segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O que é isso companheiro - Já vi a história - Agosto de 1954: a grande tragédia - O "Petróleo é nosso"

Agosto de 1954: a grande tragédia O "Petróleo é nosso" A campanha pela autonomia brasileira no campo do petróleo foi uma das mais polêmicas da história do Brasil republicano, de 1947 a 1953 o país dividiu-se entre aqueles que achavam que o petróleo deveria ser explorado exclusivamente por uma empresa estatal brasileira e aqueles que defendiam que a prospecção, refino e distribuição deveriam ser atividades exploradas por empresas privadas, estrangeiras ou brasileiras. Os nacionalistas argumentavam que se o Brasil não criasse uma empresa estatal, fatalmente aquele produto estratégico para o desenvolvimento econômico, seria oligopolizado pelas grandes corporações internacionais, pela Standard Oil, Shell, Texaco, Mobil Oil, Esso, etc... e que desta forma o país se veria refém daquelas grandes companhias. Em dezembro de 1951, Getúlio Vargas enviou ao Congresso o projeto 1516 que previa a criação de uma empresa mista, com controle majoritário da União. Este projeto sofreu um substituto que afirmava um rígido monopólio estatal, excluindo qualquer participação privada nele. Pelo país afora os debates se ascenderam. O Partido Comunista Brasileiro, na ilegalidade, liderou uma série de manifestações, juntamente com os estudantes da UNE, a favor do monopólio estatal, enquanto a grande imprensa ("O Estado de São Paulo", Diário de Notícias, "O Globo", etc...) defendia a posição dos interesses privatistas. Grande parte da oficialidade mostrou-se simpática a estatização do petróleo, apesar de não concordar com o ativismo dos comunistas e sua adesão as teses nacionalistas. Finalmente, depois de uma batalha parlamentar de 23 meses, o Senado terminou por aprovar a criação da Petrobrás, sancionada por Vargas - lei 2.004 - em 03 de outubro de 1953. O Acordo Militar Brasil - Estados Unidos A ambigüidade de Vargas manifestou-se igualmente na assinatura, em março de 1952, de um acordo militar com os Estados Unidos, no qual o Brasil receberia equipamentos militares e serviços comprometendo-se a fornecer materiais básicos e estratégicos (urânios e areias monazíticas) aos americanos. De certa forma este acordo foi firmado para atenuar as críticas que Vargas havia feito uns tempos antes, em dezembro de 1951, denunciando violentamente a política da remessa de lucros das grandes corporações estrangeiras que teriam remetido para o exterior, na época do Governo Dutra (1946-51), 950 milhões de cruzeiros além do que era permitido em lei. Novamente a política de Vargas isolou-o ainda mais. Para os nacionalistas ele não deveria ter aproximado militarmente dos EUA, para os defensores do capital privado ele não deveria ter criticado a política de remessas de lucros. Antecedentes | A previsão de Vargas | Esperanças e temores | A bifurcação da política econômica | O petróleo é nosso | Acordo militar Brasil/EUA | A política externa dos EUA | Carlos Lacerda e o caso da "Última Hora" | O cerco se fecha: o Clube Militar | O atentado da rua Toneleros | O suicídio e a Carta Testamento | Bibliografia Agosto de 1954: a grande tragédia A política externa dos Estados Unidos Quando Vargas assumiu a presidência, em 1951, os Estados Unidos eram ainda governados pelo presidente H. Trumann, um democrata. Mas em 1953 assumiu o governo americano o general republicano D. Eisenhower, com uma política externa marcadamente anti-comunista. Seu secretário de Estado Jonh Foster Dulles deu início a uma forte arregimentação de forças para lutar por todos os meios contra a influência comunista. Para os americanos republicanos o nacionalismo descolonizante, em expansão pelo Terceiro Mundo, era um aliado tático do comunismo soviético. Desta forma a política de Vargas começou a ser mal vista pelos norte-americanos que restringiram o financiamento prometido, quando não interrompendo-o inteiramente. Como sinal desta indisposição deles para com o nacionalismo, em julho de 1954, participam, por meio da sua central de inteligência, a CIA, da derrubada violenta do governo nacionalista e reformista de Jacobo Árbenz na Guatemala, acusando-o de acumpliciar-se com os comunistas. Foi por sua vez o sinal para que os grupos direitistas brasileiros acirrassem ainda mais sua companha. Carlos Lacerda e o Caso da "Última Hora" O principal inimigo de Vargas era o jornalista Carlos Lacerda, um ex-comunista que havia passado para a extrema-direita nos anos 40 e editava o jornal "Tribuna da Imprensa". Para Lacerda, Vargas não só era excessivamente tolerante para com os comunistas como seu governo era minado pela corrupção endêmica e pelo descarado favorecimento dos seus aliados. Entre estes encontrava-se o jornalista Samuel Wainer proprietário da "Última Hora", um jornal fundado para dar cobertura ao governo de Vargas. O sucesso jornalístico de Wainer atraiu contra si toda a grande imprensa proporcionando a Lacerda uma motivação política para atacar violentamente Vargas. Wainer terminou submetido a uma CPI do Congresso, em abril de 1953, e condenado a 15 dias de cadeia por negar-se a informar quem eram os seus financiadores. Lacerda por sua vez, graças ao seu anti-comunismo cada vez mais inspirado em MacCarthy, o senador direitista americano, encontrava crescente apoio entre os militares, particularmente