quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Semana Nacional - Memória e Direitos Humanos

1º a 6 de abril 2013 O Núcleo de Preservação da Memória Política convida a todas as entidades da sociedade civil que lutam pela defesa dos Direitos Humanos e pelo direito à Memória e à Verdade a participar da organização da primeira Semana Nacional de Memória e Direitos Humanos, de 1 a 6 de abril, quando serão realizados eventos em todo o país. Em 2010, as Nações Unidas aprovaram que 24 de março deve ser lembrado como o Dia Internacional da Verdade para as vítimas das violações de Direitos Humanos. Na Argentina, a data coincide com o aniversário do golpe de Estado de 1976 – o que reforça o caráter de denúncia desta data no país vizinho. No Brasil, a celebração do 24 de março ainda não se tornou uma prática. Entretanto, a defesa e a promoção dos Direitos Humanos são cada vez mais necessárias. Em nosso país, observa-se uma crescente indignação com as contínuas violações perpetradas pelas organizações do Estado no trato das questões de cunho nitidamente social. As mobilizações de entidades representativas da sociedade civil, através das redes sociais e de manifestações públicas, demonstram disposição para defender as comunidades, grupos sociais e profissionais atingidos por tais ataques. A crescente criminalização de movimentos populares somada à impunidade, herdeira da época da ditadura que assolou o país, são ingredientes que perpetuam uma política de desrespeito aos mais elementares Direitos Humanos. Por outro lado, é importante que reconheçamos que o Brasil, por ser o único país do Continente que viu os casos de tortura infringidas por agentes do Estado aumentarem após o fim da ditadura civil-militar, vive ainda - ao contrário dos países vizinhos - um processo de transição para uma Democracia plena. A instalação da Comissão Nacional da Verdade, aliada à formação de diversos movimentos similares pela Verdade, no âmbito regional, estadual, municipal e por associações estudantis e profissionais, valorizam este momento político e nos estimulam para a ação. Propiciar um debate democrático sobre a necessidade de se construir uma memória pública desse período da história nacional e consolidar a defesa intransigente dos direitos humanos na opinião publica é para nós um passo imprescindível. Por esta razão, o Núcleo de Preservação da Memória Política, que compartilha dessas preocupações com diversos parceiros em suas atividades cotidianas, visualiza a organização desta Semana Nacional em Defesa dos Direitos Humanos e pela Verdade como uma ação política importante e necessária. Nesse sentido, propomos a todos que têm a consciência atenta à Memória e aos Direitos Humanos que articulem eventos na semana de 1º a 6 de abril, mobilizando os diversos setores da população brasileira sensíveis à defesa desses valores. Queremos tomar parte nessas iniciativas dando ampla divulgação à sua realização. Em breve, lançaremos o site da Semana Nacional em Defesa dos Direitos Humanos e pela Verdade, onde eventos poderão ser cadastrados por organizações e pessoas que aderirem à proposta, assim como ser consultada a programação completa de todos os eventos espalhados pelo país. Participe desta luta conosco! (Foto: Agência Brasil)

Diálogos sobre participação social, direitos humanos e cidadania em rede na Campus Party

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Divulgação/Fifa Pôster oficial da Copa do Mundo de 2014

DA LANCEPRESS Em evento realizado no Rio, o design do pôster foi revelado dois dias depois da data inicialmente planejada para respeitar o luto das famílias vítimas da tragédia em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Antes de o cartaz ser divulgado, houve uma coletiva com a presença do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o presidente da CBF, José Maria Marin. Eles falaram sobre o andamento das obras na Copa do Mundo. Após breves discursos de ex-jogadores com grandes passagens pela seleção, que atuarão como embaixadores da Copa do Mundo, finalmente o design foi revelado Valcke explicou que a agência responsável pelo pôster foi escolhida através de um júri formado pelo presidente da CBF, o artista Romero Britto e demais membros do Comitê Organizador Local. "O cartaz é um ótimo exemplo da grande capacidade criativa do Brasil. A proposta ganhadora sem dúvida servirá como um esplêndido cartão de visita para a Copa do Mundo da Fifa 2014, que começará em 498 dias. O cartaz destaca a importância e o brilho do torneio, assim como o fascínio gerado pelo futebol", disse o secretário-geral da Fifa.

Proposta estabelece isenção do IR para aposentados a partir dos 60 anos

Tramita na Câmara proposta que estabelece isenção de Imposto de Renda a partir do mês em que o contribuinte aposentado completar 60 anos de idade. A medida, prevista no Projeto de Lei 4627/12, é de autoria da deputada Andreia Zito (PSDB-RJ). A Proposta altera a Lei 7.713/88. Por ela, a idade mínima para ter direito à isenção é de 65 anos. Conforme a proposta, a isenção abrange os rendimentos provenientes de aposentadoria, pensão, reserva e reforma (no caso de militares) pagos pela Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, por qualquer pessoa jurídica de direito público ou por entidade de previdência privada. A deputada afirma que o projeto atualiza a legislação sobre o Imposto de Renda, que é de 1988, adaptando-a ao Estatuto do Idoso (Lei 10.741), que é de 2003. Conforme o estatuto, a pessoa é considerada idosa a partir dos 60 anos, não ao completar 65. Tramitação O projeto foi apensado ao PL 7172/10, que trata da mesma questão. As propostas tramitam em regime de prioridade. Íntegra da proposta: PL-7172/2010 PL-4627/2012 Reportagem - Wilson Silveira Edição - Juliano Pires Fonte - Agência Câmara Notícias

Falta de legislação adequada barra produção de energia limpa

Muitos países possuem condições climáticas ideais para geração de energia renovável: sol, vento e água corrente em abundância. Mesmo assim, faltam investidores. O motivo: a legislação precária do setor energético. “O dinheiro atravessa a casa de um pobre, assim como o vento atravessa uma cabana em ruínas”, diz um provérbio vietnamita. Nos 3.200 quilômetros de costa e nas ilhas do Vietnã, o vento é bem forte, o que não significa, porém, ganhos econômicos para a população. Em 2011, o país ficou na 128ª posição entre os 169 avaliados no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das Nações Unidas, classificado na categoria “nível médio de desenvolvimento”. Mas a economia do Vietnã vem crescendo e, junto com ela, o consumo de energia, que aumentou quase 15% ao ano entre 1995 e 2007. Por isso, o país quer aumentar a produção de energia eólica. A Agência Alemã de Cooperação Internacional (na sigla em alemão, GIZ) aposta nessa alternativa para o Vietnã. A primeira usina eólica foi instalada na província de Binh Thuan. Segundo especialistas, o Vietnã possui um grande potencial para produção de energia eólica onshore. Nesse caso, as turbinas são instaladas em terra firme e também na região costeira. Processos de regulamentação vagarosos – Apesar desse potencial, poucas empresas investem em energia eólica no Vietnã. Muitos criticam a falta de uma legislação sobre energia. Para mudar esse cenário, desde 2012 a GIZ desenvolve no país o projeto Construção de Energias Renováveis, cujo objetivo é orientar os governantes sobre políticas energéticas e a regulamentação do setor. Segundo Sascha Thielmann, especialista em energia da GIZ, o caminho é longo, pois “uma legislação confiável para a energia renovável é baseada em três passos”. Primeiro, o governo precisa possibilitar que as fontes renováveis sejam conectadas à rede de transmissão já existente. Em seguida, devem ser determinadas as condições para o abastecimento da rede com a energia renovável. E, então, o mais importante: estabelecer a tarifa. Se for muito baixa, não será lucrativa para empresas que desejam investir no setor. “Mesmo se o país preencher todos os pré-requisitos, não há garantias de que investidores virão”, diz Thielmann. Existem outros problemas, como a falta de transparência de alguns processos licitatórios. Muitas empresas estrangeiras não sabem de quais autorizações precisam e onde consegui-las. Frequentemente, as companhias necessitam de uma autorização para o uso da terra. Os investidores também precisam negociar a forma de alimentação com a empresa que opera as redes de transmissão e respeitar requisitos de segurança. Outro impedimento é a corrupção, diz Stefan Gsänger, secretário-geral da Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA, na sigla em inglês). Além disso, para que todo o processo valha a pena, as empresas precisam ter lucros. Por isso, mesmo com uma legislação energética eficiente, pode ser que não haja investimentos no setor. Desenvolvimento sustentável por meio da legislação – Leis para regulamentar a energia renovável são extremamente importantes. “Além de promover a redução de emissões, elas fomentam o desenvolvimento sustentável”, explica Karsten Smid, especialista em clima do Greenpeace. Somente dessa maneira, ocorrerão mudanças ecológicas e sociais permanentes. No Chile, há a consciência de que uma boa legislação é o primeiro passo para conseguir investidores. Assim como no Vietnã, a GIZ também oferece consultoria ao governo chileno sobre o assunto. “Um ponto importante é a introdução de cotas, que, aos poucos, serão aumentadas”, diz Trude Könemann da GIZ no Chile. O governo chileno fez isso e, em 2008, estipulou que, a partir de 2010, 5% da produção das empresas do setor de energia deveria vir de fontes renováveis. Além disso, a energia deveria vir de instalações com capacidade menor que 20 megawatts. Até 2015, 10% da energia deverá ser produzida a partir de fontes renováveis. Como consequência da nova norma, ocorreu um boom no setor nos últimos anos. Atualmente, cerca de 8% da energia produzida no país é limpa. O governo dá concessões para a construção de instalações eólicas em terrenos estatais. E o resultado é surpreendente, considerando que em 2006 não havia uma única usina desse tipo ligada à rede. A legislação chilena não foi motivada somente por questões ecológicas, mas também pela política econômica. O país precisava importar mais de três quartos da energia que consumia. Devido ao corte argentino na exportação de gás natural, uma crise energética atingiu o Chile em 2006. E a crise motivou a criação e implementação de um plano nacional de segurança energética. Agora, investidores estrangeiros veem potencial no mercado chileno. É o caso da empresa alemã Juwi, que atua no país desde 2010. A economia crescente e o aumento na demanda de energia, que deverá dobrar nos próximos dez anos, foram os principais motivos que levaram a companhia a investir no país sul-americano. (Fonte: Portal Terra)

