaturas. (Fonte: Ana Carolina Pezzutto/ Planeta Sustentável)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A Cinemateca Brasileira celebra neste mês o centenário de nascimento do escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980

A Cinemateca Brasileira celebra neste mês o centenário de nascimento do escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980). Até 2/12 a mostra homenageia a obra de um dos maiores autores do teatro moderno brasileiro, apresentando algumas das mais célebres adaptações para o cinema de seus folhetins, contos e peças. Data: até 2/12 Local: Cinemateca Brasileira – Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana – São Paulo Preço: R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00 (meia-entrada). Estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas têm direito à entrada gratuita mediante a apresentação da carteirinha Mais informações: (11) 3512-6111 (ramal 215) Confira a programação completa Programação NELSON RODRIGUES 100 ANOS 07 de novembro a 02 de dezembro de 2012 A Cinemateca Brasileira celebra neste mês o centenário de nascimento do escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980). A mostra homenageia a obra de um dos maiores autores do teatro moderno brasileiro, apresentando algumas das mais célebres adaptações de folhetins, contos e peças de Nelson Rodrigues para as telas. A programação é composta por, entre outros títulos, Meu destino é pecar, de Manuel Peluffo, primeiro filme adaptado de um texto do escritor, Bonitinha, mas ordinária, versão de J. P. de Carvalho para a homônima tragédia carioca, uma das melhores leituras cinematográficas da obra de Nelson, estrelada por Jece Valadão, Odete Lara e Ambrósio Fregolente, e Engraçadinha depois dos trinta, de J. B. Tanko, adaptação da segunda parte de Asfalto selvagem, folhetim publicado no jornal Última hora entre 1959 e 1960. Raridade para o público de hoje, Engraçadinha depois dos trinta será exibido em nova cópia 35mm confeccionada pela Cinemateca. Outras produções dos anos 1960 também marcam presença como O beijo, de Flávio Tambellini, versão expressionista para a peça O beijo no asfalto, e A falecida, primeiro longa do cineasta Leon Hirszman, e primeiro papel da atriz Fernanda Montenegro no cinema. Dois dos maiores clássicos da filmografia de Nelson Rodrigues, O casamento e Toda nudez será castigada, de Arnaldo Jabor, também serão projetados em novas cópias 35mm. Baseado no romance homônimo censurado pelos militares, O casamento traz o ator Paulo Porto no papel de um pai de família apaixonado pela filha, mote para uma sucessão de tragédias bem ao gosto do escritor. Considerada pela crítica brasileira uma das mais brilhantes versões da obra de Nelson para o cinema, Toda nudez será castigada traz novamente Paulo Porto, agora ao lado da atriz Darlene Glória, na pele de um viúvo cindido pelo desejo sexual e pela culpa. Toda nudez foi premiado com o Urso de Prata no Festival de Berlim de 1973.. Versões e adaptações recentes de contos e peças de Nelson Rodrigues também integram a retrospectiva como A serpente, de Alberto Magno, nunca lançado comercialmente nos cinemas, Gêmeas, de Andrucha Waddington, com a atriz Fernanda Torres, e Traição: 3 histórias de Nelson Rodrigues, de Arthur Fontes, Claudio Torres e José Henrique Fonseca, produção baseada em contos do dramaturgo. CINEMATECA BRASILEIRA Largo Senador Raul Cardoso, 207 próxima ao Metrô Vila Mariana Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215) www.cinemateca.gov.br Ingressos: R$ 8,00 (inteira) / R$ 4,00 (meia-entrada) Atenção: estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas têm direito à entrada gratuita mediante a apresentação da carteirinha. PROGRAMAÇÃO 07.11 | QUARTA SALA CINEMATECA BNDES 19h00 MEU DESTINO É PECAR 21h00 BONITINHA, MAS ORDINÁRIA 08.11 | QUINTA SALA CINEMATECA BNDES 20h30 O CASAMENTO 09.11 | SEXTA SALA CINEMATECA PETROBRAS 19h00 A FALECIDA 21h00 ENGRAÇADINHA DEPOIS DOS TRINTA 10.11 | SÁBADO SALA CINEMATECA BNDES 19h00 TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA 21h00 O CASAMENTO 11.11 | DOMINGO SALA CINEMATECA BNDES 16h00 A SERPENTE 18h00 GÊMEAS 20h00 TRAIÇÃO: 3 HISTÓRIAS DE NELSON RODRIGUES 14.11 | QUARTA SALA CINEMATECA PETROBRAS 20h00 A SERPENTE 15.11 | QUINTA SALA CINEMATECA PETROBRAS 18h00 ENGRAÇADINHA DEPOIS DOS TRINTA 20h00 A FALECIDA 16.11 | SEXTA SALA CINEMATECA PETROBRAS 19h00 TRAIÇÃO: 3 HISTÓRIAS DE NELSON RODRIGUES 17.11 | SÁBADO SALA CINEMATECA PETROBRAS 19h00 BONITINHA, MAS ORDINÁRIA 18.11 | DOMINGO SALA CINEMATECA PETROBRAS 18h30 MEU DESTINO É PECAR 20h30 O BEIJO 21.11 | QUARTA SALA CINEMATECA PETROBRAS 20h30 BONITINHA, MAS ORDINÁRIA 22.11 | QUINTA SALA CINEMATECA PETROBRAS 18h30 TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA 23.11 | SEXTA SALA CINEMATECA BNDES 18h00 GÊMEAS 25.11 | DOMINGO SALA CINEMATECA BNDES 18h30 A FALECIDA 28.11 | QUARTA SALA CINEMATECA BNDES 20h30 O BEIJO 30.11 | SEXTA SALA CINEMATECA BNDES 18h30 A SERPENTE 01.12 | SÁBADO SALA CINEMATECA BNDES 19h00 BONITINHA, MAS ORDINÁRIA 21h00 MEU DESTINO É PECAR 02.12 | DOMINGO SALA CINEMATECA BNDES 16h00 O BEIJO 18h00 TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA 20h00 ENGRAÇADINHA DEPOIS DOS TRINTA FICHAS TÉCNICAS E SINOPSES O beijo, de Flávio Tambellini Rio de Janeiro, 1964, 35mm, pb, 78’ Reginaldo Farias, Ambrósio Fregolente, Jorge Dória, Norma Blum Homem é atropelado na rua e, agonizante, pede a um desconhecido que testemunha o acidente para que ele realize seu último desejo – receber um beijo na boca. Arandir resolve atender o pedido do moribundo mas seu ato de misericórdia é presenciado por um repórter sensacionalista e por um delegado corrupto, que fazem da cena um escândalo social. Versão para a tragédia carioca O beijo no asfalto. Realizado no ano do golpe militar, o filme trabalha a dramaturgia de Nelson Rodrigues a partir da iconografia do expressionismo e de referências hollywoodianas como o cinema de Alfred Hitchcock. Exibição em nova cópia 35mm confeccionada pela Cinemateca. não indicado para menores de 16 anos dom 18 20h30 | qua 28 20h30 | dom 02.12 16h00 Bonitinha, mas ordinária, de J. P. de Carvalho Rio de Janeiro, 1963, 35mm, pb, 100’ Jece Valadão, Lia Rossi, Odete Lara, Ambrósio Fregolente De origem humilde, rapaz batalha para fazer carreira numa empresa de seguros. Certo dia, recebe uma proposta do patrão – casar-se com sua filha, uma moça que foi estuprada e a quem a família quer restituir a dignidade pelo casamento. Com um cheque milionário no bolso, o jovem hesita em aceitar o casório ou render-se ao amor por uma vizinha. Mais bem-sucedida adaptação da peça Otto Lara Rezende ou bonitinha, mas ordinária para os cinemas, o filme de J. P. Carvalho explora com maestria o aspecto ambíguo e tragicômico do universo rodriguiano. Destaque para a performance de Fregolente no papel do patriarca libidinoso que quer reaver a integridade moral da filha. não indicado para menores de 16 anos qua 07 21h00 | sáb 17 19h00 | qua 21 20h30 | sáb 01.12 19h00 O casamento, de Arnaldo Jabor Rio de Janeiro, 1975, 35mm, cor, 111’ Adriana Prieto, Paulo Porto, Camila Amado, Érico Vidal Às vésperas do casamento da filha, pai de família tem de lidar com a crise de consciência motivada pelo obsessivo amor que tem por ela. Tempos depois, recebe uma terrível notícia, dada pelo médico da família – seu futuro genro é homossexual. Abalado emocionalmente, ele oscila entre esconder ou contar o segredo, acabando com o casório. Em meio a tudo isso, entrega-se a um relacionamento furtivo com sua secretária que, ao recusar o amante, acaba provocando uma sucessão de tragédias. Ao lado de Toda nudez será castigada, o filme é uma das mais bem-sucedidas adaptações da obra de Nelson Rodrigues para as telas. Publicado em 1966, o romance O casamento foi censurado – a despeito das simpatias de seu autor pelos militares – sob a alegação de que atentava contra a “organização da família”. Participação de Ambrósio Fregolente. Exibição em nova cópia 35mm confeccionada pela Cinemateca. não indicado para menores de 16 anos qui 08 20h30 | sáb 10 21h00 Engraçadinha depois dos trinta, de J. B. Tanko Rio de Janeiro, 1966, 35mm, pb, 95’ Irma Alvarez, Fernando Torres, Vera Vianna, Nestor Montemar Depois do casamento com o pacato Zózimo, Engraçadinha leva a vida de maneira recatada, cuidando da família, sob o olhar vigilante da religião. No entanto, Silene, sua filha mais nova, tem a mesma volúpia da mãe quando jovem, e seu comportamento parece instigar os impulsos que Engraçadinha custara a abandonar. A partir daí, fantasmas e personagens do passado regressam para atormentar novamente sua vida. Adaptação da segunda parte do folhetim Asfalto selvagem, publicado originalmente no jornal Última hora, entre 1959 e 1960. J. B. Tanko já havia levado para as telas, em 1964, a primeira parte do livro. As duas adaptações receberam manifestações de apreço por parte do escritor. Exibição em nova cópia 35mm confeccionada pela Cinemateca. não indicado para menores de 14 anos sex 09 21h00 | qui 15 18h00 | dom 02.12 20h00 A falecida, de Leon Hirszman Rio de Janeiro, 1965, 35mm, pb, 85’ Fernanda Montenegro, Ivan Cândido, Paulo Gracindo, Nelson Xavier Depois de consultar uma cartomante, que lhe dá alerta sobre a presença de uma misteriosa loira em sua vida, mulher pobre de subúrbio decide preparar para si um funeral de luxo e assim impressionar todos do bairro. Prestes a morrer, ela orienta seu marido a pedir dinheiro a um homem, que bancará