entre os oficiais da FAB (Força Aérea Brasileira) tradicionalmente anti-getulistas e simpáticos a soluções golpistas, porque seu líder, o Brigadeiro Eduardo Gomes, havia por duas vezes sido derrotado em eleições presidenciais. Por outro lado a classe média sensibilizava-se pelas constantes denúncias de corrupção, urdidas naquela verdadeira fábrica de difamação que era a redação do jornal "Tribuna da Imprensa", dirigidas contra o governo de Vargas. O Cerco se fecha: o Clube Militar Enquanto os Estados Unidos suspendiam os financiamentos programados pelo BIRD e pelo Eximbank. devido a política petrolífera brasileira, as eleições do Clube Militar foram decisivas para o futuro de Vargas. Das chapas concorrentes, em maio de 1952, a nacionalista, representada pelo Gal. Estilac Leal e a chamada Cruzada Democrática, dos anti-comunistas, liderada por Alcides Etchegoyen, foi a última, a dos anti-comunistas, quem recebeu consagradora maioria (8.288 votos contra 4.489 dados a Estilac). Lacerda e os golpista exultaram. A derrota dos getulistas fez com que Vargas tentasse ainda uma conciliação, fornecendo a UDN, o partido da oposição, dois ministérios, além de entregar a Petrobrás a um undenista (o Gen. Jutacy Magalhães). Mas foi repudiado. O cerco se fechava. Ao bloqueio americano, somava-se à derrota no Clube Militar, o processo contra Wainer e o radicalismo crescente da oposição udenista. Para acirrar mais ainda os ânimos, 82 coronéis assinaram um manifesto, em 8 de fevereiro de 1954, entre outras coisas contra o aumento do salário mínimo determinado por Vargas. O atentado da Rua Toneleros Indignado com a violência dos ataques pela imprensa, rádio e televisão (na TV-Tupi do Rio de Janeiro) movidos por Carlos Lacerda contra seu patrão Getúlio Vargas, o chefe da guarda palaciana Gregório Fortunato, contratou dois pistoleiros para executarem Carlos Lacerda. Na noite de 5 de agosto de 1954 quando o jornalista se aproximava do seu apartamento, na Rua Toneleros, foi vítima de um atentado. As balas que mal o feriram no pé foram no entanto mortais para o major Rubens Vaz da FAB que lhe fazia informalmente o papel de segurança. Imediatamente todas as evidências voltaram-se para o Palácio do Catete, sede do governo no Distrito Federal. Oficiais da FAB resolveram fazer um inquérito por conta própria visto que alegavam não poder confiar na polícia de Vargas. Formou-se a chamada "República do Galeão", um inquérito dirigido por integrantes da FAB a revelia das autoridades constituídas. Em pouco tempo os criminosos foram detidos e Gregório Fortunato preso. O poder de Vargas esvaziou-se por completo. Antes de suicidar-se já estava politicamente morto. O suicídio e a Carta Testamento Na tragédia "Júlio Cesar" de W. Shakespeare, num primeiro momento, a morte do ditador César é recebida com aplausos mas graças ao discurso de Marco Antônio, seu amigo e seguidor, a multidão muda de lado. Em pouco tempo os assassinos de César são perseguidos, mortos ou obrigados a fugir. O mesmo ocorreu após a morte de Getúlio Vargas. Depois de uma reunião ministerial em que verificou-se a inutilidade de qualquer resistência (um manifesto de Brigadeiros foi seguido de um de Generais que pediam sua renúncia), Vargas recolheu-se aos seus aposentos e, na manhã do dia 24 de agosto de 1954, suicidou-se com um tiro no peito. Seu Marco Antônio foi a Carta Testamento imediatamente lida em todas as rádios onde Vargas explicava de uma maneira extremamente comovente as razões do seu gesto. A opinião pública enfurecida voltou-se contra seus inimigos. Jornais foram invadidos e rádios incendiadas ou depredadas, a Embaixada americana atacada e Carlos Lacerda obrigado a refugiar-se no exterior. O golpe que estava em andamento para depor Vargas foi sustado. Um verdadeiro levante de massas impediu que a normalidade constitucional fosse rompida naquele momento. Mas as forças que levaram Vargas ao suicídio em 1954 não desistiram. Rejeitadas alguns anos depois tornam-se valiosas em 1964. O gesto do presidente protelou o golpe militar em dez anos. A Carta Testamento "Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se novamente e se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não me dão direito de defesa. (...) Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais posso vos dar a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. (...) Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História." Bibliografia BELOCH, Israel. ABREU, Alzira A. Dicionário Histórico-biográfico brasileiro, 4 vols., Forense, Rio de Janeiro, 1984. BENEVIDES. Maria Victória. A UDN e o Udenismo (1945-1965), Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1981. CARONE, Edgar. A República Liberal. II Evolução Política (194-1964), Difel, São Paulo, 198. CONY, Carlos Heitor. Quem Matou Vargas: 1954 uma tragédia brasileira, Editora Bloch, Rio de Janeiro, 1974. D'ARAÚJO, Maria Celina S. O Segundo Governo Vargas (1951-1954). Zahar Editora, Rio de Janeiro, 1982. DULLES, Jonh W.F. Getúlio Vargas: biografia política. Editora Renes, Rio de Janeiro, 1967. DULLES, Jonh W.F. Carlos Lacerda: a vida de um lutador (1914-1960), Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1992. SILVA, Hélio. 1954: Um Tiro no Coração, Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1978. SKIDMORE. Thomas. Brasil: de Getúlio a Castelo. Editora Saga, Rio de Janeiro, 1969.