Pequim fecha fábricas e restringe carros, mas poluição ainda é alta

A Prefeitura de Pequim, na China, interditou temporariamente 103 fábricas altamente poluidoras e retirou das ruas 30% da frota governamental de veículos, informou a imprensa estatal nesta terça-feira (29). Apesar das medidas, a poluição atmosférica na capital chinesa continua em níveis perigosamente elevados. Há cerca de dois meses a qualidade do ar fica nas categorias “muito insalubre” ou “nociva”. Na terça-feira, um índice mantido pela embaixada dos EUA em Pequim chegou a 517, descrito pela embaixada como “além do índice”. É comum que a poluição por material particulado em Pequim supere 500 partes por milhão. Acima de 300, o índice é considerado nocivo, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomende um nível diário não superior a 20. Neste mês de inverno a poluição em Pequim bateu um recorde, entre 30 e 45 vezes acima do limite aceitável, o que cobriu a cidade com uma espessa nuvem que paralisou voos e obrigou as pessoas a permanecerem em ambientes fechados. Ações do governo – O próximo primeiro-ministro do país, Li Keqiang, somou sua voz aos apelos para conter a fumaça tóxica, mas ofereceu poucos detalhes e disse que não há solução rápida. “Por um lado, temos que aumentar a força da gestão ambiental e outras tarefas oficiais, e, por outro lado, devemos lembrar ao público para reforçar a proteção pessoal. Esta situação exige conscientização e participação de todas as pessoas e nossa administração conjunta”, afirmou. Segundo estudo da Universidade de Pequim e da organização não-governamental Greenpeace, partículas microscópicas de poluentes no ar mataram cerca de 8,6 mil pessoas em 2012 e causaram US$ 1 bilhão em prejuízos econômicos em quatro cidades chinesas. As taxas de câncer de pulmão em Pequim também cresceram até 60% na última década, de acordo com uma reportagem do estatal “China Daily” em 2011, apesar da reduzida incidência do tabagismo. (Fonte: Globo Natureza)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Reunião para implantação da Unifesp Leste

25 de Janeiro de 2013, Sexta Feira, às 16,00 horas, a Presidente Dilma vai assinar a aprovação final da UNIVERSIDADE FEDERAL DA ZONA LESTE, na Avenida Itaquera, Zona Leste. 27 de Fevereiro de 2013, Quarta Feira, às 18,30 horas, reunião com a equipe da Reitora da Universidade Federal da ZL, Profa. Soraya, no Salão da Igreja São Francisco, Rua Miguel Rachid, 997, Ermelino Matarazzo. 6 de Abril de 2013, Sábado, 9,00 horas da manhã: - Teremos um SEMINÁRIO com o Ministro da Educação Aluisio Mercadante sobre a UNIVERSIDADE FEDERAL DA ZL, no CIFA, Igreja de Nossa Senhora do Carmo, (Padre Paulo), Itaquera, - Rua Flores do Piauí, 170. 1º. de Maio de 2013, Quarta Feira, 10,00 horas, Ato de implantação do Observatório de Memória e Políticas Públicas, no Terreno da Garra, Av. Jacu Pêssego. *** Quatro assuntos das Reuniões para a Implantação da UNIVERSIDADE FEDERAL: Construção e Reformas do Prédio da Gazarra. Definir os Cursos da Universidade Federal da ZL. Instalação, JÁ, do Observatório Social, de Pesquisa, Memória e Políticas Públicas. Organizar as equipes dos Cursos de Extensão. Apresentamos 17 propostas de cursos de extensão da Universidade Federal-ZL

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

10 leis que podem mudar a vida do consumidor, mas não pegaram

Para a Proteste, que elaborou a lista a pedido do GLOBO, parte do problema está na morosidade dos processos de implantação dessas normas e na falta de agentes para fiscalizar o cumprimento delas A pedido do GLOBO, a coordenadora institucional da Proteste - Associação de Consumidores, Maria Inês Dolci, elaborou um lista das 10 leis que poderiam ter mudado a vida do consumidor, mas não pegaram. Para a representante da entidade, parte do problema está na morosidade dos processos de implantação dessas normas e na falta de agentes para fiscalizar o cumprimento delas. — As empresas apostam na demora e continuam praticando abusos contra os consumidores — ressalta Maria Inês. Os consumidores também precisam fazer a sua parte, ressalta: — Ainda falta mobilização e conscientização por parte dos consumidores para exigir e cobrar os direitos, de forma a reverter os problemas que hoje enfrentam com muitos setores resistentes, como telefonia, energia e bancos. Agendamentos de consultas e procedimentos médicos Uma resolução de 2011 da Agência Nacional de Saúde (ANS) determina prazos máximos para agendar consultas pelos planos de saúde. No entanto, a própria reguladora acabou suspendendo novas vendas de mais de 300 planos ano passado em razão do descumprimento da norma, denunciado pelos próprios beneficiários. No início de 2013 a agência anunciou a suspensão, entre reincidentes e novos, de mais 225 planos por três meses, pelo mesmo motivo. A medida já está em vigor. Lei do SAC Um decreto de 2008 determina que os SACs das empresas devem atender aos consumidores em até um minuto. As companhias também precisam fornecer um número de protocolo, oferecer a opção de Cancelamento logo no começo da ligação, e resolver problemas em até cinco dias úteis aos serem procuradas via call center. No entanto, reclamações que chegam aos órgãos de defesa do consumidor referentes ao descumprimento de alguns desse itens mostram que as empresas ainda são resistentes em dar um atendimento qualificado e de atender ao tempo de espera, observa a Proteste. Venda casada Proibida pelo artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), a prática é caracterizada por vincular a venda de bem ou serviço à compra de outros itens ou pela imposição de quantidade mínima de produto a ser comprado. Como, por exemplo, obrigar o cliente a contratar seguro habitacional do mesmo banco que financia o imóvel. Apesar de o descumprimento acarretar detenção de dois a cinco anos e multa, comércios e serviços seguem tentando lograr o consumidor. Medicamento fracionado A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite desde 2005 o fracionamento da embalagem de um medicamento em partes individualizadas para que o usuário possa levar para casa e pagar por apenas a quantidade prescrita pelo médico. Isso evita a existência de sobras de produtos, diminuindo a possibilidade de intoxicações por automedicação e barateia o tratamento, pois você paga pelo preço praticado para cada unidade do medicamento. Ocorre que a ação não teve adesão da sociedade como um todo, ou seja, as farmácias e laboratórios não aderiram e os consumidores ainda desconhecem esse direito. Descarte de pilhas A Resolução nº 257 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determina que os fabricantes devam inserir, na rotulagem dos produtos, informações sobre o perigo do descarte incorreto das pilhas e baterias automotivas e de celular no lixo comum. Se descartadas incorretamente, elas podem ser amassadas ou estourarem, deixando vazar líquido tóxico. Essa substância se acumula na natureza e, por não ser biodegradável - o que significa que não se decompõe - pode contaminar o solo. Conta detalhada da telefonia fixa Na mudança de cobrança de pulso para o minuto na telefonia fixa foi instituída a conta detalhada. Uma vez solicitada, a empresa tem que enviá-la ao consumidor. O documento é importante porque permite identificar todos os números chamados, as datas e os horários das ligações, com as durações e os valores de cada uma. No entanto, os clientes das operadoras não têm recebido o detalhamento. Cobranças indevidas O artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor prevê que, se cobrado em quantia indevida, o cliente deve receber o valor em dobro, mais juros e correção monetária. No entanto, empresas dos setores de telefonia e cartão de crédito têm descumprido esta norma. Cancelamento de contratos de telefonia celular/tv por assinatura, etc A demora e dificuldades impostas pelas empresas dos setores de telefonia celular e de TV por assinatura aos consumidores para conseguirem cancelar contratos, quando solicitam o desligamento do serviço, viola o Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 51. Lei do Idoso Em vigor há nove anos, o Estatuto do Idoso prevê atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS), transporte coletivo gratuito aos maiores de 65 anos, que nenhum idoso seja objeto de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão; direito a 50% de desconto em atividades de cultura, esporte e lazer; e proíbe a discriminação por idade e a fixação de limite máximo de idade na contratação de empregados. Direitos que não são respeitados em sua totalidade. Limite de espera nas filas dos bancos A Federação Brasileira de Bancos determina que o cliente seja atendido em até 20 minutos em dias normais e em até 30 em dias de pico, que são nas vésperas e após feriados, o último dia útil do mês e nos dez primeiros dias de cada mês. No Rio foi aprovada em 2011 uma lei municipal ainda mais rígida, que fixa o prazo máximo de 15 minutos em dias normais e de 30 minutos somente antes e depois de feriados. O não cumprimento da lei pode resultar em pagamento de multas e prevê também a suspensão da licença de funcionamento da agência.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Subprefeitura Itaquera realiza limpeza de bueiros para prevenir enchentes

