quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A Cinemateca Brasileira celebra neste mês o centenário de nascimento do escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980

A Cinemateca Brasileira celebra neste mês o centenário de nascimento do escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980). Até 2/12 a mostra homenageia a obra de um dos maiores autores do teatro moderno brasileiro, apresentando algumas das mais célebres adaptações para o cinema de seus folhetins, contos e peças. Data: até 2/12 Local: Cinemateca Brasileira – Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana – São Paulo Preço: R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00 (meia-entrada). Estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas têm direito à entrada gratuita mediante a apresentação da carteirinha Mais informações: (11) 3512-6111 (ramal 215) Confira a programação completa Programação NELSON RODRIGUES 100 ANOS 07 de novembro a 02 de dezembro de 2012 A Cinemateca Brasileira celebra neste mês o centenário de nascimento do escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980). A mostra homenageia a obra de um dos maiores autores do teatro moderno brasileiro, apresentando algumas das mais célebres adaptações de folhetins, contos e peças de Nelson Rodrigues para as telas. A programação é composta por, entre outros títulos, Meu destino é pecar, de Manuel Peluffo, primeiro filme adaptado de um texto do escritor, Bonitinha, mas ordinária, versão de J. P. de Carvalho para a homônima tragédia carioca, uma das melhores leituras cinematográficas da obra de Nelson, estrelada por Jece Valadão, Odete Lara e Ambrósio Fregolente, e Engraçadinha depois dos trinta, de J. B. Tanko, adaptação da segunda parte de Asfalto selvagem, folhetim publicado no jornal Última hora entre 1959 e 1960. Raridade para o público de hoje, Engraçadinha depois dos trinta será exibido em nova cópia 35mm confeccionada pela Cinemateca. Outras produções dos anos 1960 também marcam presença como O beijo, de Flávio Tambellini, versão expressionista para a peça O beijo no asfalto, e A falecida, primeiro longa do cineasta Leon Hirszman, e primeiro papel da atriz Fernanda Montenegro no cinema. Dois dos maiores clássicos da filmografia de Nelson Rodrigues, O casamento e Toda nudez será castigada, de Arnaldo Jabor, também serão projetados em novas cópias 35mm. Baseado no romance homônimo censurado pelos militares, O casamento traz o ator Paulo Porto no papel de um pai de família apaixonado pela filha, mote para uma sucessão de tragédias bem ao gosto do escritor. Considerada pela crítica brasileira uma das mais brilhantes versões da obra de Nelson para o cinema, Toda nudez será castigada traz novamente Paulo Porto, agora ao lado da atriz Darlene Glória, na pele de um viúvo cindido pelo desejo sexual e pela culpa. Toda nudez foi premiado com o Urso de Prata no Festival de Berlim de 1973.. Versões e adaptações recentes de contos e peças de Nelson Rodrigues também integram a retrospectiva como A serpente, de Alberto Magno, nunca lançado comercialmente nos cinemas, Gêmeas, de Andrucha Waddington, com a atriz Fernanda Torres, e Traição: 3 histórias de Nelson Rodrigues, de Arthur Fontes, Claudio Torres e José Henrique Fonseca, produção baseada em contos do dramaturgo. CINEMATECA BRASILEIRA Largo Senador Raul Cardoso, 207 próxima ao Metrô Vila Mariana Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215) www.cinemateca.gov.br Ingressos: R$ 8,00 (inteira) / R$ 4,00 (meia-entrada) Atenção: estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas têm direito à entrada gratuita mediante a apresentação da carteirinha. PROGRAMAÇÃO 07.11 | QUARTA SALA CINEMATECA BNDES 19h00 MEU DESTINO É PECAR 21h00 BONITINHA, MAS ORDINÁRIA 08.11 | QUINTA SALA CINEMATECA BNDES 20h30 O CASAMENTO 09.11 | SEXTA SALA CINEMATECA PETROBRAS 19h00 A FALECIDA 21h00 ENGRAÇADINHA DEPOIS DOS TRINTA 10.11 | SÁBADO SALA CINEMATECA BNDES 19h00 TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA 21h00 O CASAMENTO 11.11 | DOMINGO SALA CINEMATECA BNDES 16h00 A SERPENTE 18h00 GÊMEAS 20h00 TRAIÇÃO: 3 HISTÓRIAS DE NELSON RODRIGUES 14.11 | QUARTA SALA CINEMATECA PETROBRAS 20h00 A SERPENTE 15.11 | QUINTA SALA CINEMATECA PETROBRAS 18h00 ENGRAÇADINHA DEPOIS DOS TRINTA 20h00 A FALECIDA 16.11 | SEXTA SALA CINEMATECA PETROBRAS 19h00 TRAIÇÃO: 3 HISTÓRIAS DE NELSON RODRIGUES 17.11 | SÁBADO SALA CINEMATECA PETROBRAS 19h00 BONITINHA, MAS ORDINÁRIA 18.11 | DOMINGO SALA CINEMATECA PETROBRAS 18h30 MEU DESTINO É PECAR 20h30 O BEIJO 21.11 | QUARTA SALA CINEMATECA PETROBRAS 20h30 BONITINHA, MAS ORDINÁRIA 22.11 | QUINTA SALA CINEMATECA PETROBRAS 18h30 TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA 23.11 | SEXTA SALA CINEMATECA BNDES 18h00 GÊMEAS 25.11 | DOMINGO SALA CINEMATECA BNDES 18h30 A FALECIDA 28.11 | QUARTA SALA CINEMATECA BNDES 20h30 O BEIJO 30.11 | SEXTA SALA CINEMATECA BNDES 18h30 A SERPENTE 01.12 | SÁBADO SALA CINEMATECA BNDES 19h00 BONITINHA, MAS ORDINÁRIA 21h00 MEU DESTINO É PECAR 02.12 | DOMINGO SALA CINEMATECA BNDES 16h00 O BEIJO 18h00 TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA 20h00 ENGRAÇADINHA DEPOIS DOS TRINTA FICHAS TÉCNICAS E SINOPSES O beijo, de Flávio Tambellini Rio de Janeiro, 1964, 35mm, pb, 78’ Reginaldo Farias, Ambrósio Fregolente, Jorge Dória, Norma Blum Homem é atropelado na rua e, agonizante, pede a um desconhecido que testemunha o acidente para que ele realize seu último desejo – receber um beijo na boca. Arandir resolve atender o pedido do moribundo mas seu ato de misericórdia é presenciado por um repórter sensacionalista e por um delegado corrupto, que fazem da cena um escândalo social. Versão para a tragédia carioca O beijo no asfalto. Realizado no ano do golpe militar, o filme trabalha a dramaturgia de Nelson Rodrigues a partir da iconografia do expressionismo e de referências hollywoodianas como o cinema de Alfred Hitchcock. Exibição em nova cópia 35mm confeccionada pela Cinemateca. não indicado para menores de 16 anos dom 18 20h30 | qua 28 20h30 | dom 02.12 16h00 Bonitinha, mas ordinária, de J. P. de Carvalho Rio de Janeiro, 1963, 35mm, pb, 100’ Jece Valadão, Lia Rossi, Odete Lara, Ambrósio Fregolente De origem humilde, rapaz batalha para fazer carreira numa empresa de seguros. Certo dia, recebe uma proposta do patrão – casar-se com sua filha, uma moça que foi estuprada e a quem a família quer restituir a dignidade pelo casamento. Com um cheque milionário no bolso, o jovem hesita em aceitar o casório ou render-se ao amor por uma vizinha. Mais bem-sucedida adaptação da peça Otto Lara Rezende ou bonitinha, mas ordinária para os cinemas, o filme de J. P. Carvalho explora com maestria o aspecto ambíguo e tragicômico do universo rodriguiano. Destaque para a performance de Fregolente no papel do patriarca libidinoso que quer reaver a integridade moral da filha. não indicado para menores de 16 anos qua 07 21h00 | sáb 17 19h00 | qua 21 20h30 | sáb 01.12 19h00 O casamento, de Arnaldo Jabor Rio de Janeiro, 1975, 35mm, cor, 111’ Adriana Prieto, Paulo Porto, Camila Amado, Érico Vidal Às vésperas do casamento da