O que que é isso companheiro ? Fazendo igual /Parte II

Fonte Wikipédia, a enciclopédia livre pt.wikipedia.org/‎ O Partido dos Trabalhadores (PT) é um partido político brasileiro. Fundado em 1980, é um dos maiores e mais importantes movimentos de esquerda da América do Sul. Com 1 549 180 filiados, o PT é o segundo maior partido político do Brasil, atrás apenas do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Maior partido na Câmara dos Deputados, o PT é o partido preferido de cerca de um quarto do eleitorado brasileiro desde dezembro de 2009. Os presidentes brasileiros Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff são amplamente reconhecidos como seus membros mais notórios.13 Seus símbolos são a bandeira vermelha com uma estrela branca ao centro, a estrela vermelha de cinco pontas, com a sigla PT inscrita ao centro e o hino 14 do Partido dos Trabalhadores. Seu código eleitoral é o 13.15 O PT possui, como os demais partidos políticos no Brasil, uma fundação de apoio. Denominada Fundação Perseu Abramo, foi instituida pelo Diretório Nacional em 1996 e tem por missão realizar debates, editar publicações, promover cursos de formação política e preservar o patrimônio histórico do partido - tarefa pela qual é responsável o Centro Sérgio Buarque de Holanda. A FPA substituiu uma fundação de apoio partidário anteriormente existente no PT, a Fundação Wilson Pinheiro, criada em 1981 e extinta em 1990. Fundação: a reunião do Sion Composto por dirigentes sindicais, intelectuais de esquerda e católicos ligados à Teologia da Libertação, no dia 10 de fevereiro de 1980 no Colégio Sion em São Paulo. 16 O partido é fruto da aproximação dos movimentos sindicais, a exemplo da Conferência das Classes Trabalhadoras (CONCLAT) que veio a ser o embrião da Central Única dos Trabalhadores (CUT),17 grupo ao qual pertenceu o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, com antigos setores da esquerda brasileira. O PT foi fundado com um viés socialista.18 Com o golpe de 1964, a espinha dorsal do sindicalismo brasileiro, que era o CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), reunia lideranças sindicais tuteladas pelo Ministério do Trabalho- um ministério geralmente ocupado por lideranças do Partido Trabalhista Brasileiro varguista - foi dissolvida, enquanto os sindicatos oficiais sofriam intervenção governamental. A ressurgência de um movimento trabalhista organizado, expressa nas greves do ABC paulista da década de 1970, colocava a possibilidade de uma reorganização do movimento trabalhista de forma livre da tutela do Estado, projeto este expresso na criação da CONCLAT, que viria a ser o embrião da CUT, fundada três anos após o surgimento do PT. Originalmente, este novo movimento trabalhista buscava fazer política exclusivamente na esfera sindical[carece de fontes]. No entanto, a sobrevivência de um sindicalismo tutelado - expressa na reconstrução, na mesma época do antigo CGT, agora com o nome de Confederação Geral dos Trabalhadores, congregando lideranças sindicais mais conservadoras, como as de Joaquinzão e de Luís Antônio de Medeiros - mais a influência ainda exercida sobre o movimento sindical por lideranças de partidos de Esquerda tradicionais, como o Partido Comunista Brasileiro, forçaram o movimento sindical do ABC, estimulado por lideranças antistalinistas da Esquerda, como a de diversos grupamentos trotskistas, a adquirir identidade própria pela constituição em partido político - uma estratégia similar à realizada pelo movimento sindical Solidarność na Polônia comunista de então. O PT surgiu, assim, rejeitando tanto as tradicionais lideranças do sindicalismo oficial, como também procurando colocar em prática uma nova forma de socialismo democrático,18 tentando recusar modelos já então em decadência, como o soviético ou o chinês. Significou a confluência do sindicalismo basista da época com a intelectualidade de Esquerda antistalinista.19 Foi oficialmente reconhecido como partido político pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral no dia 11 de fevereiro de 1982. A ficha de filiação número um foi assinada por Apolonio de Carvalho, seguido pelo crítico de arte Mário Pedrosa, pelo crítico literário Antonio Candido e pelo historiador e jornalista Sérgio Buarque de Hollanda.20 Ideologia partidária oficial Sede do PT em Belo Horizonte, Minas Gerais.(Imagem: Andrevruas) O PT surgiu da organização sindical espontânea de operários paulistas no final da década de 1970, dentro do vácuo político criado pela repressão do regime militar aos partidos comunistas tradicionais e aos grupos armados de Esquerda então existentes. Desde a sua fundação, apresenta-se como um partido de Esquerda que defende o socialismo como forma de organização social. Contudo, diz ter objeções ao socialismo real implementado em alguns países, não reconhecendo tais sistemas como o verdadeiro socialismo.18 A ideologia espontânea das bases sindicais do partido - e a ação pessoal de lideranças sindicais como as de Lula, Jair Meneguelli e outros, sempre se caracterizou por uma certa rejeição das ideologias em favor da ação sindical como fim em si mesma, e é bem conhecido o episódio em que Lula, questionado por seu adversário Fernando Collor quanto à filiação ideológica do PT, em debate televisionado ao vivo em 1989, respondeu textualmente que o PT "jamais declarou ser um partido marxista". Mesmo assim, o partido manteve durante toda a década de 1980 relações amistosas com os partidos comunistas que então governavam países do "socialismo real" como a União Soviética, República Democrática Alemã, República