A Subprefeitura Itaquera, em atenção às medidas para prevenção de enchentes está trabalhando na retirada de lixo e de entulho das bocas de lobo, ramais e galerias dos quatro distritos da região: Itaquera, Cidade Líder, José Bonifácio e Parque do Carmo. Por intermédio da Supervisão de Limpeza, realizou nesta terça-feira, 15/01, a limpeza de bueiros nas principais vias dos bairros. As equipes foram programadas para realizar os serviços nas ruas Itagimirin, Padre Vieira de Menezes, Cabo Joel Leite e nas avenidas Caititu e Pires do Rio. No total, a Subprefeitura administra 55 Km² de área e mantém diariamente equipes de manutenção e execução de serviços de zeladoria. Uma dessas ações de zeladoria é a limpeza de bueiros e bocas de lobo que são feitas por equipes responsáveis pela limpeza manual e mecanizada. O trabalho se estende aos poços de visitação e aos ramais que fazem parte do sistema hidráulico da via, para que em dias de chuvas as águas sejam rapidamente escoadas e eliminadas, impedindo assim a formação de enxurradas que podem vir a inundar casas ou dificultar a livre circulação de pedestres e veículos. Operação Cata-bagulho e Ecoponto A Subprefeitura Itaquera oferece ainda aos moradores opções para descarte de resíduos de forma adequada com os serviços constantes da Operação Cata-Bagulho e Ecoponto (Estação de Entrega Voluntária de Inservíveis). A Operação Cata-Bagulho acontece semanalmente em ruas e avenidas administradas pela Subprefeitura. Na ocasião, os moradores podem se desfazer de móveis velhos, colchões, pneus, pedaços de metal e madeira, utensílios domésticos e demais objetos que deverão ser colocados nas calçadas a partir das 7 horas. Vale ressaltar que os locais que receberão a coleta são divulgados previamente. Nas operações não são retirados restos de materiais de construção e lixo domiciliar. Para aqueles que tem urgência e não podem esperar pela coleta, a Subprefeitura disponibiliza o Ecoponto, um espaço que funciona como ponto de entrega voluntária de pequenos volumes de entulho (até 1m³), grandes objetos como móveis e colchões, louças sanitárias, restos de poda de árvore, metais, objetos em desuso de maneira geral e também resíduos recicláveis. O Ecoponto – Parque Guarani está localizado na Rua Manuel Alves da Rocha, nº 584, e funciona de segunda a sexta-feira, das 6 às 22 horas e aos sábados e domingos, das 6h às 18h. O limite diário para cada morador é de uma caixa d’ água de mil litros, o equivalente a 25% de uma caçamba.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Coletiva de Imprensa na Subprefeitura Itaquera

Guilherme Henrique de Paula e Silva Subprefeito
Guilherme Henrique de Paula e Silva nasceu em São Paulo, em 6 de junho de 1944, é morador da região de Itaquera. Arquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas. Trabalhou de 1971 a 1975 no cargo de Arquiteto Paisagista na Prefeitura de São Paulo, e, em 1989, tornou-se arquiteto efetivo da prefeitura, como responsável pelas estações gráficas da Diretoria de Anotações e Fiscalização do Departamento Patrimonial. Trabalhou também no cadastramento das áreas dominiais do município na elaboração da base cartográfica digitalizada para o sistema de informações e georreferenciadas (SIG) da área do antigo leito do rio Tietê. Na Prefeitura de São Paulo, ocupou ainda, os Cargos de Coordenador de Planejamento e Desenvolvimento Urbano na Subprefeitura de Cidade Ademar, Coordenador de Projetos e Obras na Subprefeitura da Penha; Supervisor de Serviços Públicos na Administração Regional da Penha; Chefe do Grupamento Técnico de Engenharia no Departamento Patrimonial e membro do Grupo de montagem do Sistema de Informações Patrimoniais – SIP. Além das funções relacionadas ao planejamento urbano e regional e políticas de governo local, o Subprefeito lecionou aulas de ciências e ecologia, matemática e física, desenho geométrico e estética para o ensino fundamental I e II e ensino médio. Ministrou ainda conferências para cursos livres e pós-graduação sobre Planejamento Urbano e Paisagismo. Foi também professor na Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Tatuí, no Departamento de Desenho e Artes Plásticas e Educação Artística. Este é o perfil do novo Sub - Prefeito de Itaquera, que convocou a imprensa local neste dia 16 de janeiro para comunicar as diretrizes desta administração que se inicia, ouvimos a preocupação imediata do governo local com os aspectos sociais que envolvem o despejo de lixo e entulho nas ruas e avenidas do bairro, e que, será prioridade neste inicio de mandato a educação e conscientização sobre o assunto. Manifestou a intenção de estreitar relações com a midia local, que deverá contribuir muito com estas iniciativas. Para inicio de conversa avaliamos que, cumprida as intenções, teremos uma administração dinâmica e pró ativa, estamos otimistas.

Subprefeitura Itaquera realiza limpeza de córregos para prevenir as enchentes

Para prevenir o impacto causado pelas fortes chuvas, a Subprefeitura Itaquera está trabalhando no desassoreamento e limpeza dos córregos da região. Nesta quarta-feira, 16/1, a Subprefeitura, por meio da Supervisão de Limpeza, executou a limpeza manual no córrego localizado na rua Dr. Manoel Guimarães, na Vila Taquari, no distrito de Itaquera. Em conjunto com a Supervisão de Obras, os trabalhadores realizaram a limpeza das galerias existentes no local, que estavam entupidas e impediam o escoamento das águas. A Subprefeitura Itaquera realiza esse tipo de operação ao longo do ano, removendo o acúmulo de lixos domésticos e entulhos jogados nas margens dos córregos, essa ação inibe a proliferação de insetos e roedores, que são transmissores de doenças, além de impedir a formação de alagamentos e enchentes em consequência das fortes chuvas. O córrego localizado na rua Garça Morena, próximo ao conjunto habitacional Tiradentes recebeu limpeza mecanizada, por meio de uma máquina escavadeira. No local, trabalharam 33 pessoas e cinco caminhões. A Subprefeitura solicita aos moradores para que não sejam jogados lixos e entulhos dentro dos córregos, com essa ação podemos prevenir as enchentes e contribuir com a melhoria da região de Itaquera.

