sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Instituto Butantã produzirá vacina contra coqueluche para grávidas

O Instituto Butantã, em São Paulo, anunciou nesta quinta-feira (12) o início de produção de uma vacina que em 2014 deverá imunizar 7 milhões de grávidas brasileiras contra a coqueluche. Trata-se de uma versão acelular da vacina contra a coqueluche, que será desenvolvida a partir da produção local do componente acelular do imunobiológico pertussis, com transferência de tecnologia da empresa GlaxoSmithKline (GSK). Dessa forma será possível aplicá-la em mulheres grávidas e proteger os bebês em gestação. A imunização contribuirá tanto para diminuir a transmissão da doença de mãe para filho quanto para proteger recém-nascidos que ainda não completaram as três doses da vacina recomendado pela rede pública de saúde, informa o Butantã. A diferença entre a nova vacina acelular para a produzida com células inteiras, também pelo Butantã, é que esta pode dar reação pós-vacinal, explica Jorge Kalil, diretor do Instituto. Por isso, a nova poderá ser aplicada em mulheres gestantes. A nova vacina será oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que já oferece a vacina com o componente pertussis de células inteiras para crianças de até seis anos de idade. O instituto também está desenvolvendo outra versão contra a coqueluche com células inteiras, mas com menor toxidade. (Fonte: G1)

Francês Robert Barbault, especialista em biodiversidade, morre aos 70

O renomado biólogo francês Robert Barbaul, especialista em Biodiversidade, faleceu nesta quinta-feira, aos 70 anos – anunciou a associação Humanidade e Biodiversidade, da qual era vice-presidente. Nascido em 24 de janeiro de 1943, em Paris, Barbault dirigiu o Departamento de Ecologia e Gestão da Biodiversidade no Museu Nacional de História Natural, de 2002 a 2012. Seus campos de pesquisa e de expertise eram a ecologia, a dinâmica da biodiversidade e a biologia da conservação. “Robert era um grande pensador sobre as interações entre a natureza e a humanidade. Hoje, eu perdi um mestre”, disse à AFP o presidente do Museu, o biólogo Gilles Boeuf. Segundo ele, “Robert era alguém que amava profundamente os humanos”. “Ele tinha um papel muito importante na comunidade científica”, afirmou, acrescentando que era um pesquisador “extremamente preocupado” com a degradação das espécies e buscava “reconciliar economia e ecologia”. “Estamos realmente tristes”, lamentou o diretor da associação, Christophe Aubel. O astrofísico Hubert Reeves saudou “a memória de um cientista que se comprometeu com os seres vivos e deu uma contribuição preciosa para a associação por suas competências e por sua grande simplicidade”. (Fonte: Terra)