supostamente a cerimônia. Em sua ousada adaptação da peça de Nelson Rodrigues, Hirszman ameniza os aspectos melodramáticos do universo rodriguiano para sintonizar o filme com os debates que mobilizavam a intelectualidade de esquerda no Brasil dos anos 1960. Destaque para a primorosa interpretação de Fernanda Montenegro em seu primeiro papel para o cinema. Estreia de Leon Hirszman no longa-metragem, A falecida foi exibido numa seção especial do Festival de Cannes de 1965. Exibição em cópia restaurada. não indicado para menores de 12 anos sex 09 19h00 | qui 15 20h00 | dom 25 18h30 Gêmeas, de Andrucha Waddington Rio de Janeiro, 1999, 35mm, cor, 75’ Fernanda Torres, Evandro Mesquita, Francisco Cuoco, Matheus Nachtergaele Duas irmãs gêmeas vivem pregando peças nos homens, fazendo-se passar uma pela outra, para desespero de seu pai. Certo dia, uma delas conhece um rapaz, por quem se apaixona, mas a outra irmã decide seduzi-lo. Prêmio de Melhor filme pelo Júri popular e de Melhor atriz para Fernanda Torres no Festival de Brasília de 1999. Baseado em conto de Nelson Rodrigues, da série A vida como ela é. não indicado para menores de 16 anos dom 11 18h00 | sex 23 18h00 Meu destino é pecar, de Manuel Peluffo São Paulo, 1952, 35mm, pb, 72’ Antonieta Morineau, Alexandre Carlos, Ziláh Maria, Rubens de Queiróz Jovem se casa com um viúvo, mesmo sem estar apaixonada por ele. Passa a morar com sua família e descobre que a antiga mulher do marido foi morta por cães. Aos poucos, ela começa a ser atormentada por aparições do fantasma da morta. Primeiro filme adaptado de um texto do escritor. Publicado nas páginas de O Jornal, em 1944, Meu destino é pecar é o primeiro folhetim de Nelson Rodrigues. Assinado sob o pseudônimo de Suzana Flag, foi um dos maiores sucessos de sua carreira e levantou a tiragem do então fragilizado O Jornal, propriedade do magnata Assis Chateaubriand. não indicado para menores de 12 anos qua 07 19h00 | dom 18 18h30 | sáb 01.12 21h00 A serpente, de Alberto Magno Rio de Janeiro, 1992, 35mm, cor, 77’ Jece Valadão, Marco Nanini, Monique Lafond, Zezé Motta As irmãs Guida e Lígia se casam no mesmo dia e na mesma igreja. Cúmplices, vão viver juntas, com seus maridos, no mesmo apartamento. Enquanto Lígia se decepciona com o casamento, não chegando a consumar sua primeira relação sexual, Guida vive feliz e satisfeita ao lado de seu homem. Disposta a ajudar a irmã, Guida oferece seu marido a Lígia, inaugurando um dramático triângulo amoroso. Realizado nos anos 1980, o filme veio a ser exibido somente nos anos 1990, e nunca foi lançado comercialmente. Adaptação de A serpente, última peça de Nelson Rodrigues. Aproveitando uma das diversas possibilidades de leitura da obra rodriguiana, Alberto Magno opta pelo viés simbolista do texto, valendo-se de recursos teatrais e anti-naturalistas. não indicado para menores de 16 anos dom 11 16h00 | qua 14 20h00 | sex 30 18h30 Toda nudez será castigada, de Arnaldo Jabor Rio de Janeiro, 1972, 35mm, cor, 103’ Paulo Porto, Darlene Glória, Paulo César Pereio, Paulo Sacks Num dia comum, o viúvo Herculano chega em casa e encontra uma gravação na qual Geni, sua amante, faz chocantes revelações. A partir desta cena, o filme retorna ao início dos acontecimentos. Depois da morte da esposa, Herculano faz um juramento a seu filho, Serginho, de que nunca mais se relacionará com outra mulher. Com o passar do tempo, a promessa se torna um fardo insuportável. Ciente da terrível condição de Herculano, seu irmão, o malandro Patrício, o apresenta à Geni, uma prostituta. Após o encontro com ela, a angústia do viúvo se transforma em amor louco. Uma das mais brilhantes adaptações da obra de Nelson Rodrigues para o cinema. Arnaldo Jabor revigora o melodrama e coloca sob novo olhar questões fundamentais para o cinema novo nos anos 1970. Contando com interpretação primorosa da atriz Darlene Glória, o filme recebeu o Urso de Prata no Festival de Berlim de 1973. não indicado para menores de 16 anos sáb 10 19h00 | qui 22 18h30 | dom 02.12 18h00 Traição: 3 histórias de Nelson Rodrigues, de Arthur Fontes, Claudio Torres e José Henrique Fonseca Rio de Janeiro, 1997, 35mm, cor, 95’ Fernanda Torres, Ludmila Dayer, Fernanda Montenegro, Drica Moraes Três histórias adaptadas de contos de Nelson Rodrigues, ambientadas em diferentes épocas. Em O primeiro pecado, homem conta a um amigo suas aventuras com uma mulher casada. Em Diabólica, ninfeta se envolve com seu futuro cunhado. Por fim, em Cachorro!, marido flagra a mulher na cama com seu melhor amigo. não indicado para menores de 16 anos dom 11 20h00 | sex 16 19h00 voltar Cinemateca Brasileira Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino - 04021-070 - São Paulo (11) 3512-6111 / contato@cinemateca.org.br