Eleição de deputado e vereador pode passar a ser majoritária

Notícias do Senado Federal Edição de 15 de janeiro de 2013 15/01/2013 - Eleições Eleição de deputado e vereador pode passar a ser majoritária A adoção do voto majoritário para a eleição de vereadores e deputados distritais, estaduais e federais é tema de proposta pronta para exame em Plenário. Se a PEC 54/07 for aprovada, as vagas nas casas legislativas passarão a ser ocupadas pelos candidatos com maior quantidade absoluta de votos, como nas eleições para cargos no Executivo e para senadores. Dornelles: candidatos inexpressivos se elegem “na esteira” dos bons de voto Atualmente, o sistema utilizado é o do voto proporcional, em que as vagas são distribuídas de acordo com a votação obtida por cada partido ou coligação no confronto com o total de votos válidos. A PEC foi apresentada por Francisco Dornelles (PP-RJ), com o apoio de 29 colegas e foi aprovada pela CCJ em maio de 2010. O senador argumentou que o voto majoritário evitará situações que ele considera “paradoxais”. Hoje, um ­candidato com poucos votos pode ser eleito devido à forte votação de um companheiro de legenda, enquanto outro muito votado pode não se eleger se a votação global do partido tiver sido muito fraca. Insatisfação No relatório, o ex-senador César Borges argumentaque o sistema proporcional tem sido motivo de insatisfação crescente. Segundo ele, o eleitor “não entende e ­desconfia” de um sistema que exclui ­candidatos representativos nas suas comunidades, elegendo outros com pouca votação e “méritos próprios”, ­beneficiados pelo coeficiente partidário. A PEC deverá passar por dois turnos de discussão e votação em Plenário. Se aprovada, seguirá para a Câmara dos Deputados. Jornal do Senado

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Um quilo, tudo indica, não é mais um quilo

No século XIX, o apogeu da colonialismo europeu, aqueles dois grandes rivais imperiais, a Grã-Bretanha e a França, concordaram em moldar não apenas o mundo, mas também o universo. A capacidade para descrever este universo depende da habilidade dos cientistas de relacionarem suas descobertas às quantidades fundamentais de comprimento, tempo e massa. Os britânicos ficaram com o controle do tempo, o que explica por que o principal meridiano da Terra cruza Greenwich, um subúrbio de Londres. Os franceses ficaram com o comprimento e a massa. Eles os mantiveram, na forma de dois pedaços de metal, em frascos selados no Bureau International des Poids et Mesures em Sèvres, um subúrbio de Paris. O metro era a distância entre duas marcas em uma barra composta por uma liga especial de platina e irídio. O quilograma era o peso de uma pequena barra de uma liga semelhante. Concordou-se legalmente, para o descontentamento britânico, que o pé e a libra eram mera frações dessas unidades fundamentais. A ciência vai adiante. O tempo hoje é definido por relógios prontamente disponíveis que usam átomos de césio como pêndulos, enquanto a distância é especificada em termos da velocidade da luz em metros por segundo (sendo que os átomos de césio já forneceram o valor de um segundo), e hoje em dia essa velocidade pode ser medida com grande precisão com o uso de equipamento disponível no mercado. A massa, no entanto, permanece teimosamente empacada em Paris, sob três tampas de vidro concêntricas que se destinam a impedir que a barra perca ou absorva massa e tenha seu valor alterado. Ao longo dos anos o quilograma padrão ganhou peso, ou talvez tenha perdido. Ninguém sabe ao certo. Mas o que se sabe é que a barra não tem o mesmo peso que costumava ter em 1889. Ninguém concebeu uma maneira mais precisa de medir a massa do que tirar a barra parisiense do seu sarcófago de tempos em tempos e colocá-la em uma série de balanças. Alguns físicos acreditam ter uma resposta. Esta envolve a constante de Planck (o princípio fundamental da física quântica), a velocidade da luz e um aparelho chamado de balança watt. Se uma reunião no ano que vem aprovar essa ideia, a massa parisiense finalmente se tornará redundante. Mas a abordagem da balança watt tem seus críticos, uma vez que tais balanças são bastante caras. Fontes: The Economist - Measurement: Is Paris worth a mass?

domingo, 13 de janeiro de 2013

“Um Príncipe Chamado Exupéry” ganha curta temporada na Caixa Cultural

“Um Príncipe Chamado Exupéry” ganha curta temporada na Caixa Cultural Espetáculo revisita período em que o escritor trabalhava como piloto Em formato de animação, o espetáculo será apresentado 10 vezes ao público da Caixa Cultural O espetáculo “Um Príncipe Chamado Exupéry” toma conta do palco da Caixa Cultural Sé entre 30 de janeiro e 10 de fevereiro (de quarta a domingo), com entrada Catraca Livre. Os interessados em assistir ao espetáculo devem retirar os ingressos com uma hora de antecedência. Em formato de teatro de animação, a peça é inspirada na vida de Antoine de Saint-Exupéry – autor do célebre “O Pequeno Príncipe” -, e resgata o período da vida do autor entre 1926 e 1944, período em que ainda trabalhava para a Companhia de Correio Aéreo Aéropostale como piloto. O Que: Um Príncipe Chamado Exupéry Quando: de 30/01 a 10/02 Quartas, Quintas, Sextas, Sábados e Domingos às 19:00 Quanto: Catraca Livre Onde: Caixa Cultural Sé Praça da Sé, 111 - 8º andar Sé - Centro (11) 3321-4400 [próximo ao metrô] Seis na Sé Obs: Retirar ingressos com uma hora de antecedência As informações acima são de responsabilidade do estabelecimento e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.