Popular da China, e Cuba. Estas relações, no entanto, jamais se traduziram em qualquer espécie de organização interpartidária ou de unidade de ação e não sobreviveram à derrocada do mesmo socialismo real a partir de 1989, não obstante a manutenção de certa afinidade sentimental de algumas lideranças do PT com o governo de Fidel Castro - como no caso emblemático do ex-deputado José Dirceu, que na década de 1960 foi exilado em Cuba e lá recebeu treinamento para a luta de guerrilha (da qual jamais participou concretamente). A liderança do PT mantém também boas relações com o governo de Hugo Chávez na Venezuela. O PT nasceu com uma postura crítica ao reformismo dos partidos políticos social-democratas. Nas palavras do seu programa original: "As correntes social-democratas não apresentam, hoje, nenhuma perspectiva real de superação histórica do capitalismo imperialista".21 O PT organizou-se, no papel, a partir das formulações de intelectuais marxistas, mas também continha em seu bojo, desde o nascimento, ideologias espontâneas dos sindicalistas que constituíram o seu "núcleo duro" organizacional, ideologias estas que apontavam para uma aceitação da ordem burguesa, e cuja importância tornou-se cada vez maior na medida em que o partido adquiria bases materiais como máquina burocrático-eleitoral[carece de fontes]. O partido se articula com diversos outros partidos e grupos de esquerda latino-americanos, como a Frente Ampla uruguaia, partidos comunistas de Cuba, Brasil e outros países, e movimentos sociais brasileiros, como o MST no chamado Foro de São Paulo, reunião de movimentos e partidos políticos de esquerda latino-americanos. Lula, afirmou no último desses encontros: "Precisei chegar à presidência da República para descobrir o quão importante foi criar o Foro de São Paulo".22 Alguns[quem?]23 afirmam que tais relações não se traduzem em qualquer espécie de unidade organizacional, ficando no nível da solidariedade política mútua em torno de certos objetivos comuns, como a luta pela unidade latino-americana e a oposição à penetração política estadunidense na América Latina. Esses últimos dizem[quem?] que o que caracteriza o PT é uma certa adesão retórica ao socialismo, adesão esta que não se traduz em pressupostos ideológicos claros e consensualmente admitidos pela generalidade do partido. O ex-presidente do PT, José Genoíno, costumava afirmar que o socialismo e o marxismo tornaram-se, para o partido, mais "um sistema de valores" do que um conjunto de medidas para a transformação da sociedade.24 Outros, membros do partidos de direita e da grande mídia,25 26 27 discordando, caracterizam o Foro de São Paulo como um traçado de políticas conjunto e de fato, que foi o que permitiu a ascensão de Lula, de Hugo Chávez, de Evo Morales e da Frente Ampla, argumentando que essas políticas conjuntas estão traçadas nas atas desses foros, e são prontamente executadas pelos participantes presentes em governo. As ideologias políticas dos partidos e movimentos participantes do Foro de São Paulo diferem elas mesmas consideravelmente. Poder-se-ia dizer, ainda, que, no PT, o trabalho ideológico-teórico sempre foi levado à reboque das origens concretas do partido. A favor dessa afirmação está o fato de que seu núcleo duro é composto por sindicalistas com uma preocupação, acima de tudo, com os interesses corporativos dos trabalhadores assalariados organizados, o que explicaria a facilidade com que o partido, uma vez no poder, adaptou-se à lógica da economia capitalista como um todo e a uma política econômica bastante ortodoxa. E não se trata, aqui, apenas da Presidência da República: já na década de 1990, prefeitos petistas como o futuro Ministro da Fazenda Antônio Palocci adotavam políticas de governo de tipo neoliberal (privatizações, cortes drásticos de gastos públicos) que em pouco distinguiam-se das propostas por seus análogos do PSDB ou dos Democratas (antigo PFL).28 Em julho de 2006, o próprio presidente Lula se declarou distante da esquerda, admitindo que em um eventual segundo mandato prosseguiria com políticas conservadoras.29 Ainda assim, é possível contra-argumentar que uma regência capitalista da economia também foi praticada por Lênin, na chamada Nova Política Econômica, logo depois da revolução soviética. José Genoíno, em entrevista à Folha de São Paulo em Fevereiro de 2005, afirmou categoricamente que o governo Lula seguia a Nova Política Econômica leninista. Deve-se lembrar, ainda, que a burocracia do PT, por conta das suas ligações com cúpulas sindicais como as da CUT, teve a oportunidade concreta30 de desenvolver estratégias de acumulação de capital através da administração de fundos de pensão privados (cujo desenvolvimento o governo Lula tentaria estimular na recente reforma da previdência), estratégias estas que acabariam por desenvolver uma certa identidade de interesses entre a burocracia do partido e setores da burguesia brasileira. Raízes ideológicas Para alguns[quem?]31 32 33 , pode-se verificar as raízes ideológicas do PT em dois grandes nomes do marxismo: Lênin e Gramsci. A Nova Política Econômica (NEP) — doutrina econômica leninista que aderia a mecanismos da economia de mercado sem abrir mão do socialismo — serve de base e inspiração para a política econômica do governo Lula, segundo declaração de José Genoíno, ex-presidente do PT, ao jornal Folha de S. Paulo em fevereiro de 2005. Para esses, o reformismo gramscista é a base da ação política e eleitoral do PT, baseada no paradigma do moderno príncipe (uma releitura feita por Gramsci do príncipe de Maquiavel). Esse pensamento