Aconteceu a 9ª Festa das Nações

No domingo, dia 11 de novembro, a Obra Social Dom Bosco e a Associação Beneficente Bom Pastor promoveram a 9ª Festa das Nações, um evento já tradicional que todos os anos mobiliza Itaquera para celebrar a cultura e a gastronomia mundial. O evento aconteceu das 11 às 20h no Centro de Formação e Cultura, oferecendo ao público um pouco sobre a cultura e culinária de diversas regiões do país e do mundo. Os educandos e funcionários se empenharam na produção e venda de pratos típicos desenvolvidos durante oficinas para a preparação da festa. Durante todo o dia foram realizadas apresentações de música, dança e esporte, pelas crianças, adolescentes e idosos atendidos nos serviços, programas e projetos das organizações sociais. A Fanfarra e a bateria da Escola de Samba Dom Bosco, formada pelos jovens da organização e da comunidade, também se apresentaram e animaram as, aproximadamente, 6 mil pessoas presentes. “É bom porque traz esporte, cultura, lazer para a comunidade”, afirmou Francisco Bertulino”, supervisor de esportes de Itaquera, representante do subprefeito Paulo César Máximo. As organizações também contaram com a presença de convidados especiais, como as companhias de dança Studio Developpé, Vhida Alencar e Gnética e Oficina Cultural Alfredo Volpi. “É a segunda vez que eu venho, a festa está ótima, maravilhosa”, comentou Lucilene Ferreira, mãe de uma educanda da CEI 2, que participou de uma apresentação. “O que tem aqui é uma prova de que a Dom Bosco pode fazer parte da abertura da Copa do Mundo aqui no Itaquerão”, afirmou a vereadora Juliana Cardoso, que admirou a apresentação da ginástica rítmica do CFC. O deputado estadual Vitor Sapienza também prestigiou a festividade. Ao longo do dia, vários prêmios foram distribuídos, dentre eles uma televisão LCD de 32'' e uma bicicleta. A 9ª Festa das Nações foi realizada com o apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo, 103ª Delegacia de Polícia, 7ª Seccional, Subprefeitura de Itaquera, Supervisão de Saúde de Itaquera, Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal de Participação e Parceria, Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Inpe recupera dados climáticos que estavam em estação antártica