“Melhorar a cidade não é um processo revolucionário” - O Estado de S.Paulo

Para Regina Meyer, São Paulo tem solução – mas sem fórmula mágica. O projeto urbano deve ter continuidade. É inconcebível planejar e tocar qualquer grande obra em São Paulo enquanto existirem pessoas morando em áreas de risco. Este é o recado de Regina Meyer, professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, para Fernando Haddad. “A meta número zero do novo governo deve ser tirar as pessoas dessas áreas e oferecer alternativa de moradia. É inadmissível desabar o morro na cabeça das pessoas quando chove”, diz. Hoje, há 93 áreas com alto risco de desabamento ou deslizamento na cidade, onde moram 98 mil pessoas. No total, 519 mil vivem em áreas da capital com alguma ameaça, segundo os dados mais recentes do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, divulgados em 2011. Os números espantam e mostram que ainda há muito a ser feito. Tanto é que, em seu primeiro dia de trabalho, Haddad anunciou um pacote de medidas de emergência de combate a enchentes. Ao todo, foram definidas 16 ações para o período de chuvas. Entre elas, uma nova parceria da Prefeitura com o IPT para que as áreas de maior risco sejam monitoradas diariamente. “É fundamental que o novo prefeito considere de forma muito séria as obras infraestruturais deixadas pelo governo anterior”, afirma Regina. Ela lembra, no entanto, que a melhora de grandes metrópoles aconteceu de forma lenta e gradual. “Não é um processo revolucionário”. Mas São Paulo tem solução. “A cidade passa agora por um momento-chave, de mudanças obrigatórias”. Abaixo, os melhores trechos da entrevista. Ao assumir a Prefeitura, o primeiro ato de Haddad foi anunciar medidas de combate a enchentes, como o monitoramento diário de áreas de risco. Esse é o caminho? O monitoramento é apenas uma medida de emergência. A meta número zero do novo governo deve ser tirar as pessoas dessas áreas e oferecer alternativa de moradia. É inadmissível desabar o morro na cabeça das pessoas quando chove. É inconcebível fazer qualquer obra gigantesca na cidade se ainda existirem pessoas morando em áreas de risco. Não sou contrária a fazer um teatro, uma biblioteca, mas São Paulo precisa de uma política extremamente eficiente e rápida para a remoção dessas pessoas. O período de chuvas é determinante para a nova gestão? É fundamental que o novo prefeito considere de forma séria as obras infraestruturais deixadas pelo governo anterior, como o projeto de drenagem urbana para as enchentes – o chamado Plano de Macrodrenagem. Entregue ao poder público em 1994, ele foi revisto na gestão Kassab por um grupo de engenheiros da Escola Politécnica da USP. É preciso que seja retomado com urgência e de forma efetiva. É possível recuperar SP? Não tenho dúvida. A melhora de uma cidade, no mundo inteiro, é um processo lento. Não é revolucionário. Mas São Paulo passa agora por um momento-chave, de mudanças obrigatórias. Que mudança? O grande drama da cidade é sua frota de automóveis. Na década de 30, surgiram os primeiros projetos em relação ao transporte público, havia um corpo técnico discutindo o Metrô, que só começaram a ser realizados de fato no final dos anos 70. Um atraso fenomenal e que teve grande impacto na cidade. Se tivéssemos recuperado o tempo perdido, teríamos uma São Paulo muito melhor do que ela é. Investir no Metrô é responsabilidade da Prefeitura? Não há como voltar atrás em relação à presença da Prefeitura na produção do Metrô. É preciso estar presente não só na dotação de verbas, mas, também, nos projetos relativos ao entorno das estações. E os corredores de ônibus? São Paulo vive a disputa dos pneus versus trilhos. É um desserviço para a população. A cidade poderá ficar muito mais bem servida se tiver uma articulação desses dois sistemas. Os corredores de ônibus são uma dívida com a cidade e Haddad falou muito dela durante a campanha. O que tinha que ser pensado já foi pensado. Agora é mãos à obra. É preciso articular esse sistema com o resto da cidade. Como fazer isso? As questões municipais, cada vez mais, vão precisar de um escopo metropolitano. São Paulo já não é vista como um município só. A cidade vai além de seu desenho. Hoje, acho difícil pensar São Paulo sem incluir os 38 municípios que formam a Região Metropolitana. Um dos debates da eleição foi sobre bicicletas e ciclofaixas. Elas funcionam bem, mas essa questão ainda precisa chegar a um meio-termo. Por enquanto, há uma espécie de ‘endeusamento’. São Paulo não é fácil para bicicleta. As ciclofaixas fizeram com que as bicicletas fossem mais bem recebidas pela cidade, mas isso é ridiculamente pouco perto do que se precisa. E onde tem gente andando de bicicleta para valer – na periferia –, a ciclofaixa não chegou. Está mais para lazer do que para atender o operário. Um dos últimos projetos enviados por Kassab à Câmara prevê um limite de vagas nos prédios para diminuir o uso do carro na região da Barra Funda. Quando se fala em diminuir as vagas nos estacionamentos, quem acaba penalizado é o próprio usuário. A cidade foi montada para que as pessoas tivessem um automóvel. Existe gente que não tem casa própria, mas que comprou seu carro porque é a única maneira de locomoção. O número de pessoas que moram em um lugar e estudam ou trabalham em um outro muito distante é cada vez maior. A entrada de automóveis é facilitada pelos governos, mas não é medido o impacto. Também durante a campanha eleitoral, Haddad falou muito da recuperação do centro da cidade. O diagnóstico não é inédito. Já foi feito por outros governantes. Da década de 90 para cá, todos adotaram o discurso de que o centro precisa receber habitação. Mas esquecemos de olhar para os bairros que abrigavam as fábricas – onde foram liberados muitos terrenos, passíveis de abrigar novos modelos de ocupação, gerando uma maior densidade em São Paulo. Uma maior densidade seria melhor para a cidade? Densidade é palavra de ordem em São Paulo. Com maior densidade, tem mais gente andando a pé, com maior distribuição e presença nos equipamentos públicos. Seria uma cidade mais viva, muito mais interessante e, às vezes, com menos automóveis nas ruas. Como tornar isso realidade? Para adensar uma cidade é preciso ter uma política do verde extremamente organizada, uma política pública de arborização, de presença de pequenos parques. A densidade não é só o aumento de pessoas dentro de uma área. É o aumento com qualidade. A Vila Mariana, por exemplo, teve um adensamento grande. Todas as casinhas foram substituídas por edifícios de 10, 12, 15 andares. O que aconteceu? Um bairro bem localizado porque tem infraestrutura, tem transporte, tem isso e aquilo, perdeu população. Por que isso aconteceu? Porque as construções na Vila Mariana têm um padrão classe A: prédios com apartamentos muito grandes, com cinco vagas na garagem, mas para um número pequeno de moradores. A densidade não é só construir mais, é construir dentro de um padrão que se tenha uma família de cinco pessoas vivendo dentro de um espaço menor. Para que o bairro não se torne inacessível. Essa é recuperação do espaço público é fundamental. Temos que sair de casa e encontrar uma calçada generosa, um espaço que pode ser usufruído. É preciso levar as pessoas para as calçadas, para a rua. Haddad já sinalizou que deve mudar o projeto da Nova Luz, bandeira da gestão Serra/Kassab. Como vê esse movimento? A Nova Luz é um problema grave. É um espaço extremamente importante, pela presença da Estação da Luz e pelo papel que ela tem no transporte de São Paulo. Foi investida uma quantidade de dinheiro gigantesca naquele entorno. É só olharmos para a Sala São Paulo, Pinacoteca, Estação Pinacoteca e, sobretudo, para a Linha 4 do metrô. A Nova Luz é um projeto complexo. Porque entrou em cena com premissas de recuperar um espaço degradado, de renovação urbana. E não é só isso. A Santa Ifigênia é um lugar com uma atividade econômica incrível. Vem gente do País inteiro e até de fora para fazer compras ali. É impossível parar a região. Mesmo durante obras, não se pode interromper as atividades comerciais. E tem outra questão importante: o poder público está usando um instrumento novo – a concessão urbanística. Desconhecida, complicada e que gera desconfiança. E também tem a Cracolândia. A Cracolândia nasceu com o aspecto decadente daquele lugar. É uma região em que há muito emprego e, por incrível que pareça, a droga foi convivendo com essa dinâmica. Aqueles comerciantes e os usuários da droga, do crack, têm um convívio. É absolutamente indesejável, mas está lá. Uma única gestão não dá conta de mexer nas tantas vertentes. Era inevitável que o problema ficasse para a esta gestão? A gestão Kassab já estava desgastada para levar o projeto à frente. A revisão é o melhor a ser feito. Mesmo que o Serra tivesse vencido as eleições e que as pessoas que estavam trabalhando no projeto permanecessem ali, ele teria que ser revisto. Algum ponto específico? Os movimentos sociais não querem rever o desenho do projeto, mas sim a concessão urbanística. Muito já foi derrubado naquela região. Alguns quarteirões estão hoje irreconhecíveis. É o pior momento para parar esse projeto porque se tornou um dos lugares mais deteriorados da cidade, com todos aqueles enormes espaços vazios. Ficou mais propício ao uso ilegal. É uma espécie de área abandonada. É como se tivesse havido uma guerra ali. O que o Minhocão representa para a cidade? Ai, meu Deus! É engraçado, o Minhocão ganhou um certo status –e dado pelas pessoas. Não é incrível? Já fui em dois domingos lá. Fiquei impressionada como as pessoas usam o Minhocão. Está provado que derrubá-lo não é mais algo tão simples, que pode estar indo contra a corrente. Tem muita gente que é contra a demolição. Muita gente. Ali criou-se uma vida. Demolir o Minhocão já não tem, para mim, o mesmo peso que teve 10, 15 anos atrás – quando eu achava que aquilo era um elemento corrosivo dentro da cidade. Ele ganhou status e é uma eloquente resposta que a população deu para a falta de espaço público. Quer dizer que… A gente entende mal o que o povo diz. As pessoas estão frequentando o Minhocão, mesmo com a falta de qualidade, mesmo sendo desagradável passear no asfalto, sem nenhuma vegetação. Tem mãe empurrando carrinho de bebê, crianças pedalando e pais montando piscinas para as crianças brincarem na água. Tudo ali em cima. A população se apropriou daquilo com mais facilidade do que se apropria de um lugar onde tem uma certa solenidade de projeto. Qual a sua opinião sobre a reforma da Praça Roosevelt? O projeto é interessante porque limpou, arrumou e tornou mais ameno o espaço. Agora, é preciso que ele seja apropriado pelos teatros que estão em volta. Mas temos a informação de que aconteceu justamente o contrário. Na verdade, os teatros todos foram embora. É uma questão para ser vista com muito atenção, porque o projeto foi desenvolvido pensando nesses teatros. Ali, no meio daqueles escombros que era a praça, nasceu um dos movimentos culturais mais importante de São Paulo. E, justamente quando se arruma aquele espaço, eles vão embora. Tem alguma coisa de errado nisso. O projeto deu errado? A praça, na minha opinião, tem mais características de praça de bairro do que de praça de área central. Ela poderia ser muito mais iluminada. Fica sombria à noite. Tem que se pensar na valorização do entorno dela. Há o que fazer? Tudo depende de como as pessoas vão se apropriar da praça. Do contrário, ela ficará abandonada. / THAIS ARBEX