sábado, 7 de dezembro de 2013

Tres visões - Mulheres e o Feminismo

Mostramos aqui a visão de tres autores sobre uma questão polêmica Estou a ler uma recente edição da “História da Rússia: 1894-2007 e deparei com o seguinte documento, no mínimo curioso. Decreto do Soviete Distrital de Saratov dos Comissários do Povo sobre a abolição da propriedade privada das mulheres O casamento legal, que tinha lugar até recentemente, é, sem dúvida, um produto da desigualdade social que deve ser completamente arrancado na República Soviética. Até agora, os casamentos legais eram uma arma séria nas mãos da burguesia na luta contra o proletariado, graças aos quais todos os melhores exemplares do sexo maravilhoso eram propriedade dos burgueses, dos imperialistas, e semelhante propriedade não podia deixar de ser uma violação da continuação correcta do género humano. Por isso, o Soviete Distrital de Saratov dos Comissários do Povo, com a aprovação do comité executivo do Conselho Regional de Deputados dos Trabalhadores, Camponeses e Soldados, decretou: 1. A partir de 1 de Janeiro de 1918 é abolida a posse constante das mulheres entre os 17 e os 32 anos… 3. Os anteriores proprietários (maridos) conservam o direito de utilização extraordinária da sua esposa… 4. Todas as mulheres abrangidas por este decreto deixam de ser propriedade privada e são propriedade de toda a classe trabalhadora. 5. A distribuição das mulheres retiradas é da competência do Conselho de Deputados de Operários, Soldados e Camponeses… 8. Cada homem que deseje utilizar um exemplar do património popular deve apresentar uma declaração sobre a sua pertença à classe trabalhadora, passada pelo comité operário da fábrica ou pelo sindicato…” (Za prava tcheloveka”. M., 1999. Nº45, pág.8). As mulheres na época de Stálin Anna Louise Strong, jornalista e escritora estadunidense, durante muitos anos, viveu na União Soviética e na República Popular da China. Autora de inúmeros livros e reportagens sobre os países que visitou e residiu, tais como Rússia na guerra e na paz, A China luta pela liberdade, Rio Selvagem, Cartas da China, dentre outros, Strong se tornou uma das maiores entusiastas personalidades que divulgavam as grandes realizações e lutas dos povos que construíam o socialismo. De sua intensa atividade como repórter-correspondente, destaca-se a entrevista com o maior líder revolucionário que o mundo conheceu, o presidente Mao Tse-tung, realizada em 1946 — quando, desde Yenam, a lendária base de apoio situada ao noroeste da China dirigia o Exército Popular e as massas de seu país na luta contra a agressão militar japonesa. O texto que AND publica a seguir, uma tradução de Cristiano Alves, descreve a luta pela emancipação das mulheres soviéticas e expressa as observações da autora, Anne Louise Strong, nos 20 anos de vivência nas terras livres da então revolucionária União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). "Ó mulher, o mundo não esquecerá da sua luta pela liberdade!" A mudança no status das mulheres constituiu-se numa das transformações sociais mais importantes ocorridas no interior da nova sociedade em toda a URSS. A revolução dera às mulheres uma igualdade jurídica, porque, principalmente, havia produzido grandes e decisivas conquistas políticas. A industrialização em bases revolucionárias dotou a economia do pagamento igualitário para igual trabalho. Ainda assim, em cada aldeia, as mulheres tinham que lutar contra hábitos seculares. Notícias vindas de uma aldeia da Sibéria, por exemplo, onde — depois de implantadas as granjas coletivas, as mulheres passaram a ter uma renda independente —, as esposas se decidiram por uma greve dirigida contra as surras que levavam dos maridos e, no prazo de uma única semana, puseram fim à tradição consagrada ao longo dos séculos de divisão social do trabalho. "Os homens todos zombaram da primeira mulher que nós elegemos no soviete da nossa aldeia", me falou uma presidenta da aldeia, "mas na próxima eleição nós elegeremos seis mulheres e seremos nós quem riremos". Conheci vinte destas presidentas de aldeias, em 1928, em um trem na Sibéria, rumo ao Congresso das Mulheres em Moscou. Para a maioria delas, aquela tinha sido a primeira viagem de trem e apenas uma estivera fora da Sibéria alguma vez. Elas tinham sido convidadas para ir a Moscou com o intuito de "aconselhar o governo" sobre as exigências das mulheres; para tanto, seus municípios as haviam escolhido por votação para representá-los. A mais difícil região onde as mulheres tiveram que se bater pela sua liberdade foi a Ásia Central. Ali, as mulheres eram tratadas como bens semoventes, vendidas em matrimônio. Mesmo assim, quando muito jovens, e nunca, depois disso, eram vistas em público sem o horroroso paranja* — um longo véu preto feito com crina de cavalo tecida, que cobria toda a face, dificultando a respiração e a visão das mulheres. A tradição conferia aos maridos o direito de matar as esposas caso retirassem o véu e os mulás, sacerdotes muçulmanos, justificavam tal prática através da religião. As russas trouxeram a primeira mensagem de liberdade: elas montaram clínicas de bem-estar para a criança e, através delas, as mulheres nativas retiraram o véu em suas presenças. Ali, foram discutidas as liberdades a serem conquistadas pelas mulheres e os males advindos do uso do véu. O Partido Comunista pressionou seus filiados a permitir que suas esposas retirassem os véus se assim desejassem. Quando visitei Tashkent pela primeira vez, em 1928, uma conferência de mulheres comunistas estava denunciando: "Nossas camaradas estão sendo violadas, torturadas e assassinadas. Por isso, ainda este ano, teremos que acabar com essa horrorosa obrigação do uso de véus; este deve ser um ano histórico." Enquanto isso, incidentes chocantes deram razão a esta resolução. Houve o caso da garota de uma escola de Tashkent, que recebeu férias para que pudesse participar de agitações pelos direitos das mulheres na aldeia de sua casa. Como resposta, seu corpo desmembrado foi mandado de volta à escola em uma carroça, onde se lia: Isto é para a liberdade de suas mulheres. Uma outra mulher havia recusado as atenções de um proprietário de terras e casara-se com um camponês comunista. Em conseqüência, um grupo de dezoito homens, incitados pelo proprietário, a violou no oitavo mês de gravidez e lançou seu corpo em um rio. Poemas foram escritos por mulheres para expressar sua valentia e o suplício a que fora submetida. Quando Zulfia Khan, uma lutadora da liberdade, foi queimada viva pelos mulás, as mulheres de sua aldeia escreveram um lamento: "Ó mulher, o mundo não esquecerá da sua luta pela liberdade! Sua chama não os deixou pensar que te consumiu. A chama na qual você queimou é uma tocha em nossas mãos." A fortaleza da opressão ortodoxa era Santa Bokhara. Ali, um dramático desvelamento vinha se organizando. Foi difundida a notícia de que "algo espetacular" aconteceria no dia 8 de março, o Dia Internacional das Mulheres. Celebraram-se reuniões massivas de mulheres em muitas partes da cidade naquele dia, e as oradoras urgiram que todas as mulheres se "desvelassem de uma só vez". As mulheres marcharam, então, à plataforma, lançaram seus véus ante suas companheiras e realizaram uma manifestação pelas ruas. Tribunas foram erguidas, de onde os líderes do governo saudavam as mulheres. Outras companheiras mais, se uniram à parada, saindo diretamente de suas casas e abandonando seus véus ao passar nas tribunas. Aquele ato quebrou a tradição do véu em Santa Bokhara. Muitas mulheres, claro, vestiram seus véus novamente antes de encarar seus maridos enfurecidos. Mas o véu aparecia cada vez menos, desde então. Ao tomar conhecimento deste fato, o Poder Soviético usou várias armas para libertar as mulheres, como a educação, a propaganda e a lei em todas as partes. Grandes julgamentos públicos condenaram duramente os maridos que assassinaram suas esposas. Com a pressão das novas exigências, juízes confirmaram a pena de morte para os praticantes do que o velho costume não considerava como crime**. A arma mais importante para livrar as mulheres era, como na própria Rússia, a industrialização. Visitei um novo moinho de seda em Velha Bokhara. O diretor desse empreendimento, era um homem pálido, exausto, trabalhando sem sono para construir uma nova indústria. Disse não esperar que o moinho fosse lucrativo por muito tempo. "Nós estamos treinando as aldeãs para ter um novo pessoal nos futuros moinhos de seda do Turcomenistão. Nosso moinho é a força conscientemente aplicada que quebrou o véu das mulheres; nós exigimos que as mulheres se desvelassem no moinho". Jovens trabalhadoras do setor têxtil escreveram canções para o novo significado da vida, quando trocaram o véu pelo lenço de cabeça russo, o kerchief. "Quando tomei a estrada da fábrica, eu lá encontrei um novo kerchief, um kerchief vermelho, um kerchief de seda, comprado com o trabalho das minhas próprias mãos! O rugido da fábrica está em mim. Me dá o ritmo, me dá a energia". Alguém pode ler isto quase sem recordar, mas em contraste "A Canção da Camisa", de Thomas Hood, expressou como eram as fábricas inglesas de hoje: "Com dedos cansando e trabalhando/com as pálpebras pesadas e vermelhas, uma mulher sentou, vestida de trapos/manipulando a agulha e a linha. Pondo, ponto a ponto, em pobreza, fome e sujeira,/ e ainda, com uma voz de doloroso cansaço/ela cantou a canção da camisa". Na Inglaterra capitalista, a fábrica apareceu como uma arma de exploração para lucro. Na URSS, ela era não apenas um meio de riqueza coletiva, mas, também, uma ferramenta conscientemente usada para quebrar as algemas do passado. *O paranja era muito semelhante à burca afegã. **Desde então, passou a ser crime punível com a pena capital assassinar mulheres que retirassem o véu. Às vezes, o câncer marxista se impregna em nossas veias sem que tenhamos ciência do mesmo em nosso inocente organismo, até aqueles que finalmente conseguem enxergar o mundo de uma forma mais realista, precisa se recuperar do choque que é finalmente despertar de uma nova era sombria que está tomando conta da atual mentalidade revolucionária. É comum notar os movimentos das ditas ”minorias oprimidas” que visam um suposto progresso e o fim do opressor, todos anseiam por mudanças e os mais inocentes são aqueles que também são os mais passíveis da baixa doutrinação esquerdopata carente de lógica e farta de uma pseudo-empatia e sentimentalismo pela felicidade humana. Pois bem, deixarei aqui meu testemunho: Sofri com a defasagem da escola pública (que melhor deveria se chamar nos dias atuais de escola comunista), além de ter que buscar conhecimento para tentar compensar o péssimo ensino que tive, eu me deparei com outro veneno A IDEOLOGIA FEMINISTA MODERNA. Nunca me intitulei feminista ou levantei a bandeira de tal movimento, nunca fui numa marcha pró vadia (e se Deus quiser, jamais irei), nunca fui a favor do aborto (pois graças a Deus, tive uma criação cristã) e nunca bati palmas para o atual comportamento feminino (que inclui desde bebedeiras em baladas, alta quilometragem das genitálias como forma de liberdade e apoio ao genocídio), praticamente, passei toda minha vida em meu quarto com meus livros, na escola, e observando a calada das ruas. Tudo o que me ensinaram na escola sobre o feminismo e o que eu li em livros (esquerdistas), era o puro açúcar: ”igualdade entre homens e mulheres” ”fim da opressão machista” ”mulheres são vítimas de uma cultura de estupro” Confesso que muitas coisas que li de fato faziam com que a causa feminista fosse dignamente justa, afinal que mulher que tem um pouco de orgulho, dignidade e respeito por si mesma, a priori, não se sentiria furiosa ao achar que um homem se acha melhor do que ela e pensa que ela não é nada mais que um lixo? Que a mulher não é nada mais que sua propriedade? É assim que o feminismo posiciona a visão dos homens ditos ”opressores” sobre as mulheres (opressores lê-se qualquer um que discorde do feminismo incluindo mulheres). Realmente, mulheres são mais que tudo isso, mas algo estranho era ver que de uma forma abstrata e cheia de discursos emotivos, as feministas tentavam insinuar que todo homem é esse machista escroto e misógino, e de maneira ainda mais hipócrita, queria colocar a mulher como um ser superior, o que por si só, joga o discurso de igualdade por terra, fato que eu achava muito estranho ( a ponto de concordar com muitas feministas mas não ser adepta a causa e por mera ignorância buscar a igualdade entre sexos através do ”humanismo”). Mas o pior não é nem isso, eu tive a infelicidade de ler insanidades escritas por Simone de Beauvoir e Lola, segundo elas, não basta a mulher ter direito ao voto, ao emprego, a educação, todo o conceito de mulher que temos, toda a figura feminina, é uma mera construção de uma sociedade machista. O único motivo de que uma mulher tem para querer ser bonita, querer usar vestidos, gostar de rosa, ter voz fina, amar bichinhos fofinhos, ter nojo de barata, ser faladeira, ser emotiva, implicar com a toalha molha em cima da cama, etc…É simplesmente agradar o homem machista e patriarcal (rsrsrsrsrs). Bom mesmo é ser feminista estilo Beauvoir, ser um protótipo de macho, ser ”livre” fazer as insanidades que der na telha e quem ousar criticar tal postura, é machista e opressor (Aliás, nunca entendi essa parte do feminismo, se o feminismo prega que mulheres não são inferiores por serem mulheres, por que que pra provar nosso potencial e valor aos homens, devemos imitá-los? As vezes, nada é mais machista e misógino do que o próprio feminismo, que detesta a figura feminina e tenta a todo custo transformar a mulher em um pequeno macho). Antes de ler esse tipo de asneiras, até uns anos atrás, eu nunca tive problemas com meu corpo, minha autoestima era normal para uma adolescente da minha idade, mas as coisas começaram a mudar, realmente acreditei que vivia em uma opressão machista, passei a ter medo dos homens (até hoje tenho um pouquinho, rsrsrs), passei a odiar meu corpo, minha condição de mulher, passei a me sentir impotente, injustiçada, subestimada, perseguida, a cada esquina em que eu via um homem estranho, imaginava um estuprador em potencial como diz muitas feministas. Eu QUERIA aprender a odiar os homens, é isso que essas ideologias fazem com pessoas de mente ingênua, pessoas fracas e sem ideias prontas, as feministas acusam religiosos e homens de serem fanáticas, mas elas também formam fanáticos, percebi isso a partir de autoras feministas, suas ativistas e até adeptas da causa com quem eu trocava mensagens e e-mails na internet (e também não deve ser difícil encontrar misandria nessas páginas estilo ”moça você é machista”). Feministas modernas, não ensinam as mulheres a se valorizarem, a ter orgulho do que elas são, muito pelo contrário, ensinam que se você não é uma feminista militante da marcha das vadias, você é uma alienada, oprimida, rejeitada e sem nenhum futuro promissor. Ainda sim, os valores que meus pais me ensinaram queimavam dentro de mim e me faziam ter um pé atrás, apesar de trazer as neuras e falácias das radicais do punho cor de rosa, não conseguia ser adepta da coisa, pois discordava de muitas coisas, e acredito que não existem meio feministas, como não deve existir, meio católico, meio esquerda, meio direita, meio comunista. Quando cheguei ao campo do aborto, meu estômago revirou várias vezes, elas tratam a vida humana como nada, como um mero ”amontoado de células” ou melhor, nem consideram como vida. Ética? Valores? Até mesmo direitos humanos? Mero fundamentalismo religioso! Nunca consegui concordar com o aborto e nunca o farei, mas isso me trouxe impactos também, passei a usar a dialética suja e desonesta que tenta provar algo mesmo que seja algo errado. Passei a questionar: Será que eu tenho valor? Será que a vida tem valor? Será que vale a pena viver? Muitas vezes, cheguei a conclusão que não, que de fato o mundo não passa de uma grande merda, e mesmo não concordando, sorte dos fetos que estão sendo abortados, pelo menos eles não tem que viver nessa porcaria de mundo onde ”somos reprimidos por nossas escolhas”. Se vocês procurarem notícias e pesquisas, verão que vivemos no século mais triste da humanidade, recorde em suicídios e depressão, questão de saúde pública já. Com todo esse niilismo, gnosticismo que encontramos hoje na sociedade, eu também seria apenas mais um número das estatísticas e de laudos médicos que constatariam minha causa de morte por ”enforcamento” ou por ”envenenamento”, a vida tinha perdido o sentido pra mim, eu não conseguia enxergar meu valor como ser humano, me odiava por ser mulher, me odiava por não conseguir mais sair de casa e viver uma vida normal sem mais paranoias. Ai eu pergunto: ONDE ESTAVAM AS FEMINISTAS QUE JAMAIS ME MANDARAM UMA MENSAGEM DE APOIO? Onde se quer me mandaram uma palavra de consolo? Muito pelo contrário, essas doentes, apenas pegaram todas as minhas aflições relatadas e apenas tentaram expor como ”mais um a vítima da opressão machista na sociedade”. O que me impediu de ser mais um corpo boiando no rio Tietê não foram as feministas, foi justamente a minha fé em Deus, muitos irmãos de igreja, padres e principalmente a minha FAMÍLIA, sim minha família, tradicional, opressora e machista, eles salvaram minha vida, eles finalmente me fizeram enxergar o valor que eu tenho e hoje eu me orgulho do que sou, não sou uma feminista =) Algumas ainda tentam argumentar comigo, mostrando que os homens realmente são opressores, afinal quem causou as guerras? Quem mais mata e rouba? Bem, eu respondo, muitos que causaram as guerras pertencem a essa linha comunista do qual muitas apoiam, e muitos dos que matam e roubam, são protegidos por essas ideologias que vitimizam bandidos do qual elas também apoiam. Stalin, Lênin, Hitler, todos estes eram homens, assim como Einstein, Gandhi, meu pai e o maior exemplo de homem que esse mundo já viu, cuja suas palavras e seu evangelho me deram luz: JESUS CRISTO. Os três maiores exemplos de mulheres que eu já conheci, minha avô, minha mãe e minha melhor amiga (que descanse em paz), assim como eu, não eram feministas. A moda agora é culpar reaça por comunistinha que espanca a namorada? Pois bem, então posso culpar o feminismo também por todas as caraminholas que esse colocou na minha cabeça. Eu tinha 3 opções, morrer feito uma covarde, me juntar a essas mulheres que amarguram meu sangue, ou seguir em frente de cabeça erguida e tendo orgulho e ciente do valor que tenho como ser humano. Escolhi a última opção, e com muito esforço estou tentando juntar os cacos da minha esperança e dignidade, eu me compadeço de mulheres vítimas de abuso e agressão, mas também me compadeço de homens também vítimas de abuso e agressão, muitas vezes vindas de outras mulheres, muitas até feministas ou impregnadas por essa modernidade nojenta. Não pense que você feminista é livre, você na maioria das vezes é mais uma alienada em seus discursos apocalípticos, fanatismo e ideias mal trabalhadas. Se Deus quiser, um dia, limparei todo o veneno esquerdopata do meu sangue, vou sacudir a poeira e fazer algo de útil pelo mundo (que nem de longe é mostrar meus seios na avenida paulista). Por: Liliam Rauha.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O que é isso companheiro - Já vi a história - Agosto de 1954: a grande tragédia - O "Petróleo é nosso"