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) conseguiu recuperar dados sobre o clima da Antártica que estavam armazenados na Estação Comandante Ferraz, que foi atingida por um incêndio em 25 de fevereiro. A estação meteorológica responsável pela captação desses dados não ficava no prédio principal da base brasileira, o mais atingido pelo incêndio. No entanto, ela só pôde funcionar ao longo do ano porque baterias e painéis solares foram instalados – originalmente, a energia era produzida por geradores localizados no prédio principal. Quando a estação funcionava normalmente, a transmissão dos dados era feita online. Porém, as fontes alternativas de energia não têm capacidade para fazer essa transmissão, e os especialistas do instituto tiveram que ir até lá para recolher os dados. A equipe do Inpe chegou ao local com auxílio da Marinha, a bordo do Navio Polar Almirante Maximiano. Os dados que o grupo trouxe de lá eram importantes para manter uma série histórica que é registrada desde 1984. O resgate foi feito no último dia 5, mais de oito meses depois do acidente. A região fica inacessível durante o longo inverno, porque o mar congela. A partir deste mês, com a aproximação do verão, será possível começar a retirar o que foi destruído no incêndio, e ainda não será possível reconstruir a estação no próximo ano. Durante este verão, os cientistas que conduzem estudos na região trabalharão a bordo de navios de pesquisa ancorados na costa do continente. (Fonte: G1)

domingo, 11 de novembro de 2012

Polêmica sobre neutralidade adia votação do marco civil da internet

O Plenário vai analisar na próxima terça-feira (13) o projeto do marco civil da internet (PL 2126/11). A votação estava prevista para esta quarta-feira, mas foi adiada por conta da polêmica em torno do dispositivo que obriga provedores a tratar da mesma forma todos os pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, serviço, origem ou aplicativo. Chamado de princípio da neutralidade, esse ponto, de acordo com o relator do projeto, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), vai impedir que os provedores façam distinção de velocidade entre um ou outro site ou aplicativo. “Esse dispositivo é extremamente sensível porque dele depende o futuro da internet no Brasil, se vamos continuar tendo liberdade de escolha ou se os nossos provedores de conexão vão escolher o que vamos ler, o que vamos acessar, o que chega rápido e o que chega devagar”, disse Molon. Quem levantou a polêmica sobre a neutralidade foi o deputado Ricardo Izar (PSD-SP). Para ele, a neutralidade afasta investimentos, diminui a concorrência e pode encarecer os planos de internet. Segundo Izar, a internet é como uma estrada congestionada. "Se um usuário paga R$ 9,90 para ter só e-mail e outro paga R$ 200 para baixar filmes, quem paga caro tem de ter prioridade na hora do congestionamento ou as operadoras terão de aumentar o preço do pacote mais barato", criticou. Molon rebateu o argumento com a mesma analogia. Segundo ele, a internet não pode ser uma rodovia com várias pistas, em que quem paga menos anda na faixa mais lenta e quem paga mais tem direito à velocidade. Poder do governo Ex-ministro das Comunicações, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) defende a neutralidade, mas criticou o projeto por dar ao Poder Executivo o poder de regulamentar as exceções à neutralidade. Segundo ele, o texto permitirá que o governo atue como o “guarda da infovia”. “Hoje, nos agrada a presidente, mas a vida pública é impessoal. Não gostaria de ver na mão da Dilma ou de qualquer presidente esse tipo de poder sobre a internet que, para mim, é anárquica”, opinou. Atribuição da Anatel A regulamentação do texto também causou atrito nesta quarta-feira entre o Congresso e o governo. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que o órgão mais indicado para regulamentar o marco civil da internet é a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Já o relator do projeto, Alessandro Molon, disse que vai mudar a redação do texto para deixar claro que ele não será regulamentado pela Anatel. “Não é papel da Anatel regulamentar projeto de lei. Quem regulamenta projeto de lei é o Poder Executivo”, disse Molon, reforçando que à Anatel caberá apenas fiscalizar a aplicação da lei. Privacidade dos usuários Outro ponto que pode causar divergência é a privacidade dos usuários. O deputado Eli Correa Filho (DEM-SP) quer autorizar os provedores de conexão a armazenar os registros de acesso a aplicações dos seus usuários. Eli argumenta que, se os produtores de conteúdo podem armazenar dados, é justo dar aos provedores o mesmo tratamento. Molon disse que essa medida permitiria a violação da privacidade dos usuários, já que o provedor de conexão ficará autorizado a traçar todos os dados de navegação da pessoa para uso futuro. “O provedor de conexão é o meio, o cabo, ele não precisa guardar dados. Se permitirmos isso, é a mesma coisa que autorizar que a internet seja ‘grampeada’, pois o provedor vai saber o que você acessou, o que você escreveu no seu e-mail e outros”, disse. O projeto do marco civil, de acordo com Molon, autoriza apenas que os provedores de conteúdo armazenem dados, mas somente para uso nos seus aplicativos. “Pelo projeto, os dados pessoais colhidos só poderão ser usados para as finalidades para as quais forem coletadas.” Íntegra da proposta: PL-2126/2011 Reportagem – Carol Siqueira Edição – Pierre Triboli 'Agência Câmara de Notícias'