filha, pai de família tem de lidar com a crise de consciência motivada pelo obsessivo amor que tem por ela. Tempos depois, recebe uma terrível notícia, dada pelo médico da família – seu futuro genro é homossexual. Abalado emocionalmente, ele oscila entre esconder ou contar o segredo, acabando com o casório. Em meio a tudo isso, entrega-se a um relacionamento furtivo com sua secretária que, ao recusar o amante, acaba provocando uma sucessão de tragédias. Ao lado de Toda nudez será castigada, o filme é uma das mais bem-sucedidas adaptações da obra de Nelson Rodrigues para as telas. Publicado em 1966, o romance O casamento foi censurado – a despeito das simpatias de seu autor pelos militares – sob a alegação de que atentava contra a “organização da família”. Participação de Ambrósio Fregolente. Exibição em nova cópia 35mm confeccionada pela Cinemateca. não indicado para menores de 16 anos qui 08 20h30 | sáb 10 21h00 Engraçadinha depois dos trinta, de J. B. Tanko Rio de Janeiro, 1966, 35mm, pb, 95’ Irma Alvarez, Fernando Torres, Vera Vianna, Nestor Montemar Depois do casamento com o pacato Zózimo, Engraçadinha leva a vida de maneira recatada, cuidando da família, sob o olhar vigilante da religião. No entanto, Silene, sua filha mais nova, tem a mesma volúpia da mãe quando jovem, e seu comportamento parece instigar os impulsos que Engraçadinha custara a abandonar. A partir daí, fantasmas e personagens do passado regressam para atormentar novamente sua vida. Adaptação da segunda parte do folhetim Asfalto selvagem, publicado originalmente no jornal Última hora, entre 1959 e 1960. J. B. Tanko já havia levado para as telas, em 1964, a primeira parte do livro. As duas adaptações receberam manifestações de apreço por parte do escritor. Exibição em nova cópia 35mm confeccionada pela Cinemateca. não indicado para menores de 14 anos sex 09 21h00 | qui 15 18h00 | dom 02.12 20h00 A falecida, de Leon Hirszman Rio de Janeiro, 1965, 35mm, pb, 85’ Fernanda Montenegro, Ivan Cândido, Paulo Gracindo, Nelson Xavier Depois de consultar uma cartomante, que lhe dá alerta sobre a presença de uma misteriosa loira em sua vida, mulher pobre de subúrbio decide preparar para si um funeral de luxo e assim impressionar todos do bairro. Prestes a morrer, ela orienta seu marido a pedir dinheiro a um homem, que bancará supostamente a cerimônia. Em sua ousada adaptação da peça de Nelson Rodrigues, Hirszman ameniza os aspectos melodramáticos do universo rodriguiano para sintonizar o filme com os debates que mobilizavam a intelectualidade de esquerda no Brasil dos anos 1960. Destaque para a primorosa interpretação de Fernanda Montenegro em seu primeiro papel para o cinema. Estreia de Leon Hirszman no longa-metragem, A falecida foi exibido numa seção especial do Festival de Cannes de 1965. Exibição em cópia restaurada. não indicado para menores de 12 anos sex 09 19h00 | qui 15 20h00 | dom 25 18h30 Gêmeas, de Andrucha Waddington Rio de Janeiro, 1999, 35mm, cor, 75’ Fernanda Torres, Evandro Mesquita, Francisco Cuoco, Matheus Nachtergaele Duas irmãs gêmeas vivem pregando peças nos homens, fazendo-se passar uma pela outra, para desespero de seu pai. Certo dia, uma delas conhece um rapaz, por quem se apaixona, mas a outra irmã decide seduzi-lo. Prêmio de Melhor filme pelo Júri popular e de Melhor atriz para Fernanda Torres no Festival de Brasília de 1999. Baseado em conto de Nelson Rodrigues, da série A vida como ela é. não indicado para menores de 16 anos dom 11 18h00 | sex 23 18h00 Meu destino é pecar, de Manuel Peluffo São Paulo, 1952, 35mm, pb, 