Agosto de 1954: a grande tragédia O "Petróleo é nosso" A campanha pela autonomia brasileira no campo do petróleo foi uma das mais polêmicas da história do Brasil republicano, de 1947 a 1953 o país dividiu-se entre aqueles que achavam que o petróleo deveria ser explorado exclusivamente por uma empresa estatal brasileira e aqueles que defendiam que a prospecção, refino e distribuição deveriam ser atividades exploradas por empresas privadas, estrangeiras ou brasileiras. Os nacionalistas argumentavam que se o Brasil não criasse uma empresa estatal, fatalmente aquele produto estratégico para o desenvolvimento econômico, seria oligopolizado pelas grandes corporações internacionais, pela Standard Oil, Shell, Texaco, Mobil Oil, Esso, etc... e que desta forma o país se veria refém daquelas grandes companhias. Em dezembro de 1951, Getúlio Vargas enviou ao Congresso o projeto 1516 que previa a criação de uma empresa mista, com controle majoritário da União. Este projeto sofreu um substituto que afirmava um rígido monopólio estatal, excluindo qualquer participação privada nele. Pelo país afora os debates se ascenderam. O Partido Comunista Brasileiro, na ilegalidade, liderou uma série de manifestações, juntamente com os estudantes da UNE, a favor do monopólio estatal, enquanto a grande imprensa ("O Estado de São Paulo", Diário de Notícias, "O Globo", etc...) defendia a posição dos interesses privatistas. Grande parte da oficialidade mostrou-se simpática a estatização do petróleo, apesar de não concordar com o ativismo dos comunistas e sua adesão as teses nacionalistas. Finalmente, depois de uma batalha parlamentar de 23 meses, o Senado terminou por aprovar a criação da Petrobrás, sancionada por Vargas - lei 2.004 - em 03 de outubro de 1953. O Acordo Militar Brasil - Estados Unidos A ambigüidade de Vargas manifestou-se igualmente na assinatura, em março de 1952, de um acordo militar com os Estados Unidos, no qual o Brasil receberia equipamentos militares e serviços comprometendo-se a fornecer materiais básicos e estratégicos (urânios e areias monazíticas) aos americanos. De certa forma este acordo foi firmado para atenuar as críticas que Vargas havia feito uns tempos antes, em dezembro de 1951, denunciando violentamente a política da remessa de lucros das grandes corporações estrangeiras que teriam remetido para o exterior, na época do Governo Dutra (1946-51), 950 milhões de cruzeiros além do que era permitido em lei. Novamente a política de Vargas isolou-o ainda mais. Para os nacionalistas ele não deveria ter aproximado militarmente dos EUA, para os defensores do capital privado ele não deveria ter criticado a política de remessas de lucros. Antecedentes | A previsão de Vargas | Esperanças e temores | A bifurcação da política econômica | O petróleo é nosso | Acordo militar Brasil/EUA | A política externa dos EUA | Carlos Lacerda e o caso da "Última Hora" | O cerco se fecha: o Clube Militar | O atentado da rua Toneleros | O suicídio e a Carta Testamento | Bibliografia Agosto de 1954: a grande tragédia A política externa dos Estados Unidos Quando Vargas assumiu a presidência, em 1951, os Estados Unidos eram ainda governados pelo presidente H. Trumann, um democrata. Mas em 1953 assumiu o governo americano o general republicano D. Eisenhower, com uma política externa marcadamente anti-comunista. Seu secretário de Estado Jonh Foster Dulles deu início a uma forte arregimentação de forças para lutar por todos os meios contra a influência comunista. Para os americanos republicanos o nacionalismo descolonizante, em expansão pelo Terceiro Mundo, era um aliado tático do comunismo soviético. Desta forma a política de Vargas começou a ser mal vista pelos norte-americanos que restringiram o financiamento prometido, quando não interrompendo-o inteiramente. Como sinal desta indisposição deles para com o nacionalismo, em julho de 1954, participam, por meio da sua central de inteligência, a CIA, da derrubada violenta do governo nacionalista e reformista de Jacobo Árbenz na Guatemala, acusando-o de acumpliciar-se com os comunistas. Foi por sua vez o sinal para que os grupos direitistas brasileiros acirrassem ainda mais sua companha. Carlos Lacerda e o Caso da "Última Hora" O principal inimigo de Vargas era o jornalista Carlos Lacerda, um ex-comunista que havia passado para a extrema-direita nos anos 40 e editava o jornal "Tribuna da Imprensa". Para Lacerda, Vargas não só era excessivamente tolerante para com os comunistas como seu governo era minado pela corrupção endêmica e pelo descarado favorecimento dos seus aliados. Entre estes encontrava-se o jornalista Samuel Wainer proprietário da "Última Hora", um jornal fundado para dar cobertura ao governo de Vargas. O sucesso jornalístico de Wainer atraiu contra si toda a grande imprensa proporcionando a Lacerda uma motivação política para atacar violentamente Vargas. Wainer terminou submetido a uma CPI do Congresso, em abril de 1953, e condenado a 15 dias de cadeia por negar-se a informar quem eram os seus financiadores. Lacerda por sua vez, graças ao seu anti-comunismo cada vez mais inspirado em MacCarthy, o senador direitista americano, encontrava crescente apoio entre os militares, particularmente entre os oficiais da FAB (Força Aérea Brasileira) tradicionalmente anti-getulistas e simpáticos a soluções golpistas, porque seu líder, o Brigadeiro Eduardo Gomes, havia por duas vezes sido derrotado em eleições presidenciais. Por outro lado a classe média sensibilizava-se pelas constantes denúncias de corrupção, urdidas naquela verdadeira fábrica de difamação que era a redação do jornal "Tribuna da Imprensa", dirigidas contra o governo de Vargas. O Cerco se fecha: o Clube Militar Enquanto os Estados Unidos suspendiam os financiamentos programados pelo BIRD e pelo Eximbank. devido a política petrolífera brasileira, as eleições do Clube Militar foram decisivas para o futuro de Vargas. Das chapas concorrentes, em maio de 1952, a nacionalista, representada pelo Gal. Estilac Leal e a chamada Cruzada Democrática, dos anti-comunistas, liderada por Alcides Etchegoyen, foi a última, a dos anti-comunistas, quem recebeu consagradora maioria (8.288 votos contra 4.489 dados a Estilac). Lacerda e os golpista exultaram. A derrota dos getulistas fez com que Vargas tentasse ainda uma conciliação, fornecendo a UDN, o partido da oposição, dois ministérios, além de entregar a Petrobrás a um undenista (o Gen. Jutacy Magalhães). Mas foi repudiado. O cerco se fechava. Ao bloqueio americano, somava-se à derrota no Clube Militar, o processo contra Wainer e o radicalismo crescente da oposição udenista. Para acirrar mais ainda os ânimos, 82 coronéis assinaram um manifesto, em 8 de fevereiro de 1954, entre outras coisas contra o aumento do salário mínimo determinado por Vargas. O atentado da Rua Toneleros Indignado com a violência dos ataques pela imprensa, rádio e televisão (na TV-Tupi do Rio de Janeiro) movidos por Carlos Lacerda contra seu patrão Getúlio Vargas, o chefe da guarda palaciana Gregório Fortunato, contratou dois pistoleiros para executarem Carlos Lacerda. Na noite de 5 de agosto de 1954 quando o jornalista se aproximava do seu apartamento, na Rua Toneleros, foi vítima de um atentado. As balas que mal o feriram no pé foram no entanto mortais para o major Rubens Vaz da FAB que lhe fazia informalmente o papel de segurança. Imediatamente todas as evidências voltaram-se para o Palácio do Catete, sede do governo no Distrito Federal. Oficiais da FAB resolveram fazer um inquérito por conta própria visto que alegavam não poder confiar na polícia de Vargas. Formou-se a chamada "República do Galeão", um inquérito dirigido por integrantes da FAB a revelia das autoridades constituídas. Em pouco tempo os criminosos foram detidos e Gregório Fortunato preso. O poder de Vargas esvaziou-se por completo. Antes de suicidar-se já estava politicamente morto. O suicídio e a Carta Testamento Na tragédia "Júlio Cesar" de W. Shakespeare, num primeiro momento, a morte do ditador César é recebida com aplausos mas graças ao discurso de Marco Antônio, seu amigo e seguidor, a multidão muda de lado. Em pouco tempo os assassinos de César são perseguidos, mortos ou obrigados a fugir. O mesmo ocorreu após a morte de Getúlio Vargas. Depois de uma reunião ministerial em que verificou-se a inutilidade de qualquer resistência (um manifesto de Brigadeiros foi seguido de um de Generais que pediam sua renúncia), Vargas recolheu-se aos seus aposentos e, na manhã do dia 24 de agosto de 1954, suicidou-se com um tiro no peito. Seu Marco Antônio foi a Carta Testamento imediatamente lida em todas as rádios onde Vargas explicava de uma maneira extremamente comovente as razões do seu gesto. A opinião pública enfurecida voltou-se contra seus inimigos. Jornais foram invadidos e rádios incendiadas ou depredadas, a Embaixada americana atacada e Carlos Lacerda obrigado a refugiar-se no exterior. O golpe que estava em andamento para depor Vargas foi sustado. Um verdadeiro levante de massas impediu que a normalidade constitucional fosse rompida naquele momento. Mas as forças que levaram Vargas ao suicídio em 1954 não desistiram. Rejeitadas alguns anos depois tornam-se valiosas em 1964. O gesto do presidente protelou o golpe militar em dez anos. A Carta Testamento "Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se novamente e se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não me dão direito de defesa. (...) Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais posso vos dar a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. (...) Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História." Bibliografia BELOCH, Israel. ABREU, Alzira A. Dicionário Histórico-biográfico brasileiro, 4 vols., Forense, Rio de Janeiro, 1984. BENEVIDES. Maria Victória. A UDN e o Udenismo (1945-1965), Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1981. CARONE, Edgar. A República Liberal. II Evolução Política (194-1964), Difel, São Paulo, 198. CONY, Carlos Heitor. Quem Matou Vargas: 1954 uma tragédia brasileira, Editora Bloch, Rio de Janeiro, 1974. D'ARAÚJO, Maria Celina S. O Segundo Governo Vargas (1951-1954). Zahar Editora, Rio de Janeiro, 1982. DULLES, Jonh W.F. Getúlio Vargas: biografia política. Editora Renes, Rio de Janeiro, 1967. DULLES, Jonh W.F. Carlos Lacerda: a vida de um lutador (1914-1960), Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1992. SILVA, Hélio. 1954: Um Tiro no Coração, Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1978. SKIDMORE. Thomas. Brasil: de Getúlio a Castelo. Editora Saga, Rio de Janeiro, 1969.