é rejeitado por muitos petistas, que negam qualquer relação com os comunistas soviéticos, e até os confrontam, como se vê nas origens do partido. O PT se originou no movimento sindical brasileiro e nas comunidades eclesiais de base da teologia da libertação, surgindo da desilusão com o "socialismo realmente existente", do modelo stalinista soviético e maoista chinês, e pretendia-se, na origem, fundamentalmente como aquilo que seu nome indicava: um partido de trabalhadores para trabalhadores, inclusive como uma alternativa deliberada ao Partido Comunista Brasileiro. Um fato emblemático para caracterizar esta posição diferenciada, como já dito, foi seu apoio ao sindicato independente Solidarność em sua luta por abertura política na Polônia comunista de então. O PT, em sua própria definição, sempre se pautou pela liberdade de opinião e pela disciplina partidária - que alguns dizem remontar ao Partido Comunista Soviético, dirigido por Lênin. Contudo, afasta-se do pensamento desse ideólogo por ser contra a ideia de ser um partido revolucionário centralizado dirigido por intelectuais. A partir de sua base tradicional na classe operária urbana, o PT organizou-se mais como um aglomerado heterogêneo de núcleos temáticos, de forma antagônica a uma organização de base em células de tipo comunista, que tendiam a privilegiar a posição de classe dos filiados sobre seus interesses espontâneos ou afiliações não-classistas (por exemplo, o pertencimento a movimentos homossexuais, ecológicos, de base étnica e/ou identitária). Casos emblemáticos disto foram a ligação do PT, desde muito cedo, com o movimento agrário-ecológico dos seringueiros do Acre pela instalação de reservas extrativistas na Amazônia, então dirigido pelo ativista Chico Mendes e o forte apoio dado por esse partido ao MST. O PT, desde sua fundação, acabou por servir de desaguadouro[carece de fontes] a intelectuais marxistas (por exemplo o cientista político comunista Carlos Nelson Coutinho) e incorporou[carece de fontes] certas ideias políticas do comunista italiano Antonio Gramsci, basicamente a interpretação da luta política como luta pela hegemonia ideológica, ideia esta reinterpretada num sentido reformista, em que os enfrentamentos no campo cultural passavam a substituir completamente a preparação para um enfrentamento revolucionário clássico de tipo violento, permitindo a aceitação da legalidade e do calendário eleitoral da Democracia parlamentar. A maior parte dos estudiosos de Gramsci no Brasil é filiada[carece de fontes] e/ou simpática ao Partido dos Trabalhadores, colocando-se como intelectuais orgânicos de ideologia proletária) e muitos deles foram, inclusive, nomes importantes na criação do partido. Há, contudo, uma maior diversidade ideológica entre os intelectuais petistas. Pode conceder-se até[carece de fontes], num sentido restrito, que o gramscismo seja considerado a ideologia do campo majoritário, a ala do PT que hoje o preside. A adesão do PT ao trabalho de superação do senso comum, à economia de mercado e ao abandono da luta revolucionária aberta é comprovada pelas periódicas purgas dos grupos nele incrustados que se reclamavam do marxismo mais ortodoxo. Em outras palavras, tal "gramscismo" não passaria de uma ideologia de renuncia à ação revolucionária em favor de um "socialismo" de meras atitudes pouco onerosas supostamente a favor dos oprimidos. No início da década de 1990 ocorreram os primeiros rachas e expulsões do partido. Estas primeiras expulsões tinham como causa a propositura, por parte algumas correntes trotskistas, do engajamento do partido em ações de cunho revolucionário contra o governo de Fernando Collor, seja através de uma ação direta contra o mesmo (proposta pela corrente Causa Operária), seja levantando a plataforma de agitação de eleições gerais como sequência ao impeachment de Collor (proposta pela corrente Convergência Socialista). Em 2003, membros do partido inconformados com as políticas econômicas próximas à economia neoclássica (ou mais exatamente à releitura de economia neoclássica conhecida como Consenso de Washington) do Governo Lula, foram expulsos após não seguirem as diretrizes partidárias na votação da Reforma da Previdência. Aproveitando-se do momento de crise em que o PT passava, esses membros, liderados por Heloísa Helena, pensavam ser o momento certo para a construção de um novo partido de esquerda a ser referencia para os trabalhadores brasileiros. Assim nascia o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Mais tarde, o PSOL se tornaria apenas mais uma legenda dissidente do PT sem grande expressão eleitoral ou na base dos movimentos sociais. Posteriormente, ao serem derrotados no PED (Processo de Eleições Diretas), que decidiam as direções partidárias, com a candidatura de Plínio de Arruda Sampaio, outra tendencia também migra para o PSOL, a Ação Popular Socialista (APS) de Ivan Valente . Apesar destas pequenas rupturas o PT ainda consegue ser referência para os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade. Quadros importantes continuam no partido, como Raul Pont, Emir Sader e Valter Pomar, que preferiram disputar o comando do partido a romper com ele. O PT contém ainda uma fração que mantém uma afiliação doutrinária e de organização com o trotskismo internacional, a Democracia Socialista (DS), já foi ligada à chamada Quarta Internacional (Pós-reunificação) - corrente esta que teve como seu mais importante dirigente histórico o economista belga Ernest Mandel. Pertence à DS o ex-ministro da Reforma Agrária do primeiro governo de Lula, Miguel Rosseto. Tendências