sábado, 10 de novembro de 2012

Orçamento 2013: Câmara define datas de audiências e votação

Orçamento 2013: Câmara define datas de audiências e votação Fonte: Portal da Câmara Municipal de São Paulo A Câmara Municipal de São Paulo definiu as datas para a realização das audiências públicas, apresentação de emendas e votação em Plenário do Projeto de Lei (PL) 424/2012, de autoria do Executivo, que dispõe sobre a Proposta Orçamentária de 2013 para a capital paulista. A matéria, elaborada anualmente pelo Executivo para estimar a receita e fixar as despesas do município, deve passar por duas audiências públicas antes de ser apreciada pelos parlamentares em Plenário. A previsão é que o primeiro debate aconteça no dia 26 de novembro e o segundo, em 10 de dezembro. No intervalo compreendido entre as duas audiências públicas, um vereador será designado pela Comissão de Finanças e Orçamento para ser o relator do projeto, o que significa que terá de analisar todo o conteúdo do texto elaborado pelo Executivo. A primeira reunião da Comissão para debater o PL deve ser realizada no dia 27 de novembro, um dia após a primeira audiência pública. "Nesta primeira reunião da Comissão de Finanças e Orçamento, o relator, após analisar a matéria, pode propor algumas alterações. Se houver alguma mudança, é elaborado um substitutivo, que será encaminhado ao Plenário”, explicou Gilberto Hashimoto, coordenador da Consultoria Técnica de Economia e Orçamento da Câmara Municipal. O coordenador ainda ressaltou que qualquer tipo de mudança deve respeitar os mínimos valores estabelecidos pela Lei Orgânica e pela Constituição. "Se as diretrizes determinam que para a educação sejam destinados, no mínimo, 31% da receita, os vereadores devem respeitar isso", acrescentou Hashimoto. Na sequência, o Projeto de Lei e o substitutivo — caso exista alguma alteração ao projeto original — serão encaminhados ao Plenário para serem analisados e votados em primeira discussão no dia 28 de novembro. A partir do dia seguinte, 29 de novembro, os vereadores terão mais cinco dias para apresentar emendas à Proposta Orçamentária. No ano passado, os parlamentares fizeram mais de seis mil considerações. Destas, cerca de mil foram incorporadas ao Projeto de Lei. A matéria é, então, analisada novamente pelo relator do Orçamento para que ele inclua as emendas necessárias, e o PL volta a ser avaliado pela Comissão de Finanças e Orçamento. Enfim, no dia 18 de dezembro, o PL 424/2012 será encaminhado ao Plenário para a segunda votação. Para o próximo ano, a Prefeitura propõe um Orçamento da ordem de R$ 42.041.788.033 (quarenta e dois bilhões, quarenta e um milhões, setecentos e oitenta e oito mil e trinta e três reais). CALENDÁRIO* 26/11- 1ª audiência pública 27/11 – Reunião extraordinária da Comissão de Finanças e Orçamento 28/11 – 1ª votação em Plenário 29/11 a 04/12 – Apresentação de Emendas 18/12 – 2ª votação em Plenário *As datas citadas acima estão sujeitas a alterações.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Dupla interpreta Bach ao cravo e violoncelo - Gratuito