Prefeitura extingue a exigência de vistoriar pessoalmente ruas da cidade todos os dias

Prefeitura extingue a exigência de vistoriar pessoalmente ruas da cidade todos os dias EVANDRO SPINELLI DE SÃO PAULO Nos últimos dois anos, os subprefeitos tinham uma missão diária: percorrer, com suas equipes, cinco quilômetros de ruas em suas áreas, anotar problemas, como árvore caída e boca de lobo entupida, e mandar resolvê-los. Era norma oficial, com portaria publicada no "Diário Oficial" da cidade e tudo. Para comprovar o cumprimento da regra, eles tinham de publicar no site da subprefeitura relatórios semanais sobre as ruas percorridas, os problemas encontrados e as soluções adotadas. "Essa rigidez da norma fixa e burocrática lembra a disciplina militar", diz Fernando Azevedo, cientista político ligado à UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). Não é à toa: na maior parte dos últimos dois anos, 30 dos 31 subprefeitos paulistanos eram coronéis aposentados da Polícia Militar. Uma das primeiras medidas de Fernando Haddad (PT) na prefeitura foi exonerar os militares. Ontem, foi-se embora o último resquício deles: subprefeitos não precisam mais percorrer os cinco quilômetros diários. Portaria do secretário das Subprefeituras, Chico Macena, revogou o ato. Segundo a prefeitura, não há necessidade de regulamentar atividades de vistoria porque isso já faz parte da atribuições do subprefeito. E eles continuam obrigados a fazer vistorias e dar publicidade a isso. Azevedo diz que a revogação da portaria não acarreta prejuízo à cidade, mas é preciso acompanhar as subprefeituras para saber se os problemas serão resolvidos. Para ele, a promessa de Haddad de dar mais autonomia às subprefeituras é positiva.

Grupos de Trabalho da Rede Nossa São Paulo preparam sugestões de metas para Fernando Haddad

Grupos de Trabalho da Rede Nossa São Paulo preparam sugestões de metas para Fernando Haddad, que já confirmou presença no evento a ser realizado dia 17/1. Atividade será aberta. Participe! Airton Goes No próximo dia 17 de janeiro – uma semana antes do aniversário da cidade –, a Rede Nossa São Paulo promove o lançamento de nova pesquisa sobre a percepção dos paulistanos sobre a qualidade de vida e dos serviços públicos na capital paulista, que foi realizada em parceria com o Ibope. Durante o evento, os Grupos de Trabalho (GTs) que integram a Rede irão entregar propostas para futuro Plano de Metas da prefeitura. As sugestões para o prefeito eleito estão sendo elaboradas pelos GTs, com base nas demandas da sociedade civil e no plano de governo de Fernando Haddad, que já confirmou presença na atividade. A pesquisa do IRBEM, a ser apresentada no evento, aborda 25 temas, alguns com aspectos subjetivos como sexualidade, espiritualidade, aparência, consumo e lazer e outros que tratam de condições mais objetivas de vida, como saúde, educação, meio ambiente, habitação e trabalho. O levantamento vai trazer também, pelo sexto ano consecutivo, o nível de confiança da população nas instituições (Prefeitura, Câmara Municipal, Polícia Militar, Poder Judiciário, etc.) e a avaliação dos serviços públicos. Tempo de espera por consultas médicas (nos sistemas público e privado) e tempo de espera nos pontos de ônibus são algumas das perguntas que compõem a pesquisa. A Rede Nossa São Paulo convida a todos para participar do lançamento da 4ª Edição do IRBEM, solicitando apenas que a pessoa interessada confirme presença enviando e-mail para andrea@isps.org.br. Serviço: Lançamento da nova pesquisa de percepção dos paulistanos Data: dia 17 de janeiro de 2013 Horário: 10 horas Local: Teatro Anchieta, no Sesc Consolação

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Estudo indica que Brasil desperdiça por ano energia suficiente para abastecer o estado do Rio

Segundo estudo da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), cerca de 10% dos 430 terawatt-hora (TWh) consumidos no país a cada ano são desperdiçados, volume superior ao consumido pelo total da população do estado do Rio de Janeiro, que alcança cerca de 36 TWh. “O índice corresponde a mais do dobro do observado na Alemanha, que desperdiça, em média, 4% de toda a energia consumida. Além disso, com esse desperdício de energia, são jogados fora, no Brasil, aproximadamente R$ 15 bilhões ao ano”, disse o presidente da entidade, José Starosta. Os maiores vilões, de acordo com Starosta, são processos industriais obsoletos e sistemas de refrigeração, aquecimento e iluminação inadequados, sem sistemas de automação que permitam, por exemplo, o desligamento automático quando não há pessoas presentes no local. Para que o Brasil atinja um nível de eficiência energética com patamares comparáveis aos de países avançados nesse tema, como Japão e Alemanha, é preciso incentivar os grandes empreendimentos industriais e comerciais a modernizarem seus sistemas de utilização de energia para reduzir os desperdícios estruturais. Ele lembrou que também são verificadas perdas de energia nas linhas de transmissão em funcionamento no país, mas, em sua avaliação, não se trata do maior problema, já que “são eventos fisicamente previstos”. “As perdas nas linhas de transmissão são normais. Mesmo com manutenção modernizada, ela nunca acaba. O problema são os desperdícios que ocorrem nas plantas comerciais, como shoppings e hospitais, além das indústrias”, enfatizou. Segundo o presidente da Abesco, é “inaceitável” um percentual de desperdício tão elevado, principalmente em um momento em que se discute o risco de desabastecimento. Para evitar novos apagões, José Starosta defende, além da ampliação da eficiência energética, uma maior diversificação da matriz de energia, com investimentos e popularização de fontes alternativas de geração, como a energia eólica e a solar fotovoltaica. Em relação à energia nuclear, ele ressaltou que, após o acidente na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, no ano passado, o “mundo ficou temeroso” em relação aos riscos desse tipo de geração. Em março de 2011, um terremoto seguido por tsunami, que afetou principalmente o Nordeste do país, provocou uma série de explosões e vazamentos na usina japonesa. Áreas inteiras foram esvaziadas e o consumo de produtos dessas regiões foi proibido. Por causa da falta de chuvas no Brasil, os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste encontram-se, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), no mais baixo nível para o mês de janeiro desde 2001, ano do último racionamento de energia elétrica no país. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste operam hoje com 28,32% da capacidade; os do Nordeste, com 30,2%; os do Norte, com 39,88%; e os do Sul, com 43,4%. O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, no entanto, garantiu que não há risco de apagão e que o sistema está operando dentro de um equilíbrio estrutural para o qual foi planejado. (Fonte: Agência Brasil)