partidárias Atuais Articulação - Unidade na Luta - AUNL (integra o campo Construindo um Novo Brasil - CNB). Articulação de Esquerda - AE Brasil Socialista - BS Democracia Radical - DR (integrou o Campo Majoritário) Democracia Socialista - DS (integra o campo Mensagem ao Partido) Esquerda Democrática - ED Fórum Socialista - FrS O Trabalho - OT Esquerda Popular Socialista - EPS Esquerda Marxista do PT - EMPT Militância Socialista Movimento PT Movimento de Ação e Identidade Socialista - MAIS PT de Luta e de Massas - PTLM União de Bases, Esperança Vermelha (tendência municipal - Volta Redonda/RJ) Um Novo Rumo para o PT - NR Antigas Ação Popular Socialista - APS (fundada em 2004, saiu do partido em 2005, passou a integrar o PSOL). Causa Operária - CO (fundada em 1979, foi expulsa do partido em 1990 e passou a integrar o PCO) Convergência Socialista - CS (formada em 1978, foi expulsa do PT em 1992 e colaborou ativamente na formação do PSTU) Corrente Socialista dos Trabalhadores - CST (formada em 1992, abandonou o PT em 2004 colaborando para a fundação do PSOL). Força Socialista - FS (formada em 1989, converteu-se em 2004 na Ação Popular Socialista). Inaugurar um novo Período (surgida em 2011, compôs no mesmo ano a Esquerda Popular Socialista). Movimento Comunista Revolucionário - MCR (surgido em 1985, converteu-se em 1989 na Força Socialista). Movimento Esquerda Socialista - MES (abandonou o PT em 2004 colaborando para a fundação so PSOL). Movimento pela Emancipação do Proletariado - MEP (fundado em 1976, fundiu-se com outras organizações em 1985 dando origem ao Movimento Comunista Revolucionário). MRS(em 2011 passou a integrar a Esquerda Popular Socialista). Nova Esquerda - NE (formada em 1989, deu origem à Democracia Radical) Organização Comunista Democracia Proletária - OCDP (formada em meados de 1981, fundiu-se com outras organizações em 1985 dando origem ao Movimento Comunista Revolucionário). Organização de Combate Marxista Leninista-Política Operária - OCML-PO (surgida em 1970, diluiu-se no PT em 1986). Organização Socialista Internacionalista - OSI (converteu-se em 1987 na corrente O Trabalho). No movimento estudantil atuava através da tendência Liberdade e Luta. Partido Comunista - Ala Vermelha - PC-AV (formada em 1989, abandonou o PT em 1992 colaborando para a formação do PSTU). Partido Comunista Brasileiro Revolucionário - PCBR (converteu-se nos anos 1990 na tendência Brasil socialista) Partido Comunista do Brasil - Ala Vermelha - PCdoB-AV (formado em 1966, fundiu-se com outras organizações em 1985 dando origem ao Movimento Comunista Revolucionário). Partido Revolucionário Comunista - PRC (formado em 1984 e dissolvido em 1989, deu origem à Nova Esquerda e à Tendência Marxista). Poder Popular e Socialismo - PPB (formado em 1986, deu origem à Vertente Socialista) PT de Aço (passou em 2011 a integrar a Esquerda Popular Socialista). PT Vivo Socialismo Revolucionário (aderiu ao PSOL). Tendência Marxista (formada em 1990, fundiu-se com outras organizações em 2011, dado origem à Esquerda Popular Socialista). Tendência pelo Partido Operário Revolucionário - TPOR (saiu do partido em 1990, passou a integrar o POR) UPS (em 2011 passou a integrar a Esquerda Popular Socialista). Principais cargos conquistados O partido obteve em 1985 a sua primeira prefeitura de uma capital, Fortaleza. Maria Luíza Fontenele foi a primeira mulher a ser prefeita de uma capital. Em 1988, a prefeitura da maior cidade do Brasil (São Paulo) foi ganha por Luiza Erundina, primeira mulher a governar a metrópole. Vencendo também na cidade vizinha de São Bernardo do Campo, o Maurício Soares e na cidade de Campinas por Jacó Bittar. Vence também na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul com Olívio Dutra que, seguido de Tarso Genro, Raul Pont e Tarso Genro de novo, totalizaria dezesseis anos de administração petista na cidade, assim como na cidade de Vitória, Espírito Santo com Vítor Buaiz. Consegue ótimas colocações, na cidade de Belo Horizonte onde Virgílio Guimarães ficou em segundo lugar por 2% dos votos e em Goiânia onde Darci Accorsi ficou em segundo lugar, mas fez mais de 40% dos votos. Em 1990 Jorge Viana vai ao segundo turno da eleição para governador do Acre, mas perde por três mil votos de diferença. Nesse mesmo ano, é feito em São Paulo o primeiro senador do partido: Eduardo Suplicy (que está atualmente no terceiro mandato, o que totalizará 24 anos de Senado). Em 1992 elege Jorge Viana para prefeito de Rio Branco capital do Acre, onde o mesmo obteve uma grande aceitação pública no fim do seu mandato. Em 1994 elege os governadores nos estados como Espírito Santo e Distrito Federal e quatro senadores: Marina Silva no Acre, José Eduardo Dutra em Sergipe, Lauro Campos no Distrito Federal e Benedita da Silva no Rio de Janeiro. Em 1998 elege os governadores do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, do Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos (o Zeca do PT) e Jorge Viana no Acre, além de Heloísa Helena e Tião Viana para o senado. Em 2000 elege pela segunda vez uma mulher para governar São Paulo, Marta Suplicy. Elege Tarso Genro para o quarto mandato consecutivo em Porto Alegre, Pedro Wilson Guimarães em Goiânia, João Henrique Pimentel em Macapá, João Paulo Lima e Silva em Recife, Célio de Castro (eleito pelo PSB mas que entra no PT em 2001) em Belo Horizonte, Marcelo Déda em Aracaju, Edmílson Rodrigues em Belém, entre outras capitais e cidades importantes como Guarulhos, Ribeirão Preto, Campinas, Caxias do Sul, Londrina, Maringá, Imperatriz e Corumbá. Em 2002 elege