O Centro Cultural São Paulo (CCSP) recebe na próxima terça-feira (13/11), às 18h30, na Praça Mário Chamie (Bibliotecas), o violoncelista Dimos Goudaroulis e o cravista Sérgio Carvalho. A entrada é franca. A dupla interpretará duas sonatas de J. S. Bach e uma de seu filho, Johann Christian Friedrich. Goudaroulis destaca-se por utilizar um raro violoncello piccolo, que descobriu na oficina de um luthier e restaurou. Trata-se de um instrumento alemão do final do século 19. É considerado o tenor perdido da família do violino, o instrumento que falta entre a viola e o violoncelo. Local: Praça Mário Chamie (Bibliotecas) do CCSP – Rua Vergueiro, 1.000, Paraíso Data e horário: terça-feira, 13/11, às 18h30

Feira de troca de livros e gibis no Parque do Ibirapuera - Gratuito

Acontece no próximo domingo (11/11), no Parque do Ibirapuera, uma feira aberta para troca de livros e gibis. O evento vai das 10 às 15h, com entrada gratuita. Para poder participar, os interessados devem levar livros que não sejam didáticos ou técnicos e gibis em bom estado. As trocas serão feitas diretamente entre os frequentadores. O local estará organizado com mesas separadas pelos seguintes temas: Literatura Geral, Literatura Infantojuvenil, Gibis e Troca com a Mesa. Nessa última, o leitor simplesmente deposita um título e pega outro. Local: Parque do Ibirapuera – Av. República do Líbano, 1.151 (Portão 7), Moema Data e horário: domingo, 11/11, das 10 às 15h

Ações para infância devem ser integradas, diz analista

Em debate ontem no Senado, assessor da Organização Mundial para Educação Pré-Escolar disse que o país já possui iniciativas para propiciar uma infância feliz, mas falta olhar a criança como um ser integral VEJA MAIS Evento discute sistema alternativo ao Plano Nacional de Educação O Brasil precisa avançar na integração dos diferentes programas, planos e políticas voltados à criança. A avaliação foi feita pelo especialista em educação infantil Vital Didonet em audiência no Senado. Assessor da Organização Mundial para Educação Pré-Escolar (Omep), ele participou ontem do debate "O desenvolvimento integral da criança — da teoria à prática", promovido pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), como parte da 5ª Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz. Senadora Maria do Carmo Alves (C) conduz audiência que integrou a 5a Semana de Valorização da Primeira Infância — Nós temos visões parciais, olhares setorizados, ações voltadas para áreas ou temas específicos. E quando se pensa a nação brasileira voltada para as suas crianças, a sociedade que se compromete com a sua infância, ela tem de ter uma visão de integralidade, ­integrando os diferentes olhares, as diferentes políticas e diferentes planos setoriais — ressaltou. Didonet afirmou que o país já possui políticas e soluções técnicas para enfrentar as questões relacionadas a essa parcela da população e propiciar uma infância feliz. O que falta, segundo ele, é a sociedade e o governo olharem a criança como um ser integral e sujeito de direitos. O especialista destacou como exemplo de avanço nas políticas voltadas para as crianças o plano nacional lançado em dezembro de 2010 pela Rede Nacional Primeira Infância, que reúne organizações públicas e privadas. No entanto, ele disse que a iniciativa tem de superar a abordagem da infância por temas específicos — como saúde, nutrição e violência —, e adotar diferentes ações com visão abrangente das necessidades infantis. Didonet informou que o ano de 2022 foi definido como prazo para avaliação de melhorias para as crianças brasileiras. Ele destacou a ­responsabilidade da família, da sociedade e do Estado para que haja complementaridade das ações. A diretora do Instituto Sidarta (SP), Claudia Siqueira, também enfatizou a importância de a sociedade se envolver na melhoraria da educação. Para ela, o sistema educacional brasileiro adota costumes do século 19, embora haja estudos e dados que permitem fazer melhores escolhas e tirar a escola do passado. Claudia observou que, na visão infantil, a escola é similar a uma prisão, e que o desenvolvimento saudável das crianças deve se dar por meio do ato de brincar, sem interferência pedagógica do educador e sem locais específicos para isso. Ela defendeu a utilização de todos os espaços da escola para as brincadeiras. — Criança precisa sentir, criança precisa experimentar. A criança se apropria do mundo brincando. Ela está experimentando, e brincar é uma das estruturas — disse. Jornal do Senado

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Assembléia de Fundação do Núcleo de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Itaquera