Criticados na internet, cientistas do IPCC defendem seus métodos

Cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que preparam o novo relatório sobre aquecimento global, muito aguardado após o informe de 2007, quando soaram o alerta sobre a elevação das temperaturas na Terra, defendem seus métodos de trabalho, depois que documentos provisórios que vazaram na internet têm sido usados por seus críticos. Haveria falta de transparência? As conclusões seriam determinadas por organizações não governamentais? O papel do Sol no aquecimento global tem sido subavaliado? Estas e outras acusações, feitas há anos pelos céticos do aquecimento global, e rejeitadas por especialistas internacionais em clima, ressurgem na internet. “O que seria correto é que estes blogueiros nos enviassem seus comentários ao invés de torná-los públicos”, alega o climatologista francês Jean Jouzel, membro do grupo científico do IPCC. O mais recente episódio foi a publicação, na terça-feira, por uma blogueira canadense de documentos de trabalho acompanhados de comentários nos quais denunciava a opacidade do IPCC ou o papel das ONGs ambientais no processo de redação. Em dezembro já tinham vazado em blogs outros “esboços”. Apesar do consenso científico sobre a realidade do aquecimento global e sobre sua origem antrópica (humana), o IPCC está constantemente na mira. A ofensiva alcançou um auge em 2009, com o denominado “climategate”, quando milhares de trocas de mensagens privadas entre climatologistas foram divulgadas antes da Conferência de Copenhague, à qual assistiu a maioria dos dirigentes do planeta. Em seu mais recente relatório, publicado em 2007, o IPCC contribuiu amplamente para inserir a luta contra o aquecimento global na agenda diplomática internacional. Naquele ano, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em conjunto com o ex-vice-presidente americano Al Gore que se tornou um ativista de causas ambientais. O próximo relatório, muito aguardado, será publicado em partes a partir de setembro. “Não é o (próximo) relatório do IPCC que foi divulgado na internet, mas um simples esboço que não reflete o texto final”, explicou à AFP Jean-Pascal van Ypersele, vice-presidente do painel de especialistas. Em 2010, o IPCC voltou a ser criticado por um erro relativo ao derretimento de geleiras no Himalaia. Desde então, o grupo intensificou seu rigor e “melhorou tudo o que podia”, assegurou o climatologista belga. Pede-se, agora, especial atenção aos autores com relação ao uso da “literatura cinza”, isto é, as informações que não são tiradas de revistas cientistas onde há comitês de leitura, mas de relatórios de empresas, ONGs e de governos. O erro com relação ao Himalaia teve origem, em parte, em um documento da organização ambientalista Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Não se trata de proibir este tipo de relatórios, “já que proibir seria privar-se, em alguns casos, de informações insubstituíveis”, avaliou o vice-presidente do IPCC. Van Ypersele, que defende a “transparência” do processo, lembra que qualquer especialista externo pode se inscrever para apresentar comentários aos autores. No informe anterior, 90 mil comentários foram integrados e serão, segundo ele, muito mais numerosos na nova versão. Para Jean Jouzel, os vazamentos de “esboços” são “lamentáveis” mas “não dramáticos”. “Isto não muda o trabalho que vamos realizar”, assegurou o glaciologista que participará na próxima semana, em Hobart (Austrália) na finalização da primeira parte do informe, dedicado aos aspectos científicos do clima. A primeira parte será formalmente aprovada e publicada em setembro de 2013. As outras duas partes – sobre a adaptação às mudanças climáticas e as soluções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa – serão adotadas na primavera (boreal) de 2014. A síntese total deve ser publicada em outubro de 2014. (Fonte: Portal Terra)

Mídias que morrem e o futuro da imprensa "Carta maior"

Mídias que morrem e o futuro da imprensa No final de 2012, ocorreram dois fatos de extraordinária significação, ainda não analisados em profundidade, sobre o mundo dos meios de comunicação. Uma das mais famosas revistas estadunidenses, Newsweek, que estava a ponto de completar 80 anos, deixou de circular depois de perdas anuais estimadas em 30 milhões de dólares. O segundo foi a desaparição do The Daily menos de dois anos depois de seu lançamento como o primeiro grande jornal desenhado exclusivamente para iPad. Os dois fatos lançam novas dúvidas sobre o futuro da imprensa escrita. O artigo é de Eleazar Días Rangel. Caracas - No final de 2012, ocorreram dois fatos de extraordinária significação, ainda não analisados em profundidade, sobre o mundo dos meios de comunicação. Uma das mais famosas revistas estadunidenses, Newsweek, que estava a ponto de completar 80 anos, deixou de circular depois de perdas anuais estimadas em 30 milhões de dólares, e uma queda na tiragem que nos anos 80 era de quatro milhões e chegou a 1,4 milhões há dois anos. Esse fechamento é outra expressão da crise midiática nos EUA, onde em cinco anos 145 jornais diários fecharam e só 14 passaram a existir na internet. A Comissão Federal de Comunicação (FCC) revelou que 35 mil postos de trabalho deixaram de existir, 18 milhões de leitores abandonaram a imprensa e, entre 2005 e 2010, as perdas ultrapassaram a casa dos 23 bilhões de dólares. Os editores da Newsweek começaram a buscar soluções quando perceberam a crise que se avizinhava, mudaram sua linha editorial para torná-la mais acessível ao chamado grande público, “com capaz e conteúdos cada vez mais apelativos e superficiais”, o que afetou sua qualidade sem ganhar leitores. Agora, em janeiro, poderão ler Newsweek Global on line, mediante pagamento pelo serviço, com pessoal reduzido e sem colocar em risco a qualidade do jornalismo, asseguram seus editores. “Alguns jornalistas e especialistas em mídias e comunicação são céticos quanto ao futuro dessa marca e de muitas outras empresas de comunicação, apanhadas em uma combinação letal de um modelo de negócios que não se sustenta e outro que não mostra ainda um caminho claro para a sobrevivência”, segundo resume uma investigação de Antonio Caño, correspondente do El País, em Washington. O fim desta revista confirma a hipótese de um estudo de uma universidade dos EUA – creio que da Pensilvânia -, segundo a qual em um dia de outubro de 2040 circulará o último exemplar de um diário impresso neste país? Crescem as informações sobre as sérias dificuldades da imprensa em um número cada vez maior de países, e não necessariamente vinculados à grave situação da economia europeia. Milhares de jornalistas ficaram desempregados, As crises do El País e do El Mundo, da Espanha, são um bom exemplo do que ocorreu em muitos outros meios de comunicação. No entanto, Walter Buffet, terceiro na lista dos multimilionários do mundo, com mais de 50 bilhões de dólares, está comprando publicações como se soubesse que algo bom está por acontecer, mas ninguém sabe a verdade dessas compras, se é que não são uma maneira de colocar dinheiro em um saco furado. A outra morte Vejamos o outro fato significativo. A notícia foi divulgada pela Agência EFE, desde Nova York: a desaparição do jornal The Daily “menos de dois anos depois de seu lançamento como o primeiro grande jornal desenhado exclusivamente para iPad coloca novas dúvidas sobre o futuro da imprensa escrita”. O mesmo despacho explica que o fracasso dessa experiência “é simplesmente uma lembrança de que no mundo digital pós-impresso, o poder passou dos editores aos consumidores”. Segundo o editor chefe do portal especializado Mashable, Lance Ulanoff, os leitores de notícias na internet criam seus próprios jornais com base em leituras de diferentes diários em múltiplas plataformas, razão pela qual o pecado original deste periódico foi precisamente estar disponível somente para o iPad durante seu primeiro ano de vida, e mesmo tendo ampliado depois esse espectro, não teve audiência suficiente para converter-se em um negócio sustentável no longo prazo, reconheceu Rupert Murdoch, quando anunciou seu fechamento. The Daily alcançou 100 mil assinantes, mas precisava do dobro para estabilizar-se. A nota da agência EFE conclui: “Seja qual for a razão da rápida desaparição do The Dialy, ela evidencia as dificuldades que enfrentam os meios de comunicação para encontrar novas vias para se tornarem rentáveis e complica o nascimento de outras iniciativas que busquem delinear o caminho para o qual deve se dirigir a imprensa escrita”. No caso da Venezuela, Últimas Notícias conserva sua alta circulação e credibilidade, enquanto vários jornais da América Latina desapareceram (o último foi La Nación, do Chile), e a maioria viu sua circulação diminuir, como é o caso de El Tiempo, de Bogotá, e Clarín, de Buenos Aires, que passou de 400 mil exemplares em 2007 para menos de 300 mil em 2011, e sua edição dominical passou de 800 mil para 600 mil, segundo o Instituto de Verificação de Circulação (IVC). Não obstante essa circunstância que o converte no jornal mais lido na Venezuela, os proprietários da Cadeia Capriles instalaram em suas novas edificações uma redação unificada com as três marcas, o portal, suas redes sociais, com as mais altsa tecnologias, que revelam como olham o futuro sem abandonar o presente dos meios impressos. O vice-presidente da cadeia, Ricardo Castellanos, diz que “foi colocado aos diretores e a toda a equipe de jornalistas desta redação única o enorme desafio da transformação para que em poucos anos ela seja uma empresa de multimeios e multiplataforma capaz de enfrentar com êxito e viabilidade econômica a mudança de paradigmas que hoje vive a indústria”. Em última instância, serão os leitores e anunciantes os fatores fundamentais de seu crescimento e do futuro das mudanças que surgem no horizonte. (*) Jornalista venezuelano. Atualmente dirige o jornal Últimas Notícias, da Venezuela, que possui a maior circulação nacional. Tradução: Katarina Peixoto