Aloizio Mercadante, senador da República com 10.497.348 votos, a maior votação já registrada no país até então.34 Em 2002 chega à Presidência da República pela primeira vez. Lula da Silva foi eleito Presidente da República na ocasião, juntamente com a maior bancada de deputados federais, de 91 deputados, eleita para o Congresso Nacional. João Paulo Cunha é eleito presidente da câmara dos deputados em 2003, sendo o primeiro petista e o primeiro sindicalista a obter o cargo. Nas eleições de 2002 o PT elege Wellington Dias para o governo do Piauí, reelege Jorge Viana no Acre e Zeca do PT no Mato Grosso do Sul. Além de eleger 10 senadores: Paulo Paim (RS), Ideli Salvatti (SC), Flávio Arns(PR), Ana Julia Carepa (PA), Marina Silva (AC), Aloizio Mercadante (SP), Delcídio Amaral (MS), Serys Slhessarenko (MT), Fátima Cleide (RO) e Cristovam Buarque (desfiliou-se em 2005). Em 2004, nas eleições municipais, o partido perdeu em importantes centros urbanos (como as prefeituras de São Paulo, Campinas, Santos, Goiânia, Ribeirão Preto e Porto Alegre, onde o partido se mantinha no poder há dezesseis anos), Entretanto, o número total de prefeitos eleitos pelo PT no país subiu de 187 para 411. Na terceira mais importante cidade do país, Belo Horizonte, o PT conseguiu reeleger o prefeito Fernando Pimentel e em Recife, quarta maior cidade do país, reelege João Paulo. Em São Paulo, o partido perdeu a prefeitura para José Serra, do PSDB, contra quem Lula concorrera à Presidência em 2002. O atual presidente do PT desde 11 de outubro de 2005 é Ricardo Berzoini. Deputado federal, Berzoini era secretário-geral do partido e foi escolhido candidato do Campo Majoritário depois que o então presidente, Tarso Genro, desistiu da disputa. O Partido dos Trabalhadores é o único partido no Brasil com eleições diretas para todos os cargos da direção partidária, em todos os níveis - municipal, estadual e federal - através do processo de eleições diretas (PED), que ocorre a cada três anos.35 É necessário lembrar, no entanto, que em função da sua concentração cada vez maior em uma ação política pautada pelo calendário eleitoral, que o PT acabou por girar, cada vez mais, em torno da figura individual de Lula e do grupo ideologicamente mais afinado com ele, o Campo Majoritário (sucessor da tendência Articulação) que acabaria por se impor ao partido como facção dominante, a partir dos expurgos das correntes de extrema-esquerda no interior do partido no início da década de 1990, que fundaram o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), o PCO (Partido da Causa Operária), e também o PSOL no começo da década de 2000. Em 2008, nas eleições municipais, venceu em importantes cidades do Estado de São Paulo. Luiz Marinho ganha no segundo turno a prefeitura de São Bernardo do Campo. Emídio de Souza foi reeleito prefeito de Osasco, no primeiro turno. Márcia Rosa vence a eleição em Cubatão e o PT volta a ter uma prefeitura na Baixada Santista, fato que não ocorria desde a eleição de 1992. Quando David Capistrano foi eleito em Santos, com apoio da então prefeita Telma de Souza. Bancada dos vereadores do PT na Câmara Municipal de São Paulo Em 1 de abril de 2010, o partido reconquistou a prefeitura de Goiânia, após a renúncia do então prefeito Iris Rezende, do PMDB. No seu lugar assumiu o petista Paulo Garcia. Em 31 de outubro de 2010, Dilma Vana Roussef é eleita Presidente do Brasil tornando-se a primeira mulher a assumir o cargo na história da república. O PT jamais elegeu um governador no Estado de São Paulo, o mais importante e influente da Federação, ainda que sempre esteve presente nas disputas, desde a redemocratização. Governo Lula Com a ascensão para a Presidência do Luís Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores em 2002 vencendo o 2º turno das eleições gerais de 2002 e com a posse em Janeiro de 2003, aglutinou-se vários partidos políticos, dentre eles o Partido Popular Socialista, Partido Socialista Brasileiro, Partido Democrático Trabalhista, e outros como base de sustentação. Com a continuidade das políticas econômicas do Governo do Fernando Henrique Cardoso e com as denúncias de corrupção, adveio uma crise política que ocasionou a cisão do Partido dos Trabalhadores em Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em 2004. Havendo após este período as críticas da esquerda ao Governo do Presidente Lula e o reconhecimento público do Partido dos Trabalhadores como um partido reformista de centro-esquerda. Em 2006 com as eleições gerais, foi reafirmado o projeto petista de Brasil, havendo o desenvolvimento do Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC. Neste governo também ocorreu o maior escandâlo da República, conhecido como o mensalão, através de artificios com empresários o governo federal levantou fundos junto a orgãos federais(banco do Brasil) para comprar apoio de deputados/senadores com dinheiro público, com o julgamento do STF em 2012, várias figuras do petismo foram condenadas. Histórico de presidentes do partido Ricardo Berzoini, em primeiro plano, ao lado de Henrique Fontana (centro) e Raul Pont (esquerda).