Vocês têm que ter este extraordinário sentimento,
esta fidelidade a tudo – ao animal, ao gato que caminha
pelo muro, à falta de asseio, à sujeira, à imundície dos
seres humanos na pobreza, em desespero.
Vocês têm que ser sensíveis – o que é sentir intensamente,
não em uma direção particular, que não é uma emoção
que vem e vai, mas que é ser sensível com seus nervos,
com seus olhos, com seu corpo, seus ouvidos, com sua voz.
Vocês devem ser completamente sensíveis todo o tempo.
A menos que você seja assim completamente sensível,
não há inteligência.
A inteligência vem com sensibilidade e observação.
A sensibilidade não vem com informações e conhecimentos
infinitos.
Vocês podem conhecer todos os livros do mundo,
podem tê-los lido, tê-los devorado; vocês podem ser familiares
a todo autor, podem saber todas as coisas que foram ditas,
mas isso não traz inteligência.
O que traz inteligência é essa sensibilidade,
uma total sensibilidade de sua mente,
tanto consciente quanto inconsciente,
e do seu coração com suas extraordinárias capacidades de
afeto, simpatia, generosidade.
E com isso vem esse intenso sentimento, sentimento pela folha
que cai de uma árvore com todas as suas cores mortiças e a
sujeira de uma rua imunda – vocês têm que ser sensíveis a
ambos; vocês não podem ser sensíveis a um e insensíveis ao
outro.
Vocês são sensíveis – não meramente a um ou a outro. -
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