O que que é isso companheiro ? Fazendo igual /Parte II

Fonte Wikipédia, a enciclopédia livre pt.wikipedia.org/‎ O Partido dos Trabalhadores (PT) é um partido político brasileiro. Fundado em 1980, é um dos maiores e mais importantes movimentos de esquerda da América do Sul. Com 1 549 180 filiados, o PT é o segundo maior partido político do Brasil, atrás apenas do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Maior partido na Câmara dos Deputados, o PT é o partido preferido de cerca de um quarto do eleitorado brasileiro desde dezembro de 2009. Os presidentes brasileiros Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff são amplamente reconhecidos como seus membros mais notórios.13 Seus símbolos são a bandeira vermelha com uma estrela branca ao centro, a estrela vermelha de cinco pontas, com a sigla PT inscrita ao centro e o hino 14 do Partido dos Trabalhadores. Seu código eleitoral é o 13.15 O PT possui, como os demais partidos políticos no Brasil, uma fundação de apoio. Denominada Fundação Perseu Abramo, foi instituida pelo Diretório Nacional em 1996 e tem por missão realizar debates, editar publicações, promover cursos de formação política e preservar o patrimônio histórico do partido - tarefa pela qual é responsável o Centro Sérgio Buarque de Holanda. A FPA substituiu uma fundação de apoio partidário anteriormente existente no PT, a Fundação Wilson Pinheiro, criada em 1981 e extinta em 1990. Fundação: a reunião do Sion Composto por dirigentes sindicais, intelectuais de esquerda e católicos ligados à Teologia da Libertação, no dia 10 de fevereiro de 1980 no Colégio Sion em São Paulo. 16 O partido é fruto da aproximação dos movimentos sindicais, a exemplo da Conferência das Classes Trabalhadoras (CONCLAT) que veio a ser o embrião da Central Única dos Trabalhadores (CUT),17 grupo ao qual pertenceu o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, com antigos setores da esquerda brasileira. O PT foi fundado com um viés socialista.18 Com o golpe de 1964, a espinha dorsal do sindicalismo brasileiro, que era o CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), reunia lideranças sindicais tuteladas pelo Ministério do Trabalho- um ministério geralmente ocupado por lideranças do Partido Trabalhista Brasileiro varguista - foi dissolvida, enquanto os sindicatos oficiais sofriam intervenção governamental. A ressurgência de um movimento trabalhista organizado, expressa nas greves do ABC paulista da década de 1970, colocava a possibilidade de uma reorganização do movimento trabalhista de forma livre da tutela do Estado, projeto este expresso na criação da CONCLAT, que viria a ser o embrião da CUT, fundada três anos após o surgimento do PT. Originalmente, este novo movimento trabalhista buscava fazer política exclusivamente na esfera sindical[carece de fontes]. No entanto, a sobrevivência de um sindicalismo tutelado - expressa na reconstrução, na mesma época do antigo CGT, agora com o nome de Confederação Geral dos Trabalhadores, congregando lideranças sindicais mais conservadoras, como as de Joaquinzão e de Luís Antônio de Medeiros - mais a influência ainda exercida sobre o movimento sindical por lideranças de partidos de Esquerda tradicionais, como o Partido Comunista Brasileiro, forçaram o movimento sindical do ABC, estimulado por lideranças antistalinistas da Esquerda, como a de diversos grupamentos trotskistas, a adquirir identidade própria pela constituição em partido político - uma estratégia similar à realizada pelo movimento sindical Solidarność na Polônia comunista de então. O PT surgiu, assim, rejeitando tanto as tradicionais lideranças do sindicalismo oficial, como também procurando colocar em prática uma nova forma de socialismo democrático,18 tentando recusar modelos já então em decadência, como o soviético ou o chinês. Significou a confluência do sindicalismo basista da época com a intelectualidade de Esquerda antistalinista.19 Foi oficialmente reconhecido como partido político pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral no dia 11 de fevereiro de 1982. A ficha de filiação número um foi assinada por Apolonio de Carvalho, seguido pelo crítico de arte Mário Pedrosa, pelo crítico literário Antonio Candido e pelo historiador e jornalista Sérgio Buarque de Hollanda.20 Ideologia partidária oficial Sede do PT em Belo Horizonte, Minas Gerais.(Imagem: Andrevruas) O PT surgiu da organização sindical espontânea de operários paulistas no final da década de 1970, dentro do vácuo político criado pela repressão do regime militar aos partidos comunistas tradicionais e aos grupos armados de Esquerda então existentes. Desde a sua fundação, apresenta-se como um partido de Esquerda que defende o socialismo como forma de organização social. Contudo, diz ter objeções ao socialismo real implementado em alguns países, não reconhecendo tais sistemas como o verdadeiro socialismo.18 A ideologia espontânea das bases sindicais do partido - e a ação pessoal de lideranças sindicais como as de Lula, Jair Meneguelli e outros, sempre se caracterizou por uma certa rejeição das ideologias em favor da ação sindical como fim em si mesma, e é bem conhecido o episódio em que Lula, questionado por seu adversário Fernando Collor quanto à filiação ideológica do PT, em debate televisionado ao vivo em 1989, respondeu textualmente que o PT "jamais declarou ser um partido marxista". Mesmo assim, o partido manteve durante toda a década de 1980 relações amistosas com os partidos comunistas que então governavam países do "socialismo real" como a União Soviética, República Democrática Alemã, República Popular da China, e Cuba. Estas relações, no entanto, jamais se traduziram em qualquer espécie de organização interpartidária ou de unidade de ação e não sobreviveram à derrocada do mesmo socialismo real a partir de 1989, não obstante a manutenção de certa afinidade sentimental de algumas lideranças do PT com o governo de Fidel Castro - como no caso emblemático do ex-deputado José Dirceu, que na década de 1960 foi exilado em Cuba e lá recebeu treinamento para a luta de guerrilha (da qual jamais participou concretamente). A liderança do PT mantém também boas relações com o governo de Hugo Chávez na Venezuela. O PT nasceu com uma postura crítica ao reformismo dos partidos políticos social-democratas. Nas palavras do seu programa original: "As correntes social-democratas não apresentam, hoje, nenhuma perspectiva real de superação histórica do capitalismo imperialista".21 O PT organizou-se, no papel, a partir das formulações de intelectuais marxistas, mas também continha em seu bojo, desde o nascimento, ideologias espontâneas dos sindicalistas que constituíram o seu "núcleo duro" organizacional, ideologias estas que apontavam para uma aceitação da ordem burguesa, e cuja importância tornou-se cada vez maior na medida em que o partido adquiria bases materiais como máquina burocrático-eleitoral[carece de fontes]. O partido se articula com diversos outros partidos e grupos de esquerda latino-americanos, como a Frente Ampla uruguaia, partidos comunistas de Cuba, Brasil e outros países, e movimentos sociais brasileiros, como o MST no chamado Foro de São Paulo, reunião de movimentos e partidos políticos de esquerda latino-americanos. Lula, afirmou no último desses encontros: "Precisei chegar à presidência da República para descobrir o quão importante foi criar o Foro de São Paulo".22 Alguns[quem?]23 afirmam que tais relações não se traduzem em qualquer espécie de unidade organizacional, ficando no nível da solidariedade política mútua em torno de certos objetivos comuns, como a luta pela unidade latino-americana e a oposição à penetração política estadunidense na América Latina. Esses últimos dizem[quem?] que o que caracteriza o PT é uma certa adesão retórica ao socialismo, adesão esta que não se traduz em pressupostos ideológicos claros e consensualmente admitidos pela generalidade do partido. O ex-presidente do PT, José Genoíno, costumava afirmar que o socialismo e o marxismo tornaram-se, para o partido, mais "um sistema de valores" do que um conjunto de medidas para a transformação da sociedade.24 Outros, membros do partidos de direita e da grande mídia,25 26 27 discordando, caracterizam o Foro de São Paulo como um traçado de políticas conjunto e de fato, que foi o que permitiu a ascensão de Lula, de Hugo Chávez, de Evo Morales e da Frente Ampla, argumentando que essas políticas conjuntas estão traçadas nas atas desses foros, e são prontamente executadas pelos participantes presentes em governo. As ideologias políticas dos partidos e movimentos participantes do Foro de São Paulo diferem elas mesmas consideravelmente. Poder-se-ia dizer, ainda, que, no PT, o trabalho ideológico-teórico sempre foi levado à reboque das origens concretas do partido. A favor dessa afirmação está o fato de que seu núcleo duro é composto por sindicalistas com uma preocupação, acima de tudo, com os interesses corporativos dos trabalhadores assalariados organizados, o que explicaria a facilidade com que o partido, uma vez no poder, adaptou-se à lógica da economia capitalista como um todo e a uma política econômica bastante ortodoxa. E não se trata, aqui, apenas da Presidência da República: já na década de 1990, prefeitos petistas como o futuro Ministro da Fazenda Antônio Palocci adotavam políticas de governo de tipo neoliberal (privatizações, cortes drásticos de gastos públicos) que em pouco distinguiam-se das propostas por seus análogos do PSDB ou dos Democratas (antigo PFL).28 Em julho de 2006, o próprio presidente Lula se declarou distante da esquerda, admitindo que em um eventual segundo mandato prosseguiria com políticas conservadoras.29 Ainda assim, é possível contra-argumentar que uma regência capitalista da economia também foi praticada por Lênin, na chamada Nova Política Econômica, logo depois da revolução soviética. José Genoíno, em entrevista à Folha de São Paulo em Fevereiro de 2005, afirmou categoricamente que o governo Lula seguia a Nova Política Econômica leninista. Deve-se lembrar, ainda, que a burocracia do PT, por conta das suas ligações com cúpulas sindicais como as da CUT, teve a oportunidade concreta30 de desenvolver estratégias de acumulação de capital através da administração de fundos de pensão privados (cujo desenvolvimento o governo Lula tentaria estimular na recente reforma da previdência), estratégias estas que acabariam por desenvolver uma certa identidade de interesses entre a burocracia do partido e setores da burguesia brasileira. Raízes ideológicas Para alguns[quem?]31 32 33 , pode-se verificar as raízes ideológicas do PT em dois grandes nomes do marxismo: Lênin e Gramsci. A Nova Política Econômica (NEP) — doutrina econômica leninista que aderia a mecanismos da economia de mercado sem abrir mão do socialismo — serve de base e inspiração para a política econômica do governo Lula, segundo declaração de José Genoíno, ex-presidente do PT, ao jornal Folha de S. Paulo em fevereiro de 2005. Para esses, o reformismo gramscista é a base da ação política e eleitoral do PT, baseada no paradigma do moderno príncipe (uma releitura feita por Gramsci do príncipe de Maquiavel). Esse pensamento é rejeitado por muitos petistas, que negam qualquer relação com os comunistas soviéticos, e até os confrontam, como se vê nas origens do partido. O PT se originou no movimento sindical brasileiro e nas comunidades eclesiais de base da teologia da libertação, surgindo da desilusão com o "socialismo realmente existente", do modelo stalinista soviético e maoista chinês, e pretendia-se, na origem, fundamentalmente como aquilo que seu nome indicava: um partido de trabalhadores para trabalhadores, inclusive como uma alternativa deliberada ao Partido Comunista Brasileiro. Um fato emblemático para caracterizar esta posição diferenciada, como já dito, foi seu apoio ao sindicato independente Solidarność em sua luta por abertura política na Polônia comunista de então. O PT, em sua própria definição, sempre se pautou pela liberdade de opinião e pela disciplina partidária - que alguns dizem remontar ao Partido Comunista Soviético, dirigido por Lênin. Contudo, afasta-se do pensamento desse ideólogo por ser contra a ideia de ser um partido revolucionário centralizado dirigido por intelectuais. A partir de sua base tradicional na classe operária urbana, o PT organizou-se mais como um aglomerado heterogêneo de núcleos temáticos, de forma antagônica a uma organização de base em células de tipo comunista, que tendiam a privilegiar a posição de classe dos filiados sobre seus interesses espontâneos ou afiliações não-classistas (por exemplo, o pertencimento a movimentos homossexuais, ecológicos, de base étnica e/ou identitária). Casos emblemáticos disto foram a ligação do PT, desde muito cedo, com o movimento agrário-ecológico dos seringueiros do Acre pela instalação de reservas extrativistas na Amazônia, então dirigido pelo ativista Chico Mendes e o forte apoio dado por esse partido ao MST. O PT, desde sua fundação, acabou por servir de desaguadouro[carece de fontes] a intelectuais marxistas (por exemplo o cientista político comunista Carlos Nelson Coutinho) e incorporou[carece de fontes] certas ideias políticas do comunista italiano Antonio Gramsci, basicamente a interpretação da luta política como luta pela hegemonia ideológica, ideia esta reinterpretada num sentido reformista, em que os enfrentamentos no campo cultural passavam a substituir completamente a preparação para um enfrentamento revolucionário clássico de tipo violento, permitindo a aceitação da legalidade e do calendário eleitoral da Democracia parlamentar. A maior parte dos estudiosos de Gramsci no Brasil é filiada[carece de fontes] e/ou simpática ao Partido dos Trabalhadores, colocando-se como intelectuais orgânicos de ideologia proletária) e muitos deles foram, inclusive, nomes importantes na criação do partido. Há, contudo, uma maior diversidade ideológica entre os intelectuais petistas. Pode conceder-se até[carece de fontes], num sentido restrito, que o gramscismo seja considerado a ideologia do campo majoritário, a ala do PT que hoje o preside. A adesão do PT ao trabalho de superação do senso comum, à economia de mercado e ao abandono da luta revolucionária aberta é comprovada pelas periódicas purgas dos grupos nele incrustados que se reclamavam do marxismo mais ortodoxo. Em outras palavras, tal "gramscismo" não passaria de uma ideologia de renuncia à ação revolucionária em favor de um "socialismo" de meras atitudes pouco onerosas supostamente a favor dos oprimidos. No início da década de 1990 ocorreram os primeiros rachas e expulsões do partido. Estas primeiras expulsões tinham como causa a propositura, por parte algumas correntes trotskistas, do engajamento do partido em ações de cunho revolucionário contra o governo de Fernando Collor, seja através de uma ação direta contra o mesmo (proposta pela corrente Causa Operária), seja levantando a plataforma de agitação de eleições gerais como sequência ao impeachment de Collor (proposta pela corrente Convergência Socialista). Em 2003, membros do partido inconformados com as políticas econômicas próximas à economia neoclássica (ou mais exatamente à releitura de economia neoclássica conhecida como Consenso de Washington) do Governo Lula, foram expulsos após não seguirem as diretrizes partidárias na votação da Reforma da