(Imagem: Wilson Dias/ABr) Luiz Inácio Lula da Silva (1980-1994) (de 1992 até o dia 31 de dezembro de 2002 e de 10 de fevereiro de 2011 até hoje, como presidente de Honra) Rui Falcão (1994) José Dirceu (1995-2002) José Genoíno (2002-2005) Tarso Genro (2005) (interino) Ricardo Berzoini (setembro de 2005 a 6 de outubro de 2006) Marco Aurélio Garcia (6 de outubro de 2006 a 2 de janeiro de 2007) (interino) Ricardo Berzoini (2 de janeiro de 2007 a 2010) José Eduardo Dutra (2010-2011) Rui Falcão (desde 2011) Membros famosos Adão Pretto41 42 Alexandre Padilha43 Alessandro Molon44 45 Aloizio Mercadante Altemir Gregolin46 Ana Júlia Carepa47 48 Ana Rita Esgário André Vargas Ângela Guadagnin49 Ângela Portela Aníbal Diniz Antônio Biscaia Antonio Candido Antonio Palocci Arlindo Chinaglia Agnelo Queiroz Augusto Botelho Aziz Nacib Ab'Saber Benedita da Silva Binho Marques Cândido Vaccarezza Carlos Eduardo Gabas Carlos Minc Celso Amorim Chico Mendes Cida Diogo Dalva Figueiredo Delcídio Amaral Dilma Rousseff Domingos Dutra Dr. Rosinha Edmilson Rodrigues Eduardo Suplicy Édson Santos Elis Regina Elismar Prado Eloi Ferreira Araújo Emidio de Souza Emir Sader Eudes Xavier Fátima Cleide Fernando Ferro Fernando Haddad Fernando Pimentel Florestan Fernandes Geraldo Magela Gilberto Carvalho Gilmar Machado Gleisi Hoffmann Guido Mantega Guilherme Cassel Hamilton Pereira Henrique Fontana Humberto Costa Iara Bernardi Ideli Salvatti Iriny Lopes Jair Meneguelli Jaques Wagner Jilmar Tatto João Coser João da Costa João Magno João Paulo Cunha João Paulo Lima e Silva João Pedro João Vaccari Neto Jorge Bittar Jorge Viana José Barroso Pimentel José Dirceu José Eduardo Cardozo José Eduardo Dutra José Genoino José Mentor José Nobre Guimarães Josias Gomes Lindberg Farias Luiz Barretto Filho Luiz Dulci Luiz Eduardo Greenhalgh Luiz Gushiken Luiz Inácio Lula da Silva Luiz Marinho Luiz Paulo Barreto Luiz Sérgio Luizianne Lins Mauro Braga dos Santos Marcelo Déda Márcia Lopes Márcio Thomaz Bastos Marco Aurélio Garcia Marco Maia Maria da Conceição Tavares Maria do Rosário Marilena Chaui Mário Lago50 Mário Pedrosa Marisa Letícia Lula da Silva51 Marta Suplicy Matilde Ribeiro Maurício Rands Maurício Soares Miguel Rossetto Nelson Pellegrino Nilcéia Freire Odair Cunha Olívio Dutra Patrus Ananias Paul Singer Paulo Bernardo Paulo Garcia Paulo Paim Paulo Pimenta Paulo Teixeira Paulo Vannuchi Pedro Wilson Perseu Abramo Professor Luizinho Raimundo Angelim Raul Filho Raul Pont Reginaldo Lopes Ricardo Berzoini Roberto Sobrinho Rui Falcão Stela Farias Sebastião Almeida Sérgio Buarque de Holanda Serys Slhessarenko Sibá Machado Tarso Genro Telma de Souza Tião Viana Vicentinho Virgílio Guimarães Vladimir Palmeira Waldir Pires Walter Pinheiro Wellington Dias Zeca do PT Ex-membros famosos Babá Chico Alencar Cristovam Buarque Delúbio Soares Heloísa Helena José Nery Azevedo Luciana Genro Marcos Rolim Maria Luíza Fontenele Marina Silva Marinor Brito Plínio de Arruda Sampaio Silvio Pereira Soninha Francine Bibliografia ALMEIDA, Jorge, CANCELLI, Vitória e VIEIRA, Maria Alice (Org.). 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O que que é isso companheiro ? Agora faz a mesma coisa ?

Veja também o vídeo Hércules 56 aqui no blog José Dirceu iniciou sua militância política no movimento estudantil em 1965, ano em que iniciou seus estudos de Direito na PUC-SP, sendo vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) no período de 1965-66. Ainda em 1966 rompeu com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e ajudou na formação paulista das chamadas "Dissidências", em São Paulo a sigla era "DI-SP" (esta organização acabou tendo enorme afinidade política com o grupo de Carlos Marighella, que mais tarde viria formar a Ação Libertadora Nacional). No entanto, Dirceu nunca fez parte dos quadros da ALN. Em 1967 Dirceu, que era conhecido pelo codinome de "Daniel", presidiu a União Estadual de Estudantes (UEE), firmando-se como líder estudantil. Em 1968 foi preso em Ibiúna, no interior de São Paulo, durante uma tentativa de realização do XXX Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Segundo relato do delegado do DOPS, Alcides Cintra Bueno Filho, em documento de 18 de agosto de 1970 , o estudante João Parisi Filho, membro do Comando de Caça aos Comunistas, descoberto enquanto se passava por militante do movimento estudantil, foi levado vendado ao Conjunto Residencial da USP, o Crusp, onde os apartamentos 109, 110 e 111 do bloco G eram utilizados como uma "delegacia informal" da turma de José Dirceu. Nesse conjunto residencial, Parisi foi submetido a interrogatório, sob ameaça de morte. Permaneceu preso durante dias, em condições desumanas. Após ter passado por esses atos de atrocidade, o estudante Parisi foi conduzido de olhos vendados para a copa do quinto andar do pavilhão G, onde foi trancafiado por uma noite e dois dias, permanecendo nesse local todo esse tempo deitado, com as mãos algemadas e presas ao cano da pia daquela dependência. Nessa situação, foi encontrado por duas empregadas que faziam a limpeza. Em 1969 os grupos guerrilheiros marxistas-lenistas conhecidos como MR-8 e ALN seqüestraram o embaixador dos Estados Unidos, Charles Burke Elbrick. Os revolucionários exigiram a libertação de uma lista de prisioneiros políticos, entre eles José Dirceu. O incidente do seqüestro do embaixador foi contado no livro "O Que É Isso, Companheiro?" (1979), de autoria do deputado Fernando Gabeira (PV), posteriormente transformado em filme (Bruno Barreto, 1997). Em 2007, o diretor Silvio-Da-Rin lançou o documentário "Hércules 56", onde os protagonistas relatam em detalhes sobre o episódio do sequestro e da libertação dos 15 presos. O filme dá voz também a todos os que foram trocados pelo embaixador norte-americano e que ainda estão vivos. Os presos trocados pelo embaixador, deportados do Brasil, seguiram para o México, a bordo do avião da Força Aérea modelo C-130 Hércules, matricula 2456. De lá seguiram para Cuba e Paris. Dirceu foi para Cuba. Durante o exílio, trabalhou, recebeu treinamento militar, estudou na ilha.