Deputados discordam sobre possibilidade de racionamento de energia

Deputados discordam sobre possibilidade de racionamento de energia Dep. Arnaldo Jardim (PPS-SP) Arnaldo Jardim: situação atual reflete a falta de planejamento do governo no setor elétrico. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou, nesta quarta-feira (9), que não vai haver racionamento de energia e que está mantida a redução de 20% nas contas de luz. Lobão participou da primeira reunião do ano do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que avalia o suprimento de energia do País e disse que o Brasil tem um "estoque firme" para sustentar o consumo nos próximos meses. De acordo com o ministro, a reserva de energia hoje é de cerca de 121 mil megawatts, bem mais elevado do que em 2001, quando houve racionamento de energia e o total disponível era de 70 mil megawatts. O ministro também assegurou que as indústrias continuarão sendo abastecidas normalmente e que a situação dos reservatórios tende a melhorar por conta das recentes chuvas registradas em todas as regiões. A escassez de chuvas reduziu os níveis dos reservatórios que alimentam as usinas hidrelétricas, o que fez o governo recorrer às termelétricas. Repercussão Para o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), integrante da Comissão de Minas e Energia e presidente da Frente Parlamentar da Infraestrutura Nacional, a situação é delicada por conta do risco na oferta de energia. Ele atribui o atual cenário à falta de planejamento do governo e à dificuldade na obtenção de licenciamento ambiental para uma série de empreendimentos na área. Jardim aponta medidas para ajudar o setor e que serão incentivadas pela frente parlamentar já no início dos trabalhos legislativos, a partir de fevereiro. Entre essas ações, estão a realização de leilões específicos conforme a fonte energética, a fim de incentivar a energia gerada a partir da biomassa, e a adoção de procedimentos administrativos que deem maior agilidade nos licenciamentos ambientais e no sistema de geração de hidroeletricidade. “E, finalmente, precisamos recuperar as Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCHs), que estão hoje inviáveis economicamente", completou. Já o deputado Fernando Ferro (PT-PE), que também integra a Comissão de Minas e Energia, descarta o risco de racionamento imediato por conta dos investimentos maciços do Executivo na área de geração de energia, como é o caso dos empreendimentos no rio Madeira e a hidrelétrica de Belo Monte. Fernando Ferro: motivação política quer criar clima de que o País estaria à beira de colapso energético. Ferro reconhece que o Brasil passa por uma das piores estiagens dos últimos 50 anos, mas ressalta que o País possui alternativas para o abastecimento de energia, como as termoelétricas, o que afasta a possibilidade de falta de energia. “Compreendo que há uma preocupação justa por conta da situação climática, porém há também uma motivação política de querer criar um clima de que nós estaríamos à beira de um colapso energético. Isso é do uso da disputa política, mas me parece que é mais exagero", declarou. Especialista Na avaliação do professor de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília (UnB) Rafael Shayani, há muito barulho sem um problema real à vista, uma vez que o sistema elétrico brasileiro é monitorado diariamente. Segundo ele, o crescimento econômico aumentou o consumo de energia, houve um alerta preventivo, mas há tempo hábil para a adoção de medidas que garantam o abastecimento. Por outro lado, Shayani diz que é necessária uma reflexão quanto à energia térmica, que é mais cara e poluente porque utiliza gás e óleo combustível. Na opinião do docente, poderia ter havido mais investimentos em fontes renováveis de energia, como a geração distribuída, prática regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em abril 2012 conforme a qual cada consumidor pode ter em sua casa pequenos equipamentos de energia solar e eólica. "É chamada microgeração eólica, na qual a energia que você gera, você consome na sua casa; se a casa estiver vazia e ventar ou fizer sol, você pode emprestar à rede elétrica a energia não consumida. As pessoas interessadas já podem procurar uma empresa especializada para fazer a instalação e a concessionária de distribuição fica responsável por ligar o sistema", explicou. De acordo com o professor, se a instalação fosse feita nos 60 milhões de telhados brasileiros, seria gerada uma energia “considerável”, capaz de diminuir a dependência de outras fontes. Reportagem – Idhelene Macedo/Rádio Câmara Edição – Marcelo Oliveira Autorizado - 'Agência Câmara Notícias'

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Planetário do Carmo volta a atender agendamentos de escolas públicas

Planetário do Carmo volta a atender agendamentos de escolas públicas O Planetário do Carmo está atendendo escolas da região, mediante agenda, em três sessões semanais. O serviço de bilheteria, suspenso durante a reforma, está sendo licitado, para viabilizar a abertura também aos finais de semana e para o público em geral. Alunos da rede pública de ensino já podem agendar visitas no Planetário do Carmo, em Itaquera, pois está concluído o restauro da peça do projetor responsável pelas sessões. O Planetário do Carmo está atendendo escolas da região, mediante agenda, em três sessões semanais. O serviço de bilheteria, suspenso durante a reforma, está sendo licitado, para viabilizar a abertura também aos finais de semana e para o público em geral. O prédio do Planetário do Carmo foi doado pela empresa Telefônica, em 2004. Foi aberto à população em novembro de 2005, pois o projetor, comprado ainda na gestão de 1993 a 1996, para ser utilizado no prédio, permanecia armazenado desde então num depósito e necessitou de alguns reparos. Foi enviado à Alemanha, para que a empresa fabricante, Zeiss, fizesse os reparos necessários. Depois de aberto ao público, o prédio não resistiu à primeira chuva forte, registrando vazamentos, infiltrações e rachaduras. O aparelho de projeção foi então protegido da umidade. Recuperado o prédio, sanados todos os problemas de infiltração, foi possível então checar o funcionamento do aparelho, altamente sensível à umidade. O processo de restauro pela fabricante Zeiss começou assim que as peças compradas pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente chegaram ao Brasil, em abril de 2012. Em agosto o restauro foi finalizado. Alguns testes foram realizados e no dia 28 de setembro o local recebeu visitas de escolas da região. O trabalho para reposição dessas peças foi algo minucioso e de precisão, pois teve de atender a um sistema complexo de lentes, unidades eletroeletrônicas e mecanismos especiais, feito por etapas, e que desencadeou a atual série de testes para verificação da funcionalidade. Serviços: Planetário do Parque do Carmo Local: Rua John Speers, 137 – Itaquera Informações: 5575-5425

Operação Cata-Bagulho neste sábado na Cidade Líder

Operação Cata-Bagulho neste sábado na Cidade Líder A Subprefeitura de Itaquera realiza neste sábado, 05/01, das 7h às 11h, a operação Cata-Bagulho na Cidade Líder, distrito de Itaquera, no perímetro formado entre as ruas Damasqueiro, Belarmino Ferreira, Mabóia e Fortuna de Minas. Os moradores dessa região poderão desfazer-se de camas, colchões, armários, fogões, madeira, metal, eletrodomésticos e outros objetos em desuso, dentro do horário e do roteiro informado. A ação organizada pela Secretaria de Coordenação das Subprefeituras tem como objetivo diminuir o descarte irregular de objetos sem utilidade, que além de prejudicar a limpeza urbana, é crime sujeito à multa de R$ 13 mil. O cidadão tem a oportunidade de descartar corretamente materiais inservíveis, a fim de impedir que sejam depositados em áreas públicas, terrenos baldios ou córregos. Já para quem tem mais urgência e não pode esperar pela coleta, poderá utilizar-se do Ecoponto, um espaço que funciona como ponto de entrega voluntária de pequenos volumes de entulho (até 1m³), grandes objetos como móveis e colchões, louças sanitárias, metais, objetos em desuso de maneira geral e também resíduos recicláveis. O Ecoponto – Parque Guarani está localizado na Rua Manuel Alves da Rocha, nº 584, e funciona de segunda a sexta-feira, das 6 às 22 horas e aos sábados e domingos, das 6h às 18h, abrangendo os quatro distritos da região de Itaquera (Cidade Líder, Itaquera, Parque do Carmo e José Bonifácio). O limite diário para cada morador é de uma caixa d’ água de mil litros, o equivalente a 25% de uma caçamba. Confira as vias que receberão o cata-bagulho dia 05/11 das 07h às 11h: Onde: Rua Uvilha, Rua Vuarame, Rua Embiú, Rua Quixabeira, Rua Adana, Rua Aquerubim, Rua Mabóia, Rua Belarmino Ferreira, Rua Abelo, Rua Abor, Rua Alora, Rua Dunália, Rua Arrabalde da Ponte, Rua Adustina, Rua Albano Alziale, Rua Fortuna de Minas, Rua Arapuê, Rua Frederico Severo, Rua Açaí e Rua Damasqueiro.