Plenário pode votar amanhã propostas que regulamentam uso da internet

Plenário pode votar amanhã propostas que regulamentam uso da internet Arquivo/ Leonardo Prado Alessandro Molon Molon: presidente Marco Maia deve colocar em votação amanhã os três projetos sobre internet. O Plenário da Câmara poderá votar nesta quarta-feira três projetos de lei que regulamentam o uso da internet no Brasil. Dois deles tratam da punição de crimes cibernéticos (PL 84/99 e PL 2793/11) e o outro é a proposta de marco civil da internet (PL 2126/11, apensado ao PL 5403/01). Apresentado pelo governo, o marco civil é uma espécie de Constituição da internet, com princípios que devem nortear o uso da rede no Brasil, direitos dos usuários e obrigações dos provedores do serviço. “Existe um entendimento entre governo e a oposição no sentido de votar em conjunto, para ir à sanção da presidente da República, as três propostas”, explica o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG). “O presidente Marco Maia deve colocar em votação amanhã os três projetos sobre internet”, confirmou o relator da proposta de marco civil, deputado Alessandro Molon (PT-RJ). “É desejo de o presidente Marco Maia deixar como legado a aprovação da primeira lei geral brasileira sobre internet, o marco civil, que dará segurança jurídica para essa área no Brasil”, completou. Segundo Eduardo Azeredo, o acordo não previa inicialmente a votação do marco civil da internet diretamente no Plenário, e sim primeiramente na comissão especial que analisa a proposta. “Mas vamos buscar um entendimento, porque finalmente se chegou à compreensão de que é necessária uma legislação específica sobre crimes cibernéticos”, disse Azeredo, que relatou o PL 84/99 no Senado e na Comissão de Ciência e Tecnologia. Segundo o deputado, os dois projetos (PL 84/99 e PL 2126/11) que tratam de crimes na internet são complementares. Crimes cibernéticos Em tramitação há treze anos no Congresso, o PL 84/99 inclui novos crimes no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), como o de usar dados de cartões de crédito ou débito obtidos de forma indevida ou sem autorização. O texto equipara essa prática ao crime de falsificação de documento particular, sujeito à reclusão de um a cinco anos e multa. Outra novidade é a previsão de que mensagens com conteúdo racista sejam retiradas do ar imediatamente, como já ocorre atualmente em outros meios de comunicação, seja radiofônico, televisivo ou impresso. Arquivo/ Renato Araújo Paulo Teixeira Teixeira: ter acesso a e-mails alheios sem permissão será considerado um novo tipo penal. O PL 2793/11, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), também inclui novos tipos penais, como ter acesso a e-mails e informações sigilosas, com pena prevista três meses a dois anos de prisão, além de multa. A pena será a mesma para quem vender ou divulgar gratuitamente esse material. Já aprovado pela Câmara e modificado no Senado, o projeto pode ajudar a resolver situações como a violação do computador da atriz Carolina Dieckman que resultou na divulgação de suas fotos pessoais na internet. “Da parte da oposição, assim como votamos o projeto no Senado na semana passada, devemos colaborar com a votação na Câmara”, disse Azeredo. Marco civil O relator do marco civil, deputado Alessandro Molon, afirmou que manterá basicamente o mesmo substitutivo apresentado na comissão especial, com alguns ajustes de redação, “para atender as demandas dos mais diversos segmentos da sociedade, inclusive do governo”. Um dos pontos a ser ajustado deverá ser o artigo que trata da neutralidade de rede. Esse princípio, contido no marco civil, estabelece que todo pacote de dados que trafega na internet deverá ser tratado de maneira isonômica, sem discriminação quanto ao conteúdo, origem, destino, terminal ou aplicativo. “O texto exato desse dispositivo ainda está sendo estudado, mas não haverá nenhum retrocesso na proteção da neutralidade de rede, que considero o coração do projeto”, disse Molon. Conforme explicou o relator, se não houver neutralidade da rede, o conteúdo que vai chegar mais rapidamente ao usuário será aquele da empresa que eventualmente tenha celebrado acordo comercial com o provedor de conexão. O deputado Eduardo Azeredo afirmou que, para a proposta ter apoio da oposição, a redação do artigo que trata da neutralidade de rede terá que ser modificada. “Todos defendem a neutralidade da rede, mas a redação não pode inviabilizar a Lei de Concorrência”, destacou Azeredo. De acordo com o substitutivo de Molon, o princípio deverá ser regulamentado por decreto, ouvido o Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br) – órgão que inclui representantes do governo, do setor empresarial, do terceiro setor e da comunidade científica e tecnológica. No texto original, do governo, não há menção ao CGI. Íntegra da proposta: PL-84/1999 PL-5403/2001 PL-2126/2011 PL-2793/2011 Reportagem – Lara Haje Marcelo – Westphalem 'Agência Câmara de Notícias'