72’ Antonieta Morineau, Alexandre Carlos, Ziláh Maria, Rubens de Queiróz Jovem se casa com um viúvo, mesmo sem estar apaixonada por ele. Passa a morar com sua família e descobre que a antiga mulher do marido foi morta por cães. Aos poucos, ela começa a ser atormentada por aparições do fantasma da morta. Primeiro filme adaptado de um texto do escritor. Publicado nas páginas de O Jornal, em 1944, Meu destino é pecar é o primeiro folhetim de Nelson Rodrigues. Assinado sob o pseudônimo de Suzana Flag, foi um dos maiores sucessos de sua carreira e levantou a tiragem do então fragilizado O Jornal, propriedade do magnata Assis Chateaubriand. não indicado para menores de 12 anos qua 07 19h00 | dom 18 18h30 | sáb 01.12 21h00 A serpente, de Alberto Magno Rio de Janeiro, 1992, 35mm, cor, 77’ Jece Valadão, Marco Nanini, Monique Lafond, Zezé Motta As irmãs Guida e Lígia se casam no mesmo dia e na mesma igreja. Cúmplices, vão viver juntas, com seus maridos, no mesmo apartamento. Enquanto Lígia se decepciona com o casamento, não chegando a consumar sua primeira relação sexual, Guida vive feliz e satisfeita ao lado de seu homem. Disposta a ajudar a irmã, Guida oferece seu marido a Lígia, inaugurando um dramático triângulo amoroso. Realizado nos anos 1980, o filme veio a ser exibido somente nos anos 1990, e nunca foi lançado comercialmente. Adaptação de A serpente, última peça de Nelson Rodrigues. Aproveitando uma das diversas possibilidades de leitura da obra rodriguiana, Alberto Magno opta pelo viés simbolista do texto, valendo-se de recursos teatrais e anti-naturalistas. não indicado para menores de 16 anos dom 11 16h00 | qua 14 20h00 | sex 30 18h30 Toda nudez será castigada, de Arnaldo Jabor Rio de Janeiro, 1972, 35mm, cor, 103’ Paulo Porto, Darlene Glória, Paulo César Pereio, Paulo Sacks Num dia comum, o viúvo Herculano chega em casa e encontra uma gravação na qual Geni, sua amante, faz chocantes revelações. A partir desta cena, o filme retorna ao início dos acontecimentos. Depois da morte da esposa, Herculano faz um juramento a seu filho, Serginho, de que nunca mais se relacionará com outra mulher. Com o passar do tempo, a promessa se torna um fardo insuportável. Ciente da terrível condição de Herculano, seu irmão, o malandro Patrício, o apresenta à Geni, uma prostituta. Após o encontro com ela, a angústia do viúvo se transforma em amor louco. Uma das mais brilhantes adaptações da obra de Nelson Rodrigues para o cinema. Arnaldo Jabor revigora o melodrama e coloca sob novo olhar questões fundamentais para o cinema novo nos anos 1970. Contando com interpretação primorosa da atriz Darlene Glória, o filme recebeu o Urso de Prata no Festival de Berlim de 1973. não indicado para menores de 16 anos sáb 10 19h00 | qui 22 18h30 | dom 02.12 18h00 Traição: 3 histórias de Nelson Rodrigues, de Arthur Fontes, Claudio Torres e José Henrique Fonseca Rio de Janeiro, 1997, 35mm, cor, 95’ Fernanda Torres, Ludmila Dayer, Fernanda Montenegro, Drica Moraes Três histórias adaptadas de contos de Nelson Rodrigues, ambientadas em diferentes épocas. Em O primeiro pecado, homem conta a um amigo suas aventuras com uma mulher casada. Em Diabólica, ninfeta se envolve com seu futuro cunhado. Por fim, em Cachorro!, marido flagra a mulher na cama com seu melhor amigo. não indicado para menores de 16 anos dom 11 20h00 | sex 16 19h00 voltar Cinemateca Brasileira Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino - 04021-070 - São Paulo (11) 3512-6111 / contato@cinemateca.org.br

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