Previdência. Aproveitando-se do momento de crise em que o PT passava, esses membros, liderados por Heloísa Helena, pensavam ser o momento certo para a construção de um novo partido de esquerda a ser referencia para os trabalhadores brasileiros. Assim nascia o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Mais tarde, o PSOL se tornaria apenas mais uma legenda dissidente do PT sem grande expressão eleitoral ou na base dos movimentos sociais. Posteriormente, ao serem derrotados no PED (Processo de Eleições Diretas), que decidiam as direções partidárias, com a candidatura de Plínio de Arruda Sampaio, outra tendencia também migra para o PSOL, a Ação Popular Socialista (APS) de Ivan Valente . Apesar destas pequenas rupturas o PT ainda consegue ser referência para os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade. Quadros importantes continuam no partido, como Raul Pont, Emir Sader e Valter Pomar, que preferiram disputar o comando do partido a romper com ele. O PT contém ainda uma fração que mantém uma afiliação doutrinária e de organização com o trotskismo internacional, a Democracia Socialista (DS), já foi ligada à chamada Quarta Internacional (Pós-reunificação) - corrente esta que teve como seu mais importante dirigente histórico o economista belga Ernest Mandel. Pertence à DS o ex-ministro da Reforma Agrária do primeiro governo de Lula, Miguel Rosseto. Tendências partidárias Atuais Articulação - Unidade na Luta - AUNL (integra o campo Construindo um Novo Brasil - CNB). Articulação de Esquerda - AE Brasil Socialista - BS Democracia Radical - DR (integrou o Campo Majoritário) Democracia Socialista - DS (integra o campo Mensagem ao Partido) Esquerda Democrática - ED Fórum Socialista - FrS O Trabalho - OT Esquerda Popular Socialista - EPS Esquerda Marxista do PT - EMPT Militância Socialista Movimento PT Movimento de Ação e Identidade Socialista - MAIS PT de Luta e de Massas - PTLM União de Bases, Esperança Vermelha (tendência municipal - Volta Redonda/RJ) Um Novo Rumo para o PT - NR Antigas Ação Popular Socialista - APS (fundada em 2004, saiu do partido em 2005, passou a integrar o PSOL). Causa Operária - CO (fundada em 1979, foi expulsa do partido em 1990 e passou a integrar o PCO) Convergência Socialista - CS (formada em 1978, foi expulsa do PT em 1992 e colaborou ativamente na formação do PSTU) Corrente Socialista dos Trabalhadores - CST (formada em 1992, abandonou o PT em 2004 colaborando para a fundação do PSOL). Força Socialista - FS (formada em 1989, converteu-se em 2004 na Ação Popular Socialista). Inaugurar um novo Período (surgida em 2011, compôs no mesmo ano a Esquerda Popular Socialista). Movimento Comunista Revolucionário - MCR (surgido em 1985, converteu-se em 1989 na Força Socialista). Movimento Esquerda Socialista - MES (abandonou o PT em 2004 colaborando para a fundação so PSOL). Movimento pela Emancipação do Proletariado - MEP (fundado em 1976, fundiu-se com outras organizações em 1985 dando origem ao Movimento Comunista Revolucionário). MRS(em 2011 passou a integrar a Esquerda Popular Socialista). Nova Esquerda - NE (formada em 1989, deu origem à Democracia Radical) Organização Comunista Democracia Proletária - OCDP (formada em meados de 1981, fundiu-se com outras organizações em 1985 dando origem ao Movimento Comunista Revolucionário). Organização de Combate Marxista Leninista-Política Operária - OCML-PO (surgida em 1970, diluiu-se no PT em 1986). Organização Socialista Internacionalista - OSI (converteu-se em 1987 na corrente O Trabalho). No movimento estudantil atuava através da tendência Liberdade e Luta. Partido Comunista - Ala Vermelha - PC-AV (formada em 1989, abandonou o PT em 1992 colaborando para a formação do PSTU). Partido Comunista Brasileiro Revolucionário - PCBR (converteu-se nos anos 1990 na tendência Brasil socialista) Partido Comunista do Brasil - Ala Vermelha - PCdoB-AV (formado em 1966, fundiu-se com outras organizações em 1985 dando origem ao Movimento Comunista Revolucionário). Partido Revolucionário Comunista - PRC (formado em 1984 e dissolvido em 1989, deu origem à Nova Esquerda e à Tendência Marxista). Poder Popular e Socialismo - PPB (formado em 1986, deu origem à Vertente Socialista) PT de Aço (passou em 2011 a integrar a Esquerda Popular Socialista). PT Vivo Socialismo Revolucionário (aderiu ao PSOL). Tendência Marxista (formada em 1990, fundiu-se com outras organizações em 2011, dado origem à Esquerda Popular Socialista). Tendência pelo Partido Operário Revolucionário - TPOR (saiu do partido em 1990, passou a integrar o POR) UPS (em 2011 passou a integrar a Esquerda Popular Socialista). Principais cargos conquistados O partido obteve em 1985 a sua primeira prefeitura de uma capital, Fortaleza. Maria Luíza Fontenele foi a primeira mulher a ser prefeita de uma capital. Em 1988, a prefeitura da maior cidade do Brasil (São Paulo) foi ganha por Luiza Erundina, primeira mulher a governar a metrópole. Vencendo também na cidade vizinha de São Bernardo do Campo, o Maurício Soares e na cidade de Campinas por Jacó Bittar. Vence também na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul com Olívio Dutra que, seguido de Tarso Genro, Raul Pont e Tarso Genro de novo, totalizaria dezesseis anos de administração petista na cidade, assim como na cidade de Vitória, Espírito Santo com Vítor Buaiz. Consegue ótimas colocações, na cidade de Belo Horizonte onde Virgílio Guimarães ficou em segundo lugar por 2% dos votos e em Goiânia onde Darci Accorsi ficou em segundo lugar, mas fez mais de 40% dos votos. Em 1990 Jorge Viana vai ao segundo turno da eleição para governador do Acre, mas perde por três mil votos de diferença. Nesse mesmo ano, é feito em São Paulo o primeiro senador do partido: Eduardo Suplicy (que está atualmente no terceiro mandato, o que totalizará 24 anos de Senado). Em 1992 elege Jorge Viana para prefeito de Rio Branco capital do Acre, onde o mesmo obteve uma grande aceitação pública no fim do seu mandato. Em 1994 elege os governadores nos estados como Espírito Santo e Distrito Federal e quatro senadores: Marina Silva no Acre, José Eduardo Dutra em Sergipe, Lauro Campos no Distrito Federal e Benedita da Silva no Rio de Janeiro. Em 1998 elege os governadores do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, do Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos (o Zeca do PT) e Jorge Viana no Acre, além de Heloísa Helena e Tião Viana para o senado. Em 2000 elege pela segunda vez uma mulher para governar São Paulo, Marta Suplicy. Elege Tarso Genro para o quarto mandato consecutivo em Porto Alegre, Pedro Wilson Guimarães em Goiânia, João Henrique Pimentel em Macapá, João Paulo Lima e Silva em Recife, Célio de Castro (eleito pelo PSB mas que entra no PT em 2001) em Belo Horizonte, Marcelo Déda em Aracaju, Edmílson Rodrigues em Belém, entre outras capitais e cidades importantes como Guarulhos, Ribeirão Preto, Campinas, Caxias do Sul, Londrina, Maringá, Imperatriz e Corumbá. Em 2002 elege Aloizio Mercadante, senador da República com 10.497.348 votos, a maior votação já registrada no país até então.34 Em 2002 chega à Presidência da República pela primeira vez. Lula da Silva foi eleito Presidente da República na ocasião, juntamente com a maior bancada de deputados federais, de 91 deputados, eleita para o Congresso Nacional. João Paulo Cunha é eleito presidente da câmara dos deputados em 2003, sendo o primeiro petista e o primeiro sindicalista a obter o cargo. Nas eleições de 2002 o PT elege Wellington Dias para o governo do Piauí, reelege Jorge Viana no Acre e Zeca do PT no Mato Grosso do Sul. Além de eleger 10 senadores: Paulo Paim (RS), Ideli Salvatti (SC), Flávio Arns(PR), Ana Julia Carepa (PA), Marina Silva (AC), Aloizio Mercadante (SP), Delcídio Amaral (MS), Serys Slhessarenko (MT), Fátima Cleide (RO) e Cristovam Buarque (desfiliou-se em 2005). Em 2004, nas eleições municipais, o partido perdeu em importantes centros urbanos (como as prefeituras de São Paulo, Campinas, Santos, Goiânia, Ribeirão Preto e Porto Alegre, onde o partido se mantinha no poder há dezesseis anos), Entretanto, o número total de prefeitos eleitos pelo PT no país subiu de 187 para 411. Na terceira mais importante cidade do país, Belo Horizonte, o PT conseguiu reeleger o prefeito Fernando Pimentel e em Recife, quarta maior cidade do país, reelege João Paulo. Em São Paulo, o partido perdeu a prefeitura para José Serra, do PSDB, contra quem Lula concorrera à Presidência em 2002. O atual presidente do PT desde 11 de outubro de 2005 é Ricardo Berzoini. Deputado federal, Berzoini era secretário-geral do partido e foi escolhido candidato do Campo Majoritário depois que o então presidente, Tarso Genro, desistiu da disputa. O Partido dos Trabalhadores é o único partido no Brasil com eleições diretas para todos os cargos da direção partidária, em todos os níveis - municipal, estadual e federal - através do processo de eleições diretas (PED), que ocorre a cada três anos.35 É necessário lembrar, no entanto, que em função da sua concentração cada vez maior em uma ação política pautada pelo calendário eleitoral, que o PT acabou por girar, cada vez mais, em torno da figura individual de Lula e do grupo ideologicamente mais afinado com ele, o Campo Majoritário (sucessor da tendência Articulação) que acabaria por se impor ao partido como facção dominante, a partir dos expurgos das correntes de extrema-esquerda no interior do partido no início da década de 1990, que fundaram o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), o PCO (Partido da Causa Operária), e também o PSOL no começo da década de 2000. Em 2008, nas eleições municipais, venceu em importantes cidades do Estado de São Paulo. Luiz Marinho ganha no segundo turno a prefeitura de São Bernardo do Campo. Emídio de Souza foi reeleito prefeito de Osasco, no primeiro turno. Márcia Rosa vence a eleição em Cubatão e o PT volta a ter uma prefeitura na Baixada Santista, fato que não ocorria desde a eleição de 1992. Quando David Capistrano foi eleito em Santos, com apoio da então prefeita Telma de Souza. Bancada dos vereadores do PT na Câmara Municipal de São Paulo Em 1 de abril de 2010, o partido reconquistou a prefeitura de Goiânia, após a renúncia do então prefeito Iris Rezende, do PMDB. No seu lugar assumiu o petista Paulo Garcia. Em 31 de outubro de 2010, Dilma Vana Roussef é eleita Presidente do Brasil tornando-se a primeira mulher a assumir o cargo na história da república. O PT jamais elegeu um governador no Estado de São Paulo, o mais importante e influente da Federação, ainda que sempre esteve presente nas disputas, desde a redemocratização. Governo Lula Com a ascensão para a Presidência do Luís Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores em 2002 vencendo o 2º turno das eleições gerais de 2002 e com a posse em Janeiro de 2003, aglutinou-se vários partidos políticos, dentre eles o Partido Popular Socialista, Partido Socialista Brasileiro, Partido Democrático Trabalhista, e outros como base de sustentação. Com a continuidade das políticas econômicas do Governo do Fernando Henrique Cardoso e com as denúncias de corrupção, adveio uma crise política que ocasionou a cisão do Partido dos Trabalhadores em Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em 2004. Havendo após este período as críticas da esquerda ao Governo do Presidente Lula e o reconhecimento público do Partido dos Trabalhadores como um partido reformista de centro-esquerda. Em 2006 com as eleições gerais, foi reafirmado o projeto petista de Brasil, havendo o desenvolvimento do Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC. Neste governo também ocorreu o maior escandâlo da República, conhecido como o mensalão, através de artificios com empresários o governo federal levantou fundos junto a orgãos federais(banco do Brasil) para comprar apoio de deputados/senadores com dinheiro público, com o julgamento do STF em 2012, várias figuras do petismo foram condenadas. Histórico de presidentes do partido Ricardo Berzoini, em primeiro plano, ao lado de Henrique Fontana (centro) e Raul Pont (esquerda).(Imagem: Wilson Dias/ABr) Luiz Inácio Lula da Silva (1980-1994) (de 1992 até o dia 31 de dezembro de 2002 e de 10 de fevereiro de 2011 até hoje, como presidente de Honra) Rui Falcão (1994) José Dirceu (1995-2002) José Genoíno (2002-2005) Tarso Genro (2005) (interino) Ricardo Berzoini (setembro de 2005 a 6 de outubro de 2006) Marco Aurélio Garcia (6 de outubro de 2006 a 2 de janeiro de 2007) (interino) Ricardo Berzoini (2 de janeiro de 2007 a 2010) José Eduardo Dutra (2010-2011) Rui Falcão (desde 2011) Membros famosos Adão Pretto41 42 Alexandre Padilha43 Alessandro Molon44 45 Aloizio Mercadante Altemir Gregolin46 Ana Júlia Carepa47 48 Ana Rita Esgário André Vargas Ângela Guadagnin49 Ângela Portela Aníbal Diniz Antônio Biscaia Antonio Candido Antonio Palocci Arlindo Chinaglia Agnelo Queiroz Augusto Botelho Aziz Nacib Ab'Saber Benedita da Silva Binho Marques Cândido Vaccarezza Carlos Eduardo Gabas Carlos Minc Celso Amorim Chico Mendes Cida Diogo Dalva Figueiredo Delcídio Amaral Dilma Rousseff Domingos Dutra Dr. Rosinha Edmilson Rodrigues Eduardo Suplicy Édson Santos Elis Regina Elismar Prado Eloi Ferreira Araújo Emidio de Souza Emir Sader Eudes Xavier Fátima Cleide Fernando Ferro Fernando Haddad Fernando Pimentel Florestan Fernandes Geraldo Magela Gilberto Carvalho Gilmar Machado Gleisi Hoffmann Guido Mantega Guilherme Cassel Hamilton Pereira Henrique Fontana Humberto Costa Iara Bernardi Ideli Salvatti Iriny Lopes Jair Meneguelli Jaques Wagner Jilmar Tatto João Coser João da Costa João Magno João Paulo Cunha João Paulo Lima e Silva João Pedro João Vaccari Neto Jorge Bittar Jorge Viana José Barroso Pimentel José Dirceu José Eduardo Cardozo José Eduardo Dutra José Genoino José Mentor José Nobre Guimarães Josias Gomes Lindberg Farias Luiz Barretto Filho Luiz Dulci Luiz Eduardo Greenhalgh Luiz Gushiken Luiz Inácio Lula da Silva Luiz Marinho Luiz Paulo Barreto Luiz Sérgio Luizianne Lins Mauro Braga dos Santos Marcelo Déda Márcia Lopes Márcio Thomaz Bastos Marco Aurélio Garcia Marco Maia Maria da Conceição Tavares Maria do Rosário Marilena Chaui Mário Lago50 Mário Pedrosa Marisa Letícia Lula da Silva51 Marta Suplicy Matilde Ribeiro Maurício Rands Maurício Soares Miguel Rossetto Nelson Pellegrino Nilcéia Freire Odair Cunha Olívio Dutra Patrus Ananias Paul Singer Paulo Bernardo Paulo Garcia Paulo Paim Paulo Pimenta Paulo Teixeira Paulo Vannuchi Pedro Wilson Perseu Abramo Professor Luizinho Raimundo Angelim Raul Filho Raul Pont Reginaldo Lopes Ricardo Berzoini Roberto Sobrinho Rui Falcão Stela Farias Sebastião Almeida Sérgio Buarque de Holanda Serys Slhessarenko Sibá Machado Tarso Genro Telma de Souza Tião Viana Vicentinho Virgílio Guimarães Vladimir Palmeira Waldir Pires Walter Pinheiro Wellington Dias Zeca do PT Ex-membros famosos Babá Chico Alencar Cristovam Buarque Delúbio Soares Heloísa Helena José Nery Azevedo Luciana Genro Marcos Rolim Maria Luíza Fontenele Marina Silva Marinor Brito Plínio de Arruda Sampaio Silvio Pereira Soninha Francine Bibliografia ALMEIDA, Jorge, CANCELLI, Vitória e VIEIRA, Maria Alice (Org.). 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Ir para cima ↑ Resoluções da Conclat e dos Congressos e Plenárias da CUT - 1983 - 2003 ↑ Ir para: a b c Manifesto aprovado na reunião do Sion, Fundação Perseu Abramo, 24 de Abril de 2006

O que que é isso companheiro ? Agora faz a mesma coisa ?

Veja também o vídeo Hércules 56 aqui no blog José Dirceu iniciou sua militância política no movimento estudantil em 1965, ano em que iniciou seus estudos de Direito na PUC-SP, sendo vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) no período de 1965-66. Ainda em 1966 rompeu com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e ajudou na formação paulista das chamadas "Dissidências", em São Paulo a sigla era "DI-SP" (esta organização acabou tendo enorme afinidade política com o grupo de Carlos Marighella, que mais tarde viria formar a Ação Libertadora Nacional). No entanto, Dirceu nunca fez parte dos quadros da ALN. Em 1967 Dirceu, que era conhecido pelo codinome de "Daniel", presidiu a União Estadual de Estudantes (UEE), firmando-se como líder estudantil. Em 1968 foi preso em Ibiúna, no interior de São Paulo, durante uma tentativa de realização do XXX Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Segundo relato do delegado do DOPS, Alcides Cintra Bueno Filho, em documento de 18 de agosto de 1970 , o estudante João Parisi Filho, membro do Comando de Caça aos Comunistas, descoberto enquanto se passava por militante do movimento estudantil, foi levado vendado ao Conjunto Residencial da USP, o Crusp, onde os apartamentos 109, 110 e 111 do bloco G eram utilizados como uma "delegacia informal" da turma de José Dirceu. Nesse conjunto residencial, Parisi foi submetido a interrogatório, sob ameaça de morte. Permaneceu preso durante dias, em condições desumanas. Após ter passado por esses atos de atrocidade, o estudante Parisi foi conduzido de olhos vendados para a copa do quinto andar do pavilhão G, onde foi trancafiado por uma noite e dois dias, permanecendo nesse local todo esse tempo deitado, com as mãos algemadas e presas ao cano da pia daquela dependência. Nessa situação, foi encontrado por duas empregadas que faziam a limpeza. Em 1969 os grupos guerrilheiros marxistas-lenistas conhecidos como MR-8 e ALN seqüestraram o embaixador dos Estados Unidos, Charles Burke Elbrick. Os revolucionários exigiram a libertação de uma lista de prisioneiros políticos, entre eles José Dirceu. O incidente do seqüestro do embaixador foi contado no livro "O Que É Isso, Companheiro?" (1979), de autoria do deputado Fernando Gabeira (PV), posteriormente transformado em filme (Bruno Barreto, 1997). Em 2007, o diretor Silvio-Da-Rin lançou o documentário "Hércules 56", onde os protagonistas relatam em detalhes sobre o episódio do sequestro e da libertação dos 15 presos. O filme dá voz também a todos os que foram trocados pelo embaixador norte-americano e que ainda estão vivos. Os presos trocados pelo embaixador, deportados do Brasil, seguiram para o México, a bordo do avião da Força Aérea modelo C-130 Hércules, matricula 2456. De lá seguiram para Cuba e Paris. Dirceu foi para Cuba. Durante o exílio, trabalhou, recebeu treinamento militar, estudou na ilha.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Pequenos empresários defendem pulverização do microcrédito

Durante audiência pública promovida pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, nesta quarta-feira (18), o secretário da Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa do Rio Grande do Sul (Sesampe), Mauricio Alexandre Dziedricki, assinalou que é necessário pulverizar os recursos e gerar a inclusão produtiva daqueles que não são reconhecidos pelos governos federais e municipais. No encontro que reuniu líderes das principais empresas de financiamento de linha crédito para discutir ações que incentivem a participação do Estado na parceria com o microempreendedor, Maurício Alexandre ressaltou ainda que os empresários de pequeno porte devem cada vez mais ter a chance de poder estabelecer seu negócio. “Eles precisam alcançar créditos que sejam subsidiados pelo governo do Estado a uma taxa de juros de 0.41% ao mês e que oportunize valores que vão de R$ 100 a R$15 mil para compra de equipamento e capital de giro". O deputado Vicentinho (PT-SP) destacou que é preciso priorizar e valorizar esse segmento que é importante para a economia do País. "Nós queremos assumir com os senhores e senhoras o nosso compromisso de ser porta-voz, de ser ecos desse importante interesse da nossa comunidade. Não tem coisa melhor do que o lucro partir dos pequenos". Negócio próprio Segundo o parlamentar, esse investimento promove o desenvolvimento acelerado de pequenos empreendedores que decidem abrir o seu próprio negócio. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), Almir da Costa Pereira, os empréstimos variam de R$ 300 a R$ 5 mil e são destinados principalmente para as pessoas que decidem abrir seu próprio negócio. "O conceito do microcrédito é crédito de proximidade, então as oscips [organizações da sociedade civil de interesse público] de microcrédito atendem os clientes onde eles estão trabalhando." De acordo com a coordenadora-geral do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado do Ministério do Trabalho e Emprego, Lucilene Estevam Santana, a sociedade precisa se desenvolver socialmente para retirar da exclusão quem está fora do mercado financeiro. "O povo brasileiro tem uma característica nata de empreender, então essa procura pelo microcrédito é o reflexo disso. Essa é a característica do nosso povo." As mulheres são as principais interessadas no financiamento e assumem 61% dos créditos, e na sua grande maioria para a área de alimentação e artesanato. Da Redação – RCA Colaboração – Lidyane Barros 'Agência Câmara Notícias'

Poluição dos veículos causa 4,6 mil mortes ao ano em São Paulo

A poluição provocada pelos veículos em São Paulo causa 4,6 mil mortes por ano na maior cidade do país, um número três vezes maior que o de mortos em decorrência de acidentes de trânsito, de acordo com relatório divulgado neste domingo em meio à realização do Dia Mundial sem Carro. Segundo a pesquisa do Instituto Saúde e Sustentabilidade, esse tipo de poluição é responsável pela redução de 1,5 ano de vida da população na região metropolitana de São Paulo, que concentra em seus 38 municípios mais de 20 milhões de pessoas. O custo para o atendimento de pacientes tratados por doenças causadas pela poluição veicular, de acordo com o estudo, pode chegar a cada ano a R$ 1 bilhão. A diretora-executiva do instituto, Evangelina Vormittag, afirmou à Agência Efe que as medidas adotadas pelo município, como a adesão neste domingo ao Dia Mundial sem Carro e o estudo para implementar a cobrança de pedágios no centro da cidade, são também um assunto de saúde pública. Na atividade de hoje, que acompanha a Virada Esportiva, uma jornada contínua de 48 horas de atividades esportivas em ruas, estádios, parques e outros espaços da cidade, São Paulo restringiu o trânsito de veículos em 60 ruas e avenidas do centro, para dar espaço a bicicletas, patins e skates. “Com a restrição do tráfego de veículos e levar as pessoas a usarem um transporte fisicamente mais ativo, como as bicicletas ou o simples fato de caminhar, existe uma redução das taxas de colesterol, e com um maior controle da obesidade haverá menos doenças”, disse Evangelina. A falta de mobilidade e o alto fluxo veicular têm, segundo a pesquisadora, efeitos nos níveis de estresse e ansiedade das pessoas, que passam a tolerar menos o barulho e o tempo perdido nos engarrafamentos.​ “Esse tempo perdido no trânsito poderia ser aproveitado para a recreação, o exercício físico, a convivência familiar ou em mais e melhores horas de sono”, destacou a especialista. O urbanista e professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo (USP), João Sette Whitaker, considerou em entrevista à Efe o contexto da cidade é “problemático”. “O assunto de São Paulo é complicado porque estamos falando de um modelo que foi durante um século permanente e pensado em sua estrutura em função do automóvel”, salientou Whitaker. Para o professor, “quando isso colapsa e começa a perturbar a classe média, surge então a questão de mobilidade em discussão e se descobre que o modelo de mobilidade estruturado nos carros era insustentável”. No entanto, Whitaker considera que não é o momento para pensar em uma restrição permanente de veículos no centro da cidade, devido a que uma proposta nesse sentido só funcionaria com o melhoramento do serviço de transporte público. “Este dia (o Dia Mundial sem Carro) funciona como um sinalizador de que esta perspectiva pode ser pensada para o futuro”, finalizou. (Fonte: Terra)

Cultura aprova regulamentação do ofício de artesão

A Comissão de Cultura aprovou, na quarta-feira (18), o Projeto de Lei 7755/10, do Senado, que reconhece a profissão de artesão e traz as diretrizes para as políticas públicas de apoio, crédito e aperfeiçoamento do setor. De acordo com a proposta, artesão é toda pessoa que exerce atividade predominantemente manual, realizada de forma individual, associada ou cooperativa. A relatora, deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), defendeu a aprovação do texto. Segundo ela, as medidas constantes do projeto atendem às reivindicações centrais da categoria. “É consenso a necessidade de promover imediatamente o reconhecimento da profissão de artesão, para que tenha visibilidade e políticas públicas de fomento”, sustentou. Incentivos Entre as ações que a União deverá adotar para o setor, a proposta prevê a destinação de linha de crédito especial para o financiamento da comercialização da produção artesanal. O governo também deverá facilitar a aquisição de matéria-prima e de equipamentos. Caberá ainda ao Poder Público a integração dessa atividade em programas de desenvolvimento econômico e social; a qualificação e o estímulo ao aperfeiçoamento dos métodos de produção; e a identificação de novos mercados. Tramitação O projeto, que tramita em regime de prioridade, seguirá para análise conclusiva das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Íntegra da proposta: PL-7755/2010 Reportagem – Maria Neves Edição – Marcelo Oliveira 'Agência Câmara Notícias'

Uma superpotência em greve

Em uma noite durante o longo e quente verão de 1940 em Washington, enquanto os americanos debatiam a melhor maneira de lidar com a guerra na Europa, o senador Claude Pepper, da Flórida, recebeu uma ligação da polícia lhe perguntando o que deveria ser feito com sua estátua. Após um momento de choque, Pepper ficou sabendo que um boneco em tamanho natural batizado com o seu nome fora pendurado por uma forca em um carvalho em frente ao Senado, antes de ser arrastado em torno do Capitólio Estadual amarrado a um carro. O linchamento foi executado por senhoras de chapéu irritadas: eram integrantes de um movimento de mães isolacionistas, mobilizadas devido à sua declaração de que o serviço militar deveria ser obrigatório para homens. Os políticos não estavam muito mais calmos. Senadores de lados opostos se acusaram de se aproveitar da guerra para auferir lucros. Uma briga aconteceu na Câmara após um seu membro ter chamado a outro de traidor. Mesmo enquanto forças alemãs se expandiam pela Europa um líder da facção isolacionista do partido republicano, o senador Robert Taft, de Ohio, declarou que as políticas estatizantes do presidente Franklin Roosevelt eram mais perigosas que o nazismo. Tais cenas ensejam a avaliação do debate de hoje em dia – em geral cordial – a respeito da Síria. Os EUA não estão experimentando 1940 mais uma vez: ano capturado de forma vibrante em dois novos livros de história, “Those Angry Days” de Lynne Olson e “1940″ de Susan Dunn. Ainda assim, ecos potentes podem ser ouvidos. Os pais fundadores da república aconselharam os americanos a serem cautelosos diante de conflitos internacionais. As suspeitas em relação a pedidos de intervenção variaram de intensidade desde então, aumentando muito em momentos de fadiga de guerra. 1940, portanto, marcou um momento que pode ser visto como o ponto alto do isolacionismo em sua forma mais pura. Naquela época, assim como hoje, oponentes da intervenção militar vinham da direita e da esquerda, forjando uma aliança desconfortável em resposta às dolorosas memórias de combates recentes. Pesquisas de opinião revelam que maiorias significativas dos americanos creem que o regime de Assad provavelmente tenha usado armas químicas contra civis, mas a maioria ainda assim se opõe a uma intervenção americana. Assim como em 1940, muitos americanos estão fartos de tentativas de consertar o mundo muçulmano, assim como seus avós se sentiam fartos de tentativas de consertar a Europa. Fontes: The Economist-A superpower on strike

Gelo no ártico está maior que em 2012, mas deve desaparecer até 2050

Após um verão incomum, mais gelado nas latitudes mais ao norte do planeta, a camada de gelo do ártico atingiu seu menor tamanho no ano em 13 de setembro de 2013, 5,1 milhões de quilômetros quadrados, anunciou o Centro de Dados Nacionais sobre Neve e Gelo dos EUA, que usa dados da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), baseada na Universidade de Colorado, em Boulder. O número é o sexto menor desde que as medições começaram em 1979. Apesar disto, os 5,1 milhões de km estão muito acima do mínimo histórico atingido em 2012 – em 16 de setembro do ano passado a camada tinha apenas 3,41 milhões de km. Com isto, muitos céticos do clima apareceram para negar o aquecimento global e falar que o gelo do ártico estava aumentando. O fato é que todo ano, no verão, o ártico atinge seu menor ponto. Já era sabido que este ano haveria mais gelo no ártico nesta época do ano do que no ano passado, mas ainda assim, o valor é metade da média dos mínimos de 1981 a 2010. “Em março, temos a época de máximo gelo no ártico, no inverno. E neste ano tivemos uma das dez menores camadas máximas”, contou Fabiana Alves, coordenadora da Campanha de Polar do Greenpeace Brasil. Alves explica que já era esperado que neste ano o tamanho mínimo fosse maior do que em 2012, mas que em 2050 pode não haver mais gelo no polo Norte se continuarmos no atual ritmo de emissão de CO2. A informação é confirmada pela Nasa e pelo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. O mínimo deste ano segue a tendência de redução na calota de gelo no polo Norte de 12% por década desde o final da década de 70, um declínio que se acentuou em 2007. “Eu esperava que este ano teríamos mais gelo que no ano passado”, disse Walt Meier, glaciologista da Nasa. “Há sempre uma tendência de crescimento após um nível muito baixo, nos nossos dados de satélite, o gelo do ártico nunca bateu recordes mínimos em anos consecutivos”. “A comparação não pode ser de um ano para outro. Só porque de um ano para outro não houve decréscimo, não justifica dizer que não há diminuição de gelo na área. Estudos feitos de 1969 a 2011 confirmam que houve uma perda de 3/4 da calota de gelo do ártico. E de 2000 a 2012, foram batidos recordes ano a ano de menor tamanho do gelo”, explica a coordenadora. “Os estudiosos veem o ártico como algo palpável para medir o aquecimento global. E o fato é que ele encolheu 3/4 nos últimos 30 anos. É assustador, ainda mais com a maior emissão de CO2″, destaca a coordenadora. Neste verão, as temperaturas do ártico ficaram de 1 a 2,5ºC mais baixas do que na média, de acordo com a Nasa. As temperaturas mais frias são consequência de uma série de ciclones de verão. Em agosto de 2012, uma grande tempestade fez o gelo derreter, mas neste ano ocorreu o contrário: ventos de superfície espalharam o gelo por uma área maior. Entretanto, a camada nunca foi tão fina. Hoje, a camada de gelo no ártico é 50% mais fina do que em décadas anteriores, com uma espessura média de 3,8 metros em 1980 e 1,9 metro nos últimos anos. A calota vem perdendo camadas de gelo mais antigas e mais espessas, que estão sendo substituídas por camadas mais finas e sazonais. O oceano ártico costumava ser coberto por camadas de gelo feitas em vários anos, que sobreviviam a vários verões. Mas são estas camadas que hoje diminuem a uma taxa mais rápida até do que as camadas mais novas e finas, e estão relegadas basicamente a uma faixa na Groenlândia. O volume total caiu 36% no outono e 9% no inverno de 2003 a 2012, de acordo com a Agência Espacial Europeia. A região é de importância estratégica internacional porque é rota marítima – sem o gelo, custos logísticos seriam menores, lembra Alves – e acredita-se que tenha 90 bilhões de barris de petróleo. “Hoje não tem muito mais onde procurar petróleo. Cerca de 90% do petróleo do mundo pertencem a nações. E esta é uma área não convencional, que poderia ser explorada pelas grandes empresas já que não há lei que impeça sua exploração privada”, conclui a ambientalista. Aquecimento global – Além disso, é importante destacar que o aquecimento não produz só mais calor em todo o planeta, mas eventos climáticos mais extremos, mais calor no verão, mais frio no inverno, secas e chuvas mais fortes. “As mudanças climáticas são marcadas por catástrofes climáticas, são extremos, com secas maiores no nordeste e inundações com o aumento do nível do mar, por exemplo”. O aumento da temperatura em 4ºC até 2100 já é uma verdade aceita pelos cientistas pela emissão de gases do efeito estufa. Com isso, calcula-se um prejuízo de 60 trilhões de dólares até 2100. “Então, os gastos que estão sendo feitos para diminuir as emissões de CO2 são muito menores do que estes prejuízos estimados”, diz Alves. A Antártida, por sua vez, registrou em 18 de setembro seu maior tamanho no inverno, empatando com 2012, quando tinha 19,44 milhões de quilômetros quadrados. A camada de gelo no polo Sul vem aumentando nos últimos anos devido ao buraco na camada de ozônio, correntezas no hemisférios sul e ventos que espalham o gelo no continente. (Fonte: UOL)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Cientistas descobrem ‘elo perdido’ e preveem cura do mal de Alzheimer

Pesquisadores da escola de medicina de Yale, nos Estados Unidos, descobriram uma proteína que seria o “elo perdido” na complexa cadeia de eventos que leva ao desenvolvimento do mal de Alzheimer. Ao bloquear a proteína com um medicamento que já tem sido fabricado, os cientistas foram capazes de restaurar a memória de ratos de laboratório que tinham dano cerebral semelhante ao causado pela doença. O estudo foi publicado na edição desta quarta-feira da revista especializada Neuron. “O mais animador é que, entre todas as ligações nessa cadeia molecular, essa é a proteína que mais facilmente pode ser atingida por medicamentos”, afirmou o professor de neurologia Stephen Strittmatter, um dos autores da pesquisa. “Isso nos dá grande esperança de que possamos encontrar uma droga que funcione para diminuir o peso (sobre os pacientes) do Alzheimer.” Cientistas já haviam obtido um mapa molecular representando como a doença de Alzheimer destrói os neurônios. Em um estudo anterior, o laboratório coordenado por Strittmatter mostrou que o peptídeo beta-amiloide, uma marca desse mal, se une a proteínas príons na superfície das células nervosas. Através de um procedimento ainda desconhecido, essa ligação ativa um mensageiro molecular dentro da célula chamada Fyn. O artigo dos pesquisadores da Universidade Yale revela o elo perdido nessa corrente: uma proteína dentro da membrana celular conhecida como mGluR5 – receptor metabotrópico de glutamato 5. Quando essa proteína é bloqueada por um medicamento parecido com o atualmente sendo desenvolvido para a síndrome do X frágil (ou síndrome de Martin & Bell), as deficiências na memória, aprendizado e densidade de sinapses foram restauradas em um rato de laboratório com um modelo de Alzheimer. Strittmatter ressaltou que novas drogas podem ter de ser desenvolvidas para atingir precisamente o rompimento da proteína amiloide (príon) na mGluR5 para os pacientes humanos com Alzheimer, e afirmou que seu laboratório está pesquisando maneiras de chegar a esse resultado. Em outro estudo, publicado há pouco menos de um mês, cientistas explicaram como a combinação entre uma proteína e uma enzima dá início à degeneração celular característica da doença. “É como separar fisicamente a pólvora do fósforo de tal maneira que a explosão é prevenida”, disse Subhojit Roy, professor da Universidade da Califórnia em San Diego. “Saber como a pólvora e o fósforo são separados pode nos dar novas pistas sobre a possibilidade de parar a doença.” A descoberta poderia, no futuro, ajudar a tratar e até mesmo a prevenir a doença. (Fonte: Terra)

Estudantes criam garrafa que converte água do mar em potável

Um grupo de estudantes sul-coreanos promete ter inventado uma solução de bolso para dessalinizar a água do mar. Os alunos Younsun Kim, Kangkyung Lee, Byungsoo Kim e Minji Kim, da Universidade de Yonsei, na Coreia do Sul, desenvolveram o conceito de um dispositivo de filtragem e purificação de água portátil que promete transformar água salgada em água potável. O Puri, como foi batizada a invenção, usa a tecnologia de osmose reversa. A ideia dos estudantes é incluir o produto no kit básico de barcos ou situações de emergência no mar, onde a hidratação pode ser um problema grave. Segundo vídeo explicativo criado pelos pesquisadores, o funcionamento é simples. O usuário só precisa bombear um êmbolo dentro do cilindro e pressurizar a água salgada, empurrando para a câmara de filtragem. Em seguida, a água doce entra em outra câmara, pronta para ser consumida. (Fonte: Exame.com)

FAPESP sedia Conferência de Mudanças Climáticas Globais

A Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede CLIMA), a FAPESP, no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC) realizam em São Paulo, de 9 a 13 de setembro, a 1ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais, no Espaço Apas, Rua Pio XI, 1200, Alto da Lapa. O encontro procura difundir avanços do conhecimento sobre a variabilidade climática no Brasil e no mundo para apoiar decisões e estratégias de adaptação e mitigação das variações ambientais. Participam do encontro cientistas e formuladores de políticas públicas. Entre os temas que serão tratados na conferência estão as prováveis consequências de alterações no regime de chuvas e elevação da temperatura no país, como a redução da produção de alimentos como arroz, feijão, milho e trigo – observada por pesquisadores da Embrapa desde 2000 – e o agravamento de problemas de saúde pública causados pela elevação da temperatura e da umidade do ar nas cidades. Os primeiros relatórios sobre o clima no Brasil – Na segunda-feira (9), a Conferência terá início com mesa-redonda sobre o Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre (BESM, na sigla em inglês), apresentando os principais desafios para a modelagem climática na região do Atlântico Sul, com foco em mudanças relacionadas a Oceanos, Atmosfera, Superfície e Química. Em seguida, serão apresentados os primeiros três relatórios de avaliação nacional do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), criado em 2009 pelos ministérios do Meio Ambiente e da Ciência, Tecnologia e Inovação para fornecer avaliações científicas sobre as mudanças climáticas de relevância para o Brasil. Os relatórios trazem as principais conclusões de estudos realizados por 345 pesquisadores entre 2007 e início de 2013 sobre ocorrência das mudanças climáticas, seus impactos e formas de redução da emissão de gases de efeito estufa no Brasil. Os documentos foram preparados nos moldes do Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), estabelecido em 1988 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para fornecer informações científicas para o entendimento das mudanças climáticas no mundo. Atualmente, 195 países são membros do IPCC. A Conferência terá seis mesas-redondas com a participação de cientistas e representantes de instituições envolvidas na discussão nacional sobre as mudanças climáticas globais. Os debates serão sobre eventos climáticos extremos e desastres naturais; apoio da ciência, tecnologia e inovação em mudanças globais a políticas públicas; inventário e monitoramento de emissões e remoções de gases de efeito estufa; relação ciência-planos setoriais; e detecção, mitigação, impactos e vulnerabilidade. Os resultados de pesquisa científica sobre mudanças climáticas a serem apresentados e discutidos na conferência foram produzidos por mais de 2 mil cientistas de grupos de pesquisa ligados ao Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, à Rede Clima e ao INCT-Mudanças Climáticas. Essa pesquisa, desenvolvida em universidades e instituições brasileiras e estrangeiras, subsidia hoje a elaboração de estratégias de adaptação, estudos sobre vulnerabilidade e a adoção de medidas de mitigação. (Fonte: Agência Fapesp)

Brasil cai uma posição no ranking que avalia risco a catástrofes

A população do Brasil está mais exposta aos impactos das catástrofes naturais, como terremotos, enchentes e aumento do nível do mar em decorrência das mudanças climáticas. Essa é uma das conclusões do relatório Risco Mundial 2013, apresentado nesta quarta, dia 4, em Bonn, na Alemanha. O estudo também revelou que países com um sistema de saúde precário e baixo nível de saneamento básico são os mais vulneráveis a esses fenômenos. O ranking é anual, produzido pela Universidade das Nações Unidas, Universidade de Bonn e financiado pela Fundação Meio Ambiente e Desenvolvimento da Renânia do Norte-Vestfália. Ao todo, 173 países foram analisados e o Brasil passou da posição 124 para a 123. Nesse ano, o índice que mede o risco da população de países frente a fenômenos naturais focou sua análise na área da saúde e acompanhamento médico. “É chocante ver como o atendimento de saúde está distribuído de forma desigual no mundo. Também causa espanto ver como a falta de um acompanhamento médico adequado aumenta a vulnerabilidade aos perigos naturais, principalmente em países pobres”, declarou Peter Mücke, presidente da Aliança Ajuda ao Desenvolvimento, uma das organizações responsáveis pelo relatório. Vanuatu, um pequeno arquipélago no Pacífico, é o mais ameaçado – o conjunto de ilhas já ocupava essa posição no ano passado. Tonga e Filipinas aparecem nas colocações seguintes. Dentre as nações mais ricas, Japão é o mais exposto aos riscos, na 15º posição. O Catar se manteve o último da lista, ou seja, o menos vulnerável. As soluções – O ranking mediu quatro fatores: exposição aos desastres naturais, como enchentes, terremotos, seca e aumento do nível do mar; vulnerabilidade baseada em infraestrutura, condições de moradia e alimentares; eficiência dos governos nos quesitos prevenção, abastecimento médico, segurança material e social; e a capacidade de adaptação com relação às mudanças climáticas. Mücke afirmou que a prevenção continua sendo a melhor maneira para evitar crises maiores. “Doenças que são de fácil prevenção acabam sendo fatais nos países mais pobres, pois permanecem sem tratamento”, acrescentou Thomas Kistemann, professor do Instituto para Higiene e Saúde Pública da Universidade de Bonn. O relatório também apontou que, além do acesso ao sistema de saúde, outro fator que aumenta o risco para a população é a falta de saneamento básico. No mundo, mais de um bilhão de pessoas não têm acesso a banheiros ou latrinas. Três em cada quatros dessas pessoas vivem em cinco países: Índia, Indonésia, Paquistão, Etiópia e Nigéria. As crianças, em especial, são as mais vulneráveis. No mundo inteiro, cerca de 2 mil crianças morrem diariamente de diarreia e 3,5 mil de pneumonia. A maioria dessas infecções poderiam ser evitadas com medidas simples de higiene, como o lavar das mãos. Em 2011, 44 mil crianças com menos de 5 anos morreram no Brasil – 3% dos casos eram de diarreia, 7% de pneumonia. Quanto aos problemas relacionados à infraestrutura, alimentação e situação de renda, a situação de risco do Brasil foi avaliada como “média”. Nos quesitos dependência governamental, atendimento médico e exposição a catástrofes naturais o risco é considerado “pequeno”, segundo o estudo. (Fonte: Terra)

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Proposta de plebiscito da reforma política começa a tramitar na Câmara

Projeto é assinado por líderes de quatro partidos e apoiado por mais de 180 parlamentares. Proposta prevê cinco perguntas ao eleitor. Líderes protocolam projeto do plebiscito na Mesa Diretora da Câmara. PT, PDT, PSB e PCdoB apresentaram nesta quarta-feira (28) um Projeto de Decreto Legislativo (PDC) que propõe a realização do plebiscito sobre reforma política. A proposta obteve 188 assinaturas – 17 a mais do que as 171 necessárias para a tramitação do projeto. Agora, o PDC terá que ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), pelo Plenário da Câmara e depois pelo Senado. Diferentemente da proposta da presidente Dilma Rousseff, anunciada em julho, o projeto propõe que a consulta popular aborde três temas: financiamento das campanhas eleitorais, possibilidade de coleta de assinaturas por meio da internet para apresentação de propostas de iniciativa popular e coincidência de eleições. No documento, encaminhado ao Congresso no início do mês passado, Dilma sugeriu que o plebiscito abordasse cinco temas: financiamento das campanhas, mudanças no sistema eleitoral, fim da suplência de senador, manutenção das coligações partidárias e a possibilidade do fim do voto secreto nas votações do Parlamento. Para valer nas eleições de 2014, a reforma política teria que ser aprovada um ano antes do pleito, ou seja, até o dia 5 de outubro deste ano. Apesar do curto prazo, o líder do PT, deputado José Guimarães (CE), acredita na possibilidade de as novas regras valerem para as próximas eleições. “Esse é o nosso esforço. Agora temos que dar celeridade à tramitação. O mais impossível nós fizemos” disse o líder. Guimarães acrescentou que não é o momento de discutir a data de realização da consulta popular. “O mais importante agora é aprovar o projeto.” Já o líder da Minoria, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), afirmou que o projeto é uma “estratégia de marketing” para desviar a atenção de outros assuntos. “Esse plebiscito não servirá para 2014. Não há tempo hábil, isso já foi amplamente discutido isso”, afirmou. Para Leitão, o mais importante seria votar a minirreforma eleitoral, que, entre outras alterações, define novas regras para a prestação de contas pelos partidos e autoriza pré-campanhas na internet. Perguntas Para a líder do PCdoB, deputada Manuela D’Ávila (RS), a questão mais importante da proposta se refere ao financiamento das campanhas eleitorais. “Vamos perguntar se a população quer que poucas empresas continuem financiando a política que governa todos os brasileiross por longos anos”, ressaltou. Pelo projeto, a população responderá a cinco perguntas no plebiscito: 1. Você concorda com que empresas façam doações para campanhas eleitorais? 2. Você concorda com que as pessoas físicas façam doações para campanhas eleitorais? 3. Você concorda com que o financiamento das campanhas eleitorais deve ser exclusivamente público? 4. Você concorda com que a população participe, opinando e propondo pela internet, quanto à apresentação de proposta de emenda constitucional, projeto de lei complementar e projeto de lei ordinária? 5. Você concorda com que as eleições para presidente, governadores, prefeitos, deputados, senadores e vereadores devam ser realizadas no mesmo ano? Dilma recebe o documento dos líderes. Palácio do Planalto Depois de protocolarem a proposta na Mesa Diretora da Câmara, os autores do projeto, ao lado dos presidentes do PCdoB, Renato Rabelo, e do PT, Rui Falcão, foram ao Palácio do Planalto para entregar uma cópia do documento à presidenta Dilma Rousseff. Além de José Guimarães e de Manuela D'Ávila, assinam o projeto os líderes do PSB, Beto Albuquerque (RS), e do PDT, André Figueiredo (CE). Da Redação/DC Autorizada 